Federação Gaúcha de Montanhismo também quer ciclovia sobre o Guaíba

maxresdefault-604x270A Federação Gaúcha de Montanhismo (FGM) soma-se à Mobicidade e mais seis instituições da sociedade civil exigindo a previsão de acesso seguro para ciclistas na construção da segunda ponte sobre o Guaíba.

Segundo, Nelson Brügger, da FGM, além dos argumentos já expostos na carta enviada ao DNIT e ao Ministério dos Transportes, o acesso de ciclistas na ponte é importante também para a apropriação do Parque Estadual Delta do Jacuí.

Confira abaixo a mensagem enviada pela FGM à Mobicidade:

O Sistema de Unidades de Conservação do Estadual, ainda é um sistema frágil e em grande parte, “no papel”. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) demonstrou em recente publicação, a função estratégica das áreas protegidas urbanas, para a conservação daquelas mais distantes. Se não conseguirmos defender a natureza nas grandes cidades, onde se encontram os centros de poder, a grande mídia, as grandes Universidades e não menos importante, a maioria dos movimentos sociais, dificilmente o faremos na Amazônia, nos Campos de Cima da Serra, ou na fronteira Noroeste. A Federação Gaúcha de Montanhismo, se manifestou na consulta pública do Plano de Manejo do Parque Estadual do Delta do Jacuí, solicitando que se reveja o cronograma do mesmo, priorizando o Uso Público, como meio de se obter apoio da sociedade para que este Parque saia do papel. Para isso, é vital o acesso cotidiano da sociedade, particularmente de ciclistas, que possam ir desfrutar seu lazer não motorizado de forma compatível com a conservação da natureza e dessa forma, se apropriar deste patrimônio natural. Manifestamos o desejo de ver contemplada uma via exclusiva para ciclistas na travessia do Guaíba, viabilizando dentre outros benefícios, o direito ao “…meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.” (art.225, Constituição Federal)

Fonte: Mobicidade



Categorias:Bicicleta, Ciclofaixas, ciclovias, Nova ponte Guaíba

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29 respostas

  1. Todos modais possíveis, ou seja rodoviário, ferroviário e cicloviário,isso é racional e promoverá o desenvolvimento de verdade! Chega do RS ficar estagnado vendo os outros estados avançarem, exatamente porque são ousados, buscam o máximo de inovação e o fazem com eficiência. E se as outras unidades da federação podem, se o povo do RS quiser e pressionar estas nhacas de políticos malandros, incompetentes e abusados daí, poderá também.

  2. Mas a ponte antiga é uma continuação da Free Way, não?
    Que eu saiba é proibido pedalar por la, não sei se vale para todo o trecho, mas que eu lembre existem placas proibindo.

    Só não sei se tem alguma lei pra isso, ou é apenas por frescura.

    • A tua teoria seria válida se o ÚNICO acesso à ponte fosse via free-way, o que não é a realidade. É perfeitamente possível chegar na ponte pela Av Sertório, que poderia ter uma ciclofaixa.

      • a ciclovia da sertorio sera realidade esse ano ainda, por incrença q parivel

      • Sim, mas ao entrar na ponte, estaria entrando na BR, não?
        E ali não é proibido?

        Ou a ponte deixa de ser a br290?

      • A ponte desemboca na BR-116, onde é permitido o fluxo de bicicletas.

        Mesmo se fosse proibido o fluxo de bicicletas, uma vez que não há alternativa para acessar as ilhas e a BR-116 em direção ao sul, a Constituição e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, quando mencionam o conhecido direito à locomoção, direito de ir e vir, supracedem qualquer tipo de proibição.

    • Acho que é frescura, geral pedala e não acontece nada.

    • Muita gente pedalar por lá para ir para Guaiba, barra do ribeiro, etc. Já pedalei uma vez.

    • Não existe nenhuma proibição para usar a bicicleta naquele trecho. Inclusive nenhuma placa indicando (até mesmo para o acesso a Castelo Branco não existe placa indicando a proibição de pedalar nesta avenida – tem que usar a Sertorio/Farrapos).

      Do outro lado existem as famosas placas indicando a proibição, por sinal foi a concepa que colocou sem nenhum embasamento legal. O CTB é claro, onde não houver ciclovia tem que usar o acostamento – como é o caso da Freeway. Quem vai para o litoral a melhor maneira é usar a Freeway (embora tendo um alto fluxo de veiculo tem acostamento em toda a extensão). Ir pela rs/030 e rs/040 não existe acostamento, ninguem indica usar o bordo da pista….

  3. Acho que faz sentido a ponte antiga ter espaço cedido para via compartilhada de pedestres e ciclistas. Fogo é não ter nenhuma opção.

    • A antiga ponte vai ficar com o vão principal permanentemente levantado depois que a nova ponte for concluída, para dar passagem às embarcações, Ninguém vai poder cruzar por ela.

      • Onde viste isso, Régis? Que eu sabia as duas iam operar juntas.

      • O principal motivo para a nova ponte é que o mecanismo da antiga dá muita manutenção, e corre o risco de travar e não movimentar mais, causando um caos. Então o vão principal será imobilizado no alto, e a nova ponte terá uma altura maior que a antiga até a linha da água para permitir a passagem de embarcações sem interrupção. A empresa onde trabalho opera navios naquele trecho quase diariamente.

      • Pontos válidos, mas que eu saiba o motivador da nova ponte não foi priorizar o transporte hidroviário, mas liberar o rodoviário.

        Dei uma procurada no google e não consegui achar fonte dizendo nem que vão fechar nem que vão deixar as duas operando.

      • Conforme eu disse, segundo o próprio DNIT, as duas pontes vão operar simultaneamente.

  4. Não faz sentido mudar o projeto licitado, pois é uma via expressa para desafogar o trânsito de veículos pesados. Não pode ter espaço para mirante, senão vai ter turismo e suicidas no local.
    Deixa a ponte antiga para que os ciclistas acessem o Delta do Jacuí; afinal, as duas construções se unem logo ali na Ilha Grande dos Marinheiros, bem antes do Rio Jacuí.

    • Plenamente de acordo Adriano. Os usuários de bicicletas estavam dormindo quando foi divulgado inicialmente o projeto ? E agora querem atrasá-lo ?
      Agora inês é morta.

      • Desde o inicio sempre houve reclamação. Inclusive reunião com o DNIT a Mobicidade fez.

        Este projeto é uma vergonha para a população pobre de lá, que usa a bicicleta e tb caminha, em não ter um local seguro para transitar.

      • Cara, desde o inicio do edital esta reclamação é feita e é um dos pontos mais abordados. O que impressiona não é a falta de acessibilidade, mas a falta de profissionalismo do Dnit e técnicos do poder público. O mínimo que se espera é uma explicação da escolha de se fazer uma via de tal forma e não de outra. Eles não fornecem informações decentes. Literalmente estipulam qualquer coisa e não informam nada. Ah sim, desculpa, eles elaboram um power point. Mas olha lá, aquilo é nada mais que um folder artístico por onde tínhamos que adivinhar quais as características que via teria (ou não teria). Informações analíticas não é com eles, só aquela tabelinha de custo de oportunidade feita no excel. As melhores informações tínhamos que buscar pela imprensa, que dizia coisas como “pista contará com duas faixas de rolamento e acostamento, mas no futuro, pode ter três faixas de rolamento”, interprete isso como quiser.

    • Guilherme,

      Uma das soluções é essa que indicaste. fazer acesso para ciclistas na antiga ponte. Mas para isso seria preciso eliminar uma das faixas para automóveis.

      A Mobicidade está tentando marcar reunião com a ANTT para discutir essa solução.

      • Cara, a antiga ponte vai ficar com o vão principal permanentemente levantado depois que a nova ponte for concluída, para dar passagem às embarcações. Então esquece essa ideia.

      • Onde viste isso, Régis? Que eu sabia as duas iam operar juntas.

      • Isso não é verdade, Régis.

        Quando connversei com o engenheiro do DNIT responsável pela obra, ele me disse que a ponte nova absorveria a maior parte do tráfego pesado, principalmente caminhões. Enquanto que a antiga continuaria sendo usada, mas apenas para os interessados em acessar o centro e o sul de Porto Alegre.

  5. De fato criar áreas de preservação onde ninguém vai e ninguém sabe o que acontece lá dentro é muito perigoso. Mas para resolver isso só com uma mudança de cultura. Infelizmente menosprezamos conhecer a natureza como sendo algo “do interior” ou “de colono”.

    Isso não acontece na Holanda onde o campismo é paixão nacional, na Alemanha onde quem vive na “zona rural” são as pessoas mais ricas. Mesmo na Nova Zelândia as pessoas entram em contato com a natureza muito mais do que aqui no Brasil.

  6. …e eu quero uma ferrovia.

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