Texto fala em manipulação da mídia brasileira. Mas e as obras prometidas?

Este texto abaixo, da Carta Campinas, fala que a mídia brasileira foi manipulada. Mas eu digo: o fato não é somente se teria ou não caos nos aeroportos e nas ruas, mas o que aconteceu é que pouquíssimas obras prometidas para a copa foram feitas. Isso não é manipulação da imprensa. Dezenas de obras não foram feitas. Especialmente em aeroportos e mobilidade urbana. Em todo o país. A ampliação do Terminal 1 do Aeroporto Salgado Filho, por exemplo, foi há anos prometida e somente este ano começou. Está em 2% do andamento. Isto é um fato. Das 35 obras no país que integravam a Matriz de Responsabilidade da Copa, apenas 5 foram concluídas. Isto não é questão de manipulação. Estão mudando a ótica.  Não concordo com o texto. Essa tal de Carta Campinas entre outras é que foi comprada e manipulada.

Vejam a matéria:

Vexame da imprensa! Copa faz estrangeiros conhecerem a manipulação da mídia brasileira

beira-rio-poro-alegreA Copa do Mundo de futebol está fazendo algo inesperado no campo do jornalismo e da mídia brasileira. Com a presença grande de turistas e jornalistas do mundo todo no Brasil, a mídia internacional está descobrindo a falta de profissionalismo da mídia brasileira e as manipulações em relação à cobertura do mundial e da política econômica.

Vários jornais e jornalistas do mundo, incluindo New York Times, BBC, Los Angeles Times e outros já noticiaram suas surpresas com a Copa e o Brasil. A tranquilidade e organização surgem como uma novidade para os estrangeiros que ouviram da imprensa brasileira que seria o caos em aeroportos, estádios, cidades. Mais que isso, alguns jornalistas internacionais tiraram sarro de comentários da imprensa brasileira, como aconteceu com um colunista da Veja que foi motivo de piada.

Diante do vexame internacional, os próprios jornais brasileiros estão reconhecendo que a Copa tem sido um sucesso em termos de organização e isso está sendo expresso na fala dos turistas, jogadores e profissionais de mídia.

Quem sabe isso ajude os coronéis da mídia brasileira a fazer mais jornalismo e menos política.

O coroamento do nível de excitação da mídia brasileira foi proporcionado por Mário Sérgio Conti, da Folha e do jornal O Globo, que entrevistou o sósia do Felipão e publicou matéria como se fosse uma entrevista exclusiva com o técnico da seleção brasileira. A barriga do ano só pode estar dentro do vexame do ano. Imagina (a imprensa) na Copa! Taí.

Carta Campinas



Categorias:COPA 2014

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12 respostas

  1. pois eu acho que a imprensa e oposição (globo e psdb) erraram e feio (assim como todos anos desde 2003 prometem um apagao que nunca vem) as obras que não ficaram prontas não deveriam ser chamadas de obras de copa, pois não tem nada a ver. um viaduto lá no fim da cidade tem a ver o que com copa?? precisávamos da duplicação da beira-rio e outras, o que que não ficou pronto está sendo feito e estrangeiro nenhum vai levar pra casa.
    outra coisa: qual estádio é federal?? os candidatos de oposição fizeram estádios com dinheiro público e muita falta de gestão e planejamento (mineirão é matéria na época de mau planejamento e arena pernambuco nem em recif eé..

  2. esse thread de 2011 em um forum previu exatamente o que aconteceu na copa, na verdade o que não aconteceu

    http://www.skyscrapercity.com/showpost.php?s=a36ed5f31eeafaa9eacf09f08cdf6ec8&p=79995048&postcount=3296

    • Exatamente, pra mim ficou claro que adotariam esse discurso ufanista, visando esquecer todos os problemas na organização/preparação da Copa, em que mais de 70% das obras foram abandonados ou ficaram incompletas, quando o chefe da MÁFIA venho com aquela conversa de que o povo brasileiro iria a pé, descalço ou num jumento para o estádio, e que ir de metrô é babaquice.

  3. Todos falaram mal da Copa. Inclusive aqui neste Blog
    O Brasil não é um pais qualquer. O Brasil tem um povo hospitaleiro que sempre viveu com alegria todas as Copas e chorou quando a Taça não veio para cá.
    Deem a mão à palmatória. Quem assustou a todos foi a mídia e as manifestações quando protagonizadas pelos vândalos.
    No exterior notícias que saiam do Brasil impediu que muitos torcedores viessem para a Copa, a famosa frase repetida por todos era
    ” IMAGINA NA COPA “, pois é, quanta gente não imaginou o que ia acontecer na Copa…todos diziam que legado é este que a Copa vai deixar, gastaram dinheiro em vão.
    O legado é este que estamos vendo, todos os torcedores de outros países que vieram à Porto Alegre estão elogiando, adorando tudo e agradecendo a hospitalidade….
    A Copa vai ensinar CIVILIDADE aos brasileiros e a muitos porto alegrenses…
    Quem sabe até esta Grenalização acabe e tudo volte ao que era antes, quando as duas torcidas repartiam um estádio com alegria e amizade…

  4. Como eu disse antes.
    Quem é que não pensou que iria dar tudo errado?
    Todos pensaram, se no dia a dia já é um caos, o que imaginar com milhares de pessoas chegando todos os dias nas cidades?
    Eu não sei é COMO não virou esse caos todo, chega a dar medo.

    Ninguem da mídia mentiu sobre isso, era o que todos pensavam, evitar de falar que seria preocupante, ou alguem viu alguma obra finalizada?

    Acham que por ter dado certo não vamos precisar das obras?
    haha

    E quem vê pensa que a mídia la fora é santa né.
    haha

    • por que nunca falaram em caos quando tinha forum social mundial (nos áureos tempos)?
      Era o mesmo (ou um pouco menos) contigente de visitantes.

  5. A mídia apenas cumpriu seu papel, destacando as falhas na organização da Copa, que foram evidentes, e as promessas não cumpridas, principalmente em infraestrutura, que foram mais evidentes ainda. O que governo está fazendo, com ajuda da sua militância, jornalistas governistas e maciça propaganda é CRIMINOSO. Mas isso só vai aumentar o “efeito rebote” depois do Mundial, quando não teremos mais jogos de futebol e festa na rua para alienação coletiva, só restando aeroportos inacabados, caos na saúde, contas pra pagar, inflação em alta, crescimento econômico em baixa, etc

    • Me pergunto se algum dia o pessoal vai se dar conta que POA foi de 0% (praticamente) de endividamento para 10% da receita e nada resolvido.

  6. Vivemos em um país onde a lei é, quanto pior melhor. A cada ano ficamos mais distantes do que seria um país honesto, ético e justo. Mas isto não é culpa só dos eleitos mas principalmente dos eleitores.

  7. Quem sabe o maior legado da copa não seja uma imprensa nacional bum pouco mais imparcial.
    Eu nao sou PT nem acho que este governo seja um bom exemplo, mas tenho nojo da revista veja pela oposição discarada ao governo Dilma. Eles pensam que somos os leitores um bando de retardados ignorantes.
    Dai penso em quantos outros aspectos somos manipulados. Acreditar em quem! ??

  8. http://jornalggn.com.br/noticia/a-cartelizacao-mediocrizante-da-noticia

    A cartelização mediocrizante da notícia

    seg, 23/06/2014 – 06:00 – Atualizado em 23/06/2014 – 15:23

    Luis Nassif
    1. TODOS os grupos de mídia fizeram a mesma cobertura negativa da Copa, com os mesmos tons de cinza, o mesmo destaque às irrelevâncias, prejudicando seu próprio departamento comercial pelo desânimo geral que chegava aos anunciantes.

    1. NENHUM grupo preparou uma reportagem sequer mostrando os detalhes de uma organização exemplar, que juntou governos federal, estaduais, municipais, Ministério Público, Tribunais de Conta, Polícia Federal, Secretarias de Segurança, departamentos de trânsito, construtoras, fundos de investimento. NENHUM!
    2. Depois, TODOS fazem o mea culpa e passam a elogiar a Copa no mesmo momento.

    3. Na CPMI de Carlinhos Cachoeira TODOS atuaram simultaneamente para abafar as investigações.

    4. Na do “mensalão”, TODOS atuaram na mesma direção, no sentido de amplificar as denúncias e esmagar qualquer medida em favor dos réus, até as mais irrelevantes.

    5. Na Operação Satiagraha, pelo contrário, TODOS saíram em defesa do banqueiro Daniel Dantas, indo contra a tendência histórica da mídia de privilegiar o denuncismo.

    6. No episódio Petrobras, TODOS repetiram a mesma falácia de que a presidente Maria da Graça disse que foi um mau negócio e o ex-presidente José Sérgio Gabrielli disse que foi bom negócio. O que ambos disseram é que, no momento da compra, era bom negócio; com as mudanças no mercado, ficou mau negócio. TODOS cometeram o mesmo erro de interpretação de texto e martelaram durante dias e dias, até virar bordão.

    7. No anúncio da Política Nacional de Participação Social, TODOS deram a mesma interpretação conspiratória, de implantação do chavismo e outras bobagens do gênero, apesar das avaliações dos próprios especialistas consultados, de que não havia nada que sugerisse a suspeita. Só depois dos especialistas desmoralizarem a tese, refluíram – com alguns veículos ousando alguma autocrítica envergonhada.

    É um cartel, no sentido clássico do termo.

    Uma empresa jornalística que de fato acredite no seu mercado jamais incorrerá nos seguintes erros:

    1. Trabalhar sem nenhuma estratégia de diferenciação da concorrência, especialmente se não for o líder de mercado. A Folha tornou-se o maior jornal brasileiro, na década de 80, apostando na diferenciação inteligente.
  9. Atuar deliberadamente para derrubar o entusiasmo dos consumidores e anunciantes em relação ao seu maior evento publicitário da década: a Copa do Mundo.

  10. Expor de tal maneira a fragilidade do seu principal produto – a notícia -, a ponto de municiar por meses e meses seus leitores com a versão falsa de que tudo daria errado na Copa e, depois, ter que voltar atrás. Em nenhum momento houve uma inteligência interna sugerindo que poderia ser um tiro no pé. Ou seja, acreditaram piamente nas informações falsas que veiculavam – a exemplo do que ocorreu com a maxidesvalorização de 1999.

  11. Nos casos clássicos de cartel, um grupo de empresas se junta para repartir a receita e impedir a entrada de novos competidores. No caso brasileiro, a receita publicitária cada vez mais é absorvida pelo líder – a Globo – em detrimento dos demais integrantes do grupo. Para qualquer setor organizado da economia, essa versão brasileira de cartel será motivo de piada.

  12. Tudo isso demonstra que há tempos os grupos de mídia deixaram de lado o foco no mercado e no seu público. Não se trata apenas da perda de espaço com a Internet. Abandonaram o produto principal – a confiabilidade da notícia – para atuar politicamente, julgando estar na política sua tábua de salvação.

    A sincronização de todas as ações, em todos os momentos, mostra claramente que existe uma ação articulada, centralmente planejada. Visão conspiratória? Não. Provavelmente devido ao fato de não existirem mais os grandes capitães de mídia, capazes de estratégias inovadoras individuais. Assim, qualquer estrategista de meia pataca passa a dar as cartas, por falta de interlocução à altura em cada veículo.

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