Belo Horizonte constrói seu centro administrativo com 18 andares no centro da cidade

Construção de Centro Administrativo vai transformar o Centro de BH

Proposta do arquiteto Gustavo Penna vence concurso nacional promovido pelo município. Sustentabilidade é característica do edifício a ser erguido no estacionamento da rodoviária

Ângulos do trabalho vencedor, que vai mudar o perfil da Praça Rio Branco.

Ângulos do trabalho vencedor, que vai mudar o perfil da Praça Rio Branco.

Privilegiar o uso do transporte coletivo, embelezar a Região Central e recuperar um eixo importante da Avenida Afonso Pena. Esses são os principais requisitos do projeto que ganhou o concurso elaborado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para o seu Centro Administrativo. No resultado anunciado ontem, a proposta vencedora é do arquiteto Gustavo Penna, escolhida em meio a 80 outras de profissionais de todo o país. Ainda sem data do início da construção, a nova sede do poder público municipal será erguida onde hoje é o estacionamento da rodoviária, na Praça Rio Branco.

O prédio terá 75 mil metros quadrados, 18 andares e vai abrigar entre 8 mil a 10 mil servidores municipais. Ele terá apenas 300 vagas de estacionamento, pois a ideia é estimular o uso do transporte coletivo. O atual prédio da rodoviária funcionará como terminal de integração de modais e será a principal área de integração do transporte público.

De acordo com o secretário Municipal de planejamento e gestão, Vítor Valverde, já foi publicado o processo de manifestação de interesse (PMI), por meio do qual a prefeitura vai conhecer possíveis parceiros. Está também em elaboração o plano de operação do Centro Administrativo, que vai prever o funcionamento da nova sede do administrativo municipal e o que será estabelecida na parceria público privada (PPP), modalidade escolhida para dar andamento à obra. Depois dessas fases, será aberta licitação para construção do prédio.

O secretário disse ainda que o projeto é resultado de estudos da prefeitura que levaram mais de um ano e contou com consultoria externa do ponto de vista da viabilidade econômica e da definição do local, entre outros fatores. Segundo ele, o Centro Administrativo não será inaugurado nessa gestão, que vai até o fim de 2016: “Nosso legado é no aspecto da economia, da eficiência e do estabelecimento de nova dinâmica de funcionamento da prefeitura”.

Segundo o secretário Adjunto de Planejamento Urbano, Leonardo Castro, a proposta de se fazer o Centro Administrativo na região da rodoviária foi um desafio por se tratar de área sensível da capital. “Por isso, veio a calhar o modelo de concurso nacional, capaz de trazer as mais variadas formas de ocupação, com a preocupação de valorização urbanística da área e a recuperação do eixo da Avenida Afonso Pena no cenário da capital”.

O coordenador da comissão julgadora do concurso, o arquiteto José Júlio Vieira, acrescentou que a comissão optou por premiar propostas não apenas voltadas para a necessidade da administração pública, mas pensadas para a cidade e a população. “O projeto escolhido tem personalidade marcante e desenvolve relação positiva com o entorno, além de cumprir todos os requisitos técnicos, entre eles sustentabilidade ambiental, relação com os prédios vizinhos e inserção urbana”.

A proposta vencedora, no entanto, não é a versão definitiva. Será preciso elaborar ainda um projeto básico e um executivo. A comissão julgadora recomendou a revisão de alguns pontos, como circulação, pavimentos, acesso ao metrô e aos estacionamentos, o detalhamento da estrutura de passarelas e ciclovias, da circulação de veículos no entorno e o desenvolvimento de um sistema de controle de segurança.

Estimado em, no máximo, R$ 450 milhões o prédio terá ciclovias e ligação com o terminal rodoviário. A estação do metrô da linha 3 (Savassi/Lagoinha), estacionamentos e auditório serão construídos no subsolo, embaixo da Praça Cívica, um espaço para uso da população e acesso ao terminal rodoviário e ao prédio do Centro Administrativo.

Uma estrutura de 20 metros de altura vai sustentar a edificação e ligá-la à praça. Também está prevista a revitalização do entorno. Pela proposta, um parque urbano sairá da rodoviária, passando pela Lagoinha, até a Praça do Peixe, no bairro Bonfim, na região Noroeste de BH. De acordo com o arquiteto José Júlio Vieira, a ideia é que o pedestre saia da Praça Rio Branco e vá a pé até a Lagoinha, sem cruzar qualquer rua. “A Praça Rio Branco e o prédio da rodoviária são tombados pelo patrimônio. Por isso, é importante garantir que a edificação dialogue com esse entorno e preveja a sua revitalização”.

em.com.br

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Charles Torres, conhecido fotógrafo de BH, nos envia agora a localização exata do projeto para termos uma ideia melhor. Ficará bem na frente da rodoviária da cidade, bem onde está este estacionamento da imagem abaixo:

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Categorias:Arquitetura | Urbanismo

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11 respostas

  1. Achei pesadaço, principalmente quando observamos no canto esquerdo a desproporção com aquilo que parece ser um belo prédio histórico pré-existente, me encanta muito mais isto aqui http://www.iam-architect.com/vincent-callebaut-architectures-unveils-swallows-nest/, e principalmente se fosse em alguma área nobre de POA, que sempre ão tomadas por shoppings totalmente sem graça esteticamente falando.

  2. acho um grande risco a ideia de concentrar tantos serviços públicos em um único prédio na região central. O ideal é evitar esse tipo de concentração como algumas cidades fazem, oferecendo serviços nos bairros evitando a concentração diária de funcionários públicos tendo que se dirigir ao centro da cidade e ao mesmo tempo oferecendo serviços perto da população.

    • Giulia, quase todas as grandes cidades do mundo possuem um prédio que reúne todas as secretarias do governo municipal. Isto é lógico. Mas não precisa ser no centro.
      Para quem trabalha na prefeitura é muito chato e custoso cada secretaria ser num canto da cidade. Reuniões, e trabalhos multisecretarias ficam bem mais difíceis e necessitam deslocamento dos funcionários pela cidade, desperdiçando tempo pago por vocês (nós) contribuintes. Um prédio central facilitaria também pra população que teria todos os serviços reunidos e não teriam que se deslocar. Eu trabalho muito com secretarias/empresas como Smam, EPTC, Smurb e SMS. E mando seguidamente pessoas nestas secretarias. Só dificulta. A Smam é na Carlos Gomes. A EPTC é na Ipiranga. A SMS na João Pessoa e na Padre Cacique. A Smurb, na Borges. Claro, em Porto Alegre existem os Centros Administrativos Regionais (os CARs) que facilitam um pouco para algumas pessoas mais nas periferias. Mas isso não justifica a não necessidade de se ter um centro administrativo central municipal.

      Ah, o prefeito Fogaça logo ao assumir a prefeitura chegou a cogitar de levar adiante um projeto de 6 torres de 15 andares cada para ser o centro adm. municipal de POA. Foi engavetado pelo custo, talvez. Mas o Fortunati já está providenciando alguns orçamentos com vistas ao nosso futuro Centro. Tomara que saia. E rápido. Vai ser bom pra todos e ainda economizar tempo e dinheiro. Muito!

  3. Será que alguém vai subir nas árvores lá?

  4. Estão fazendo o que eu sempre achei que deveriam fazer aqui.

    Construir belos prédios governamentais no centro e usar nossa rodoviária como um terminal de ônibus.

    • Na minha opinião deveriam descentralizar as repartições públicas. Grande parte dela está localizada na região central de Porto Alegre, assim, na hora da saída (todos no mesmo horário, claro) é aquele caos!
      Isso sem falar nas pessoas que têm de se deslocar para elas diariamente, aumentando ainda mais o fluxo naquela região.
      Devemos construir belos prédios governamentais interligados com os mais diversos modais, mas em várias regiões da cidade!

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