Reajuste da tarifa está abaixo da inflação, alega Fortunati

Passagem de ônibus em Porto Alegre passa a custar R$ 2,95 a partir de segunda

Reajuste da tarifa está abaixo da inflação, alega Fortunati  Crédito: Vinicius Roratto / CP Memória

Reajuste da tarifa está abaixo da inflação, alega Fortunati
Crédito: Vinicius Roratto / CP Memória

Para o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, o reajuste da tarifa de ônibus – sancionado por ele nesta sexta-feira – é justificável e, inclusive, está abaixo da inflação, que foi de 5,99% no ano passado, já que o valor da passagem vai
aumentar 5,66%. Em entrevista à Rádio Guaíba, o prefeito confirmou que o preço sobe a partir de segunda-feira. “Chegamos à conclusão técnica de que a passagem deveria passar para R$ 2,95”, argumentou.

Fortunati tentou justificar o aumento comparando o valor da tarifa com serviços como telefonia e alimentos que, segundo o próprio prefeito, “tem subido de forma assustadora”. “Nós pagamos as taxas mais caras do mundo (de telefonia) e ninguém critica, argumentou Fortunati. “Pegam como ‘Geni’ o transporte público”, fazendo analogia à música “Geni e o Zepelim” de Chico Buarque.

Quanto à passagem gratuita, o prefeito confirmou que já foram feitos cálculos para avaliar se seria possível a isenção, mas “infelizmente essa não é a realidade, a vida impõe que haja uma contribuição por parte do usuário ou haveria o sucateamento do sistema”, alegou.

O reajuste de 7% dado aos rodoviários, mais vale alimentação e plano de saúde, acarretaram em 45% do preço da passagem e influenciaram no valor cobrado pelo transporte público. O aumento de 7% no preço do óleo combustível e a inflação, que terminou o ano em 5,91%, são os principais fatores que influenciaram na análise da planilha de reajuste.

Correio do Povo



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17 respostas

  1. EXTRA ! EXTRA ! EXTRA !

    http://blogdopaulinho.wordpress.com/2014/04/05/novo-beira-rio-avanca-na-via-publica-sem-o-menor-constrangimento/

    Novo Beira Rio avança na via pública sem o menor constrangimento
    beira 1

    Seja por equívoco de projeto ou pura malandragem, o novo Beira Rio vem sendo tratado por muita gente no Rio Grande do Sul como estádio “Folgadão”.

    Muitos são os motivos.

    Falar nas irregularidades – tantas – já é chover no molhado, mas, para fazer justiça ao apelido, a obra avançou,de maneira temerária, se não irregular, sobre a via pública que cerca o estádio.

    • Não foi o estádio que invadiu a rua, mas sim a rua que invadiu o estádio. Procure conhecer a verdade antes de arrotar besteiras.

    • Sério? De novo?

      Ainda insistem com essa besteira de que o estádio invadiu a rua e não o contrário?

      É bom procurar se informar antes de trazer essas “notícias”.

  2. Na quinta-feira tive de ir ao centro o qual morei por 26 anos.Tomei um onibus que me levou ao camelodromo.Um verdadeiro horror ,o transporte publico de Porto Alegre e região metropolitana é insano não tem planejamento e nem vai ter,pois o que vale é realmente o lucro dos permissionários e a população que depende do transporte publico não tem escolha. A politica que seria uma saida pacifica para resolver as coisas esta se mostrando cada vez mais inviavel pelos acordos e conchavos e a loucura de alguns politicos de oposição.Andar de bicicleta infelizmente não é seguro,o jeito é ir a pé ou só sair do seu bairro na extrema necessidade.As obras de vitrine para a copa andam devagar mas andam,Beira-Rio e entorno,o resto fica a Deus dara.Infelizmente esta é realidade não só de Porto Alegre mas de grande parte do Brasil de hoje,triste mas real.

  3. Desta vez a Justiça não vai se meter. Já negou liminar.

    • É bizarra essa não-intervenção da Justiça. Como aprovar aumento de uma tarifa baseada num sistema não licitado? Como que a Justiça pode ser conivente com isso justamente nesse momento?

  4. Se não tivesse acontecido os protestos a passagem estaria uns R$3,30.

  5. QUE COMECE O QUEBRA-QUEBRA OUTRA VEZ!!!!

  6. Análise do edital de licitação – parte I: a Prefeitura quer quebrar a Carris?
    Publicado em abril 4, 2014 |

    http://felipeprestes.wordpress.com/2014/04/04/analise-do-edital-de-licitacao-parte-i-a-prefeitura-quer-quebrar-a-carris/

    Durante os meses que antecederam a publicação do edital para licitar o transporte público de Porto Alegre, o diretor da EPTC, Vanderlei Cappelari, explicou que a Carris ficaria apenas com as linhas transversais. Isto passou batido, até porque falando assim parece apenas um bom modo de organização. Cada bacia, faz as linhas que levam do centro a leste, a sul e a norte, tudo muito tranquilo.

    Agora que o edital saiu, porém, parece que a Carris sai perdendo, e que isto favorece as empresas privadas.

    A empresa pública seguirá com todos os Ts (transversais), mais os Cs (ônibus circulares da região central), além das linhas, digamos, universitárias: o D43, o Campus/Ipiranga e o Ipiranga/PUC. Até aí, tudo bem.

    O problema é que a Carris entregará linhas que têm um itinerário curto e (pelo menos, algumas delas) com muitos passageiros; e trocará por linhas com muita rodagem e pouco passageiro. A extensão de cada linha consta no próprio edital.

    De acordo com o edital, a Carris perde:

    A linha 510 Auxiliadora, possivelmente uma das mais lucrativas, porque está sempre cheia e vai apenas do Mercado Público até o Zaffari Higienópolis. Tem 5,7 quilômetros num dos sentidos e 7,9 no outro.

    A linha 431 Carlos Gomes, que sai do Mercado Público, sobe a Protásio Alves até a Carlos Gomes e vai até o Zaffari Higienópolis. Tem 10,1 quilômetros num dos sentidos e 11,5 no outro.

    A linha 525 Rio Branco/Anita, que vai do Mercado pela Osvaldo/Protásio até a Goethe, depois pega a Anita Garibaldi e vai até as proximidades do Country Club. Tem 9,9 quilômetros num dos sentidos e 10,3 no outro.

    A linha 473 Jardim Carvalho/Jardim do Salso, que vai do Mercado Público pela Protásio Alves até descer para a Terceira Perimetral, próximo ao Jardim Botânico. Atravessa a Cristiano Fischer e dá umas voltas pelos bairros Jardim Carvalho e Jardim do Salso. Tem 14,2 quilômetros de extensão num dos sentidos e 12,9 no outro.

    POIS BEM. A Carris perdeu estas linhas. E o que ela pegou em troca?

    A linha 286 Belem Velho/Cristal/UFRGS que vai do Campus do Vale, no limite com Viamão, até Belem Velho, e depois sobe até a Avenida Diário de Notícias (onde fica o Barra Shopping). A extensão da linha é de 23 quilômetros num dos sentidos e 25,8 no outro.

    A linha 314 e suas variantes 3141 e 3142, que são linhas PUC/Restinga. A linha 314 chega a 21,5 e 22,7 quilômetros. A linha 3141 vai mais longe ainda: são 28,9 quilômetros num dos sentidos e 29,5 no outro. A linha 3142 só faz duas viagens por dia, de 24,6 quilômetros.

    A linha 5201 Triângulo/24 de outubro/PUC, cujo nome já explica o itinerário — triângulo para quem não sabe, é onde a Assis Brasil se encontra com a Baltazar de Oliveira Garcia, no extremo norte da cidade. Esta linha tem 23,5 quilômetros de extensão.

    Linhas pouco utilizadas

    Pelo número de viagens, dá para ver que estas linhas que a Carris vai abraçar não são muito utilizadas pelo usuário porto-alegrense. Todo mundo que pega ônibus sabe que as linhas mais utilizadas fazem mais viagens.

    A linha Auxiliadora, que a Carris vai entregar para a iniciativa privada, deverá fazer de acordo com o edital 123 viagens num dos sentidos e 122 noutro, um dos números mais altos de todo o sistema. A Carlos Gomes, 68 e 69. A Jardim Carvalho, 85 nos dois sentidos e a Rio Branco/Anita, 76 e 77.

    Enquanto isto a Belém Velho/Cristal UFRGS faz 56 (menos da metade que a Auxiliadora) e 55. As PUC/RESTINGA somadas não passam de 73 viagens num dos sentidos e 71 noutro. E a Triângulo/24 de Outubro/PUC faz 59 viagens.

    E mais: os números de viagens previstos para as linhas que a Carris vai deixar para as empresas privadas são quase os mesmos que os atuais (que podem ser checados aqui), as empresas não precisarão aumentar o número de viagens — a única exceção são duas viagens a mais num dos sentidos do Carlos Gomes. Enquanto isto, a Carris vai aumentar sensivelmente o número de viagens do PUC/Restinga para atender uma demanda que, possivelmente, o consórcio privado se recusava a dar vazão.

    Não resta dúvidas de que a Carris vai trocar linhas com itinerário mais curto e com maior procura por outras longas e menos utilizadas. Um leigo em planilhas e quetais, como eu, pensa que isto vai dar prejuízo à empresa pública. Mas deixo mais como pergunta que como afirmação: a Prefeitura quer quebrar a Carris?

    • Uma linha que eu nunca vou aceitar que exista é a T11A. A Restinga/PUC/3ªPerimetral faz o mesmo trajeto! A Carris podia muito bem colocar os carros de ambas numa linha só pra aumentar a frequência.

    • Não quer quebrar a Carris, está apenas diminuindo o valor da tarifa, como pede a população.

    • Ao invés de aproveitar e mexer nas linhas, vão deixar a mesma bosta, impressionante. Pleno 2014 e ainda tem ônibus subindo a Carlos Gomes e entrando na Protásio (e sempre fica um bom tempo esperando pra poder entrar).

  7. Mexer no lucro dos empresários ninguem quer, né? Mais uma vez a população vai pagar a conta! Não podemos deixar isso acontecer, o aumento foi barrado uma vez, e vai ser barrado de novo!

    • Queres dizer conseguir rezudr o déficit da Carris né! Hoje a Carris é a maior responsável pelo custo mais elevado da tarifa, ela tem prejuízo operando linhas mais rentáveis que as privadas e cobrando o mesmo. Se alguém puxa a tarifa pra cima, não são os empresários, mas a própria pública da prefeitura, que todos os anos precisa de injeção de milhões do dinheiro público.

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