Um dos principais motivos é a recusa de concentrar investimentos para atender a um evento que dura “apenas 17 dias”.
Nova York – Foto: Daniel Simon – 2013
GENEBRA – Nova Iorque anuncia: não será candidata para receber os Jogos Olímpicos de 2024. O motivo: a cidade tem outras prioridades e não quer concentrar recursos para um evento de apenas 17 dias. Quem afirma isso não é algum movimento social ou algum repórter do contra. Mas sim o gabinete do novo prefeito, Bill de Blasio, em reportagem do Wall Street Journal.
Depois de avaliar os benefícios e os problemas de um evento esportivo internacional, a responsável pelo desenvolvimento econômico e moradia de Nova Iorque, Alicia Glen, deixou claro que a decisão da administração era de que não valeria à pena o esforço e o investimento.
A cidade foi candidata a receber o evento em 2012. Mas foi eliminada e a organização ficou com Londres. “Não faz sentido se candidatar”, declarou Glen. Para ela, a meta de ter um evento seria para colocar uma cidade no mapa mundial. Mas isso, segundo Glen, não seria necessário para Nova Iorque. Outro motivo seria atrair turistas. Mas, com 54 milhões de visitantes por ano, a cidade acredita que também não precisa de uma Olimpíada para atrair o mundo. “Nossa sensação é de que poderia até mesmo frear o turismo”, confessou.
Mas o ponto principal é de que ter a Olimpíada na cidade poderia afetar a agenda de desenvolvimento econômico da cidade. Para Glen, se a cidade se focar apenas nas instalações esportivas ou numa área da cidade, outras partes poderiam ser negligenciadas.
“O prefeito quer tomar decisões de desenvolvimento baseados em políticas públicas sólidas e não ir a uma direção particular apenas para atender as necessidades de um evento de 17 dias”, afirmou Glen, que também é a vice-prefeita.
Ela não nega que sediar a Olimpíada tem uma “noção romântica”. “Mas eu acho que quando você pergunta ao cidadão de Nova Iorque nas ruas se ele quer que a cidade e seus esforços sejam direcionados para um evento de três semanas em dez anos, ou se deve arregaçar as mangas e lidar com todos os demais desafios imediatos, acho que a vasta maioria diria: “prefiro assistir ao evento em um telão grande em minha casa”.
De Nova Iorque à Olso, da Suíça à Alemanha, governos democráticos estão pensando duas vezes em lançar suas candidaturas para receber os mega-eventos mundiais. A a Fifa e o COI sabem disso…
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Taí um prefeito consciente, coerente e de caráter! Enfim alguém que ousa dizer não! Tá certo ele: se não tem nada a ganhar, melhor deixar a oportunidade p/outros que precisam mais do turismo!
Concordo com a opinião do Julião. NY não precisa fazer um “sacrifício” como promover uma olimpíada para atrair turistas tampouco necessita de obras de infraestrutura que depois fica para legado dos moradores. É o oposto do Rio.
Me parece que o Rio já e conhecido pelos 7 bilhões de habitantes do mundo, que inclusive pensam que e a capital do Brasil, o Rio só não atrai mais turistas pq tem fama de ser perigoso, e destino de turismo sexual. Não sei se olimpíada vai mudar essa imagem
Recebe grandes eventos seria ótimo para o Brasil sim. Incrementaria o turismo e poderia trazer benesses a população local… Mas vimos bem o que aconteceu, os únicos que não ganharam nada com esses eventos no Brasil foi o povo brasileiro.
Se uma olimpíada que dura 17 dias não vale a pena, imagina uma copa do mundo que movimenta uma cidade uns 3 dias?
Investir num lugar só, no caso o Rio, para se fazer as olimpíadas é “fácil”, derruba um viaduto, usa-se a estrutura do pan… Agora, imagina o prejuízo de uma copa que está espalhada pelo Brasil. Tem cidades investindo milhões em um estádio que vai ser usado por 3 ou 4 horas.
Também quero ver reportagens sobre as cidades QUE QUEREM o evento de 2024… que estão SIM interessadas no desenvolvimento que um evento desse porte lhes proporciona, bem como o retorno indireto do dinheiro investido. Cidades que sabem atrair turistas e tem boa visão comercial, onde os governantes e as empresas não roubam como no Brasil.
Santos ainda tem os argumentos de 2007. Passaram sete anos. Esse bla bla bla já foi superado.
Mas o problema foi o Brasil, cara! Não foi o evento em si.
Achar agora que eventos deste porte são grandes vilões para humanidade é pra acabar mesmo.
Até onde sei na àfrica do sul tiveram problemas similares. E como mencionei acima alguns apontam as olimpíadas como um dos problemas do invidamento da Grécia (não o único ou o principal, mas um deles).
De qualquer forma não importa, nunca achei que seria um bom negócio para minha cidade isso… os outros países que decidam se querem ou não.
Será que são as “cidades que querem” esses eventos ou são os gestores públicos que veem boas oportunidades de “negócios”, bem como alguns poucos setores que se beneficiam, como hotelaria e gastronomia?
Ter ingresso de turistas na cidade é ótimo, mas sem ter de pagar royalties à FIFA ou ao COI, com direito a isenção de impostos para piorar. O que era para ser lucrativo, acaba no zero a zero ou no prejuízo…
Já em cidades como o Rio (e não desenvolvidas integralmente, de modo geral), o raciocíni é totalmente inverso: os investimentos necessários para se fazer um evento como uma Olimpíada são altos, mas o retorno em termos de geração de novas riquezas sao altíssimo.
Mesmo levando em conta o nível de corrupção, podem me perguntar? Acho que sim, porque os desvios de recursos públicos num país como o Brasil independem da concentração de investimento ou não. Aliás, o foco da mídia global numa situação dessas pode até ajudar na fiscalização e na introdução de instrumentos de controle.
Eu acho que essa é a visão otimista, tomara que estejas certo. Mas não aprendemos nada no sentido de controle com o PAN.
Outra questão é que as Olimpíadas seguidamente são apontadas como um dos agravadores da crise da Grécia. Mais uma vez, espero não ver isso por aqui.
Mas enfim, acho que o Rio é uma cidade que realmente melhorou com as obras da copa.
Acho que NY pode ser contra a realização de uma Olimpíada, mas não pelos motivos (demagogicos) apresentados na notícia. Como se trata de um cidade estruturada, os investimentos exigidos são bem mais baixos. Lá não seria preciso construir BRT, metrô ou alargar rua, etc, o quesito mais caro do caderno de encargos de um evento desse tipo, pois tudo está praticamente pronto ou precisando de, no máximo, uma modernização.
Entretanto, o principal argumento favorável a realização de um evento gigante como esse – incentivar investimentos e o turismo – para NY é totalmente desnecessário, já que se trata de polo de atração global. Daí sim temos um motivo consistente: o investimento seria relativamente baixo, mas os ganhos ao relizar os jogos olimpicos numa cidade como NY seriam mais baixos ainda.
Concordo com teu ponto sobre NY não precisar atratir turistas, mas não acho o argumento dela de todo demagógico.
POA mesmo, investiu muito dinheiro, a cidade se envidivou e não fez nada para alavancar o turismo. E essas obras de mobilidade não vão adiantar muita coisa, principalmente as de transporte público.
Esses problemas que elencaste são relativos à Administração de POA. Se as obras houvessem sido outras, a vantagem do evento seria histórica.
Concordo, renan.
Isso mesmo! Muita demagogia.
Bem isso. Pra que NYC gostaria de atrair mais turistas se ja é atrolhada de gente. E concordo com o que eles falara, que se fosse o caso, poderia diminuir o fluxo turístico.
As cidades são para as pessoas, não para os carros. Quem diz isso? Arnaldo Jabor
http://g1.globo.com/videos/sao-paulo/t/todos-os-videos/v/as-cidades-existem-para-as-pessoas-nao-para-o-carros-comenta-jabor/3378470/
Ainda mais que esses carros modernos são praticamente conduzidos por robos.
Pelo menos agora tenho certeza: tu não entende mesmo sobre o que os críticos estão falando. Faz um esforço, faz…
Entendi,, a cidade foram criadas para os humanos e não para seus robôs.
Não, ela deve ser criada para os humanos, não para os sociopatas que acham que estão sozinhos na cidade.
Isso seria um protesto que realmente poderia mudar as coisas. Se todas as cidades e países se recusassem a receber a Copa e as Olimpíadas nas condições impostas, talvez os organizadores tivessem que mudar as regras a fim de evitar o fim dos eventos. Mas creio que não viveremos para ver isso acontecer. Mas se não me engano já é o segundo ou terceiro caso de recusa de jogos olímpicos por cidades que dizem ter outras prioridades. Seria uma tendência?
Sensacional, tapa na cara da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil! Só espero que essa notícia seja alardeada por tudo aqui, jornais, revistas, e tv. Curioso pra saber a opinião do prefeito, governador e o nove dedos.
Acho que li algo sobre Estocolmo também.
Lugares onde o pão com circo não funciona hehe.