
Das galerias, população aplaudiu pronunciamentos de representantes de movimentos comunitários | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Samir Oliveira
A prefeitura de Porto Alegre acenou de forma negativa à proposta de movimentos comunitários de se rebaixar a Avenida Presidente João Goulart para permitir a conexão entre a Orla do Guaíba, a Usina do Gasômetro e a Praça Júlio Mesquita. O impasse ficou claro durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal na noite desta segunda-feira (24) para debater o projeto de lei complementar 20/2013, que delimita o espaço do Corredor Parque do Gasômetro.
Durante a reunião, representantes de diversos movimentos sociais e associações comunitárias deixaram claro o desejo de que o novo parque não seja cortado pela Avenida Presidente João Goulart e facilite o acesso da população à Orla do Guaíba. A solução proposta foi o rebaixamento da via, com a construção de uma trincheira – semelhante ao que a prefeitura tenta fazer na Rua Anita Garibaldi.
O projeto 20/2013 será votado na próxima sessão da Câmara, nesta quarta-feira (26). Os movimentos sociais esperam que uma emenda da vereadora Sofia Cavedon (PT) determinando o rebaixamento da avenida seja aprovada, mas o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) e o líder do governo na Câmara Airto Ferronato (PSB) deram indicativos de que a base aliada – que possui maioria no Legislativo – não irá apoiar a medida.

Traçado do Corredor Parque Gasômetro, de acordo com projeto da prefeitura | Foto: Tonico Alvares/CMPA
O discurso da administração municipal é o de que o projeto trata apenas da delimintação do Corredor Parque Gasômetro e que, portanto, qualquer discussão sobre sua implementação e adequação deverá ser feita durante a efetivação dos projetos executivos. “Temos que tratar isso nos projetos executivos. Não faremos nada sem ouvir vocês, está aqui a palavra do prefeito e do vice-prefeito”, assegurou Melo, acrescentando que a proposta trata “do traçado do parque” e que “o governo vai ter que encontrar um modus operandi” para encaminhar sua efetivação.
O Corredor Parque Gasômetro foi criado durante a discussão sobre a reformulação do Plano Diretor de Porto Alegre, iniciada no ano de 2007. Na ocasião, os movimentos comunitários do Centro Histórico conseguiram aprovar uma emenda prevendo a criação do parque. A prefeitura, que sancionou o dispositivo, enviou, em dezembro de 2013, um projeto de lei para regulamentá-lo.
Pelo texto do projeto 20/2013, a área do Corredor Parque Gasômetro fica compreendida pela totalidade das praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita, além de extensões das avenidas Presidente João Goulart e Loureiro da Silva, e das ruas Washington Luiz e General Salustiano. O novo equipamento público abrangerá o Museu do Trabalho e a região onde está localizada a fábrica de tubos do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e a antiga Usina do Gasômetro, onde era queimado o carvão no processo de geração de energia termoelétrica para a Capital. Com a instalação do parque, esses prédios poderão abrigar um museu antropológico, um anexo da Biblioteca Pública e a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE).
Movimentos comunitários pediram inclusão de rebaixamento no texto da lei
A audiência pública possibilitou a inscrição de somente dez pessoas, que puderam tomar a palavra por cinco minutos – o mesmo tempo disponibilizado ao pronunciamento de cada vereador. Durante a reunião, integrantes de diversas organizações populares defenderam que o projeto 20/2013 deixe expresso em seu texto a necessidade de rebaixamento da Avenida Presidente João Goulart.
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Nem precisa rebaixar 5m a rua, da pra baixar um pouco a rua, uns 2,5m e fazer a passagem de pedestre com um calçadão arborizado “um pouco acima” do nível da rua. Um meio termo entre o túnel e uma simples passarela. E pode ficar +/- no nível do shopping que vai ser construído por ali.
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E os caminhões e os ônibus, como vão passar com uma altura destas? Vão ficar “entalados”?
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A passarela também é elevada, a ideia é enterra um pouco a rua e eleva um pouco a passagem de pedestres, para que se mantenha a altura suficiente para passar os veículos grandes embaixo. Em um estilo parecido com o aterro do flamengo no RJ.
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Completando: seguindo a ideia do aterro do flamengo mas fazendo os carros passarem por baixo e pessoas por cima (contrário do que é lá). Fica, pista da avenida 2,5m abaixo do nível atual, passagem de pedestres a 1,5m acima do nível atual, o que da os 4m que temos no tunel da conceição ou na rodoviária.
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Seria legal o tunel ali.
Quem sabe um dia, quando tiver dinheiro sobrando.
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Com todos os desvios que já ocorreram no Brasil, dava pra pagar o aterramento de outro Brasil no meio do Atlântico e construir o país modelo lá.
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Acho que serial muito bom termos um túnel ali, mas não é uma questão de lei e sim de viabilidade.
Quanto custa um túnel desse tamanho? De onde sairá o dinheiro?
Agora, o que a Sofia Cavedon quer é fazer a prefeitura se manifestar contra o desejo da população. Ela não está interessada no parque ou no túnel em si.
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e um viaduto com os carros passando em cima? sem duvida, afetaria a frente do Gasometro e a revitalização do cais, mas a população conseguiria chegar facil do centro até a orla a pé, que para mim, é o que importa.
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De certa forma eu acredito que um túnel aí seria urbanisticamente mais acertado do qualquer um dos 20 viadutos que o Fortunatti mandou construir por Porto Alegre.
Preferia um tunel aí do que a trincheira da Anita por exemplo
É engraçado como a prefeitura não aceita ouvir a opinião dos moradores…é de uma arrogância, de uma prepotência…
Os moradores da Anita NÃO QUERIAM a trincheira, a prefeitura foi lá e fez
Os moradores do Centro Histórico QUEREM o túnel, a prefeitura foi lá e NÃO fez….
Tudo ao contrário como sempre…nota zero em gestão democrática das cidades…
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Se for ouvir os moradores de todas as regiões, Porto Alegre fica parada no tempo.
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o tunel seria melhor, mas o objetivo é tirar os carros do nivel da rua, pode ser por cima ou por baixo…
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A Sofia quer que a prefeitura diga não para a população? Vai em qualquer audiência pública que tu vai ver isso, a administração não precisa da ajuda de niguém, nunca ouve mesmo.
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Com os investimentos em infraestrutura para a Copa e o metrô, feitos basicamente a partir de empréstimos, certamente Porto Alegre ficará sem capacidade de investimentos relevantes por, no mínimo, uma década.
Cortar gastos e aumentar a eficiência é importante, mas uma forma de resolver esse problema também poderia ser aumentando as receitas. E, já que não existe qualquer possibilidade de uma reforma tributária/fiscal, descentralizando recursos da União, tem de se pensar nas alternativas existentes.
Por exemplo, sabidamente os valores venais do imóveis estão defasados, porque tivemos um boom de valorização imobiliária nos últimos 5/6 anos (100 a 150%), e os valores do iptu ficaram para trás. Mas um Prefeito para fazer isso teria de ter muito culhão, porque a gritaria seria geral.
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verdade, mas isso só empurraria mais os pobres para os cantos da cidade, criando um problema maior.
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Vão ouvir a popoulação durante o projeto executivo… ah, claro que vão. Não estão nem aí, nunca ouvem e comparecem às audiências apenas para ficar repetindo o que decidiram em uma sala fechada. Rebaixamento só sai se beneficiar o trânsito de automóveis, bobear botam uma passarela para resolver o problema que o Sachs falou.
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Cidade da Copa
http://www.youtube.com/watch?v=oRPqfpqZs4Y
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Eis um protesto bem criativo. Aprovado!
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E enquanto discursavam sobre a importância do rebaixamento o Melo ficava brincando no celular…
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Somos tratados como idiotas diariamente .
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Estruturas da copa o governo pagará, mas uma coisa que ficara pro povo nao.
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