Motoristas alegam que são vítimas de falta de condições de trabalho

Rodoviários culpam empresas por morte de ciclistas em Porto Alegre
Crédito: Ricardo Gusti / CP Memória
A falta de condições de trabalho foi o motivo da morte de duas ciclistas na semana passada, em Porto Alegre, segundo o integrante da Comissão dos Rodoviários, Alceu Weber. Ele informou ontem que está cobrando da STS e da Unibus o cumprimento do decreto 3.048, que determina a comunicação de acidente de trabalho dos dois motoristas envolvidos.
“Normalmente, em vez de as empresas fazerem o que tem que ser feito, acabam culpando os funcionários”, explicou. “Os profissionais se envolveram em um acidente de trabalho e estão sofrendo de estresse pós-traumático”, disse. Weber ressaltou que são necessárias providências e ajustes das linhas, já que o tempo da tabela de horários das viagens é, muitas vezes, curto. O laudo do tacógrafo dos veículos está previsto para ser finalizado em 30 dias e deve confirmar se os condutores estavam dentro do limite de velocidade. Ambos podem responder por homicídio culposo.
Hoje o delegado responsável pelo caso, Cristiano de Castro Reschke, irá intimar testemunhas para ajudarem a solucionar o caso. As duas ciclistas foram atropeladas por coletivos nessa quinta-feira. Patrícia Silva de Figueiredo, 21 anos, circulava na avenida Érico Veríssimo quando foi atingida por um coletivo da linha Belém Velho, consórcio STS, próximo à Venâncio Aires. Já Daíse Duarte Lopes, 19, estava pedalando no cruzamento da rua Martim Félix Berta com a 6 de Novembro e foi atropelada por um veículo da Unibus. Ambas eram estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A instituição manifestou luto pela perda das alunas.
Em média, 20 pessoas se ferem por dia em acidentes de trânsito em Porto Alegre. Até 20 de março, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) havia contabilizado 1.601 pessoas que sofreram lesões e 25 que perderam a vida.
TRF4 quer soluções para o trânsito
“Temos mais de 5 mil pessoas que circulam todos os dias nos prédios do TRF4 e da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, além das partes e advogados que vêm em busca dos serviços. Estamos com o trânsito e a circulação na área esgotados e precisamos de soluções”. Com esta avaliação inicial, o diretor-geral do Tribunal Regional Federal da 4 Região (TRF4), Luiz Izidoro Zorzo, apresentou dados concretos dos problemas enfrentados na região ao diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. Eles estiveram reunidos na sede do tribunal.
Zorzo chamou a atenção para os problemas de mobilidade urbana na área do bairro Praia de Belas, em Porto Alegre, onde fica o complexo de prédios públicos federais, como a Receita Federal e o IBGE. Ele estima que o movimento deve aumentar porque em breve outros prédios devem começar a funcionar, além do movimento do Acampamento Farroupilha, que este ano será estendido para três meses.
Zorzo e o assessor chefe da Diretoria-Geral do tribunal, Flávio Visentini, juntamente com representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do RS (Sintrajufe), apresentaram reivindicações à EPTC para melhorar o trânsito e a circulação na região. Entre as principais, a implantação de uma linha de lotação que passe em frente aos prédios, para diminuir o uso de veículos particulares.
Acho que a culpa é de deus, ele que quis levar eles pro céu.
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Olha, há motoristas agressivos em excesso? Sim, com certeza.
As empresas e a EPTC tem culpa? Tem. Até por que a tabela horária dos ônibus só é ajustava se há atrasos nas linhas (conforme relato do Cappellari) e as empresas não pagam multas. Ou seja, para cumprir horário o jeito é ultrapassar o limite de volocidade, furar sinal vermelho, etc.
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O centro é caótico. Sexta-feira não havia jeito de ir pra zona norte. Todos os caminhos congestionados. Como não temos transporte segregado, ninguém andava. Só a pé ou de bicicleta, mas são perigosos em meio ao caos.
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Na realidade quando o trânsito está parado que é seguro andar de bici 🙂
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É isso aí
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” Entre as principais, a implantação de uma linha de lotação que passe em frente aos prédios, para diminuir o uso de veículos particulares.” – Tem gente que pensa, em contraste com o Fortunatti dos viadutos.
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Ah ta, as empresas são as culpadas, ahã!!!! Acho que as empresas de onibus também são culpadas pelo desaparecimento do avião da Malasia, se bobear, é capaz de ainda falarem isso, eita sindicato que gosta de aparecer!!!
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Concordo com AJ, tudo é culpa das empresas, os motoristas jogam o onibus por cima de pedestres, ciclistas, veiculos pequenos, e tudo é culpa das empresas, tem motorista de onibus que jamais deveria sentar na direção de um onibus, isto sim é culpa das empresas colocar gente sem condições psicologicas e suficientemente calmas para tal função.
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Não sei até que ponto chegou seu sarcasmo.
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Se não a culpa é do motorista a culpa é da empresa que o escolheu, não o treinou, não avalia sua conduta…
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Claro, as empresas de ônibus de POA são extremamente profissionais e idôneas, afinal o livre mercado do nosso transporte público garante a concorrência leal.
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Fico imaginando qual vai ser o teu discurso depois das licitações das linhas.
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tem gente que acha que serão empresas novas aqui em porto alegre, serão as mesmas empresas, mas com regras, fora isso vai ser o mesmo, e mesmo que entre novas empresas, porto alegre não será uma suécia, portanto, não se iludam, a passagem continuará a aumentar, greve continuará a existir, portanto, não façam da licitação a melhor coisa que Porto Alegre já teve, porque não vai ser!
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Eu não sei dizer ainda pois os termos do edital estão a sete chaves. Torço que seja bem feito mas é difícil.
O teu discurso eu sei como vai ser (o mesmo de sempre): não tenho propostas para nada, só fico enchendo o saco dos outros.
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Bem, como a responsabilidade do que o funcionário faz no trabalho é da empresa, podemos dizer que a culpa é dela sim.
Eu não gosto de demonizar assim, mas não tem mais o que se dizer.
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As empresas são co-responsáveis, não tenho dúvida de que os parentes das vítimas processarão as empresas – e possivelmente a EPTC, por exigir uma tabela de horários que não pode ser executava em tempo hábil.
No trânsito, ninguém é santo, há uma rede de responsabilidades que deve ser apurada: empresas, EPTC, motorista, outros veículos fora do corredor que podem ter contribuído pressionando a ciclista a ingressar no corredor, etc. O que deve ser feito é: condenar os culpados proporcionalmente à sua responsabilidade. Só que no Brasil o que acontece é: se há mais de um culpado, ninguém é culpado, o que não é verdade.
Eu diria que no trânsito, cerca de 50% dos motoristas não tem condições de dirigir. Basicamente, se você encosta na traseira de outro carro dando sinal de luz, você É um imbecil e não deveria ter carteira de motorista. Eventualmente eu faço viagens de 1000km. Não sou nenhum caminhoneiro, mas acho que sou um motorista amador de respeito e NUNCA precisei pressionar motoristas na minha frente em 15 anos de direção e NUNCA tomei uma multa de trânsito. Não é ciência de foguetes, eu garanto.
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