Mesmo com resistência, NY implantou 700 km de ciclovias e reduziu acidentes

Plano novaiorquino para implantar ciclovias foi tão criticado quanto o da cidade de São Paulo está sendo, mas resultados foram surpreendentes

Estima-se que houve redução de 40% nas mortes de trânsito créditos: Tim Sklyarov

Estima-se que houve redução de 40% nas mortes de trânsito
créditos: Tim Sklyarov

O plano de construção da rede de 400 km de ciclovias em São Paulo já enfrenta resistência, principalmente por parte do munícipe que não quer perder a vaga de estacionamento. Por exemplo: no bairro de Santa Cecília, na região central, até abaixo-assinado está sendo feito.

A última é dos cidadãos que fazem parte do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do mesmo bairro, que estão se organizando para registrar um Boletim de Ocorrência contra as novas ciclovias na região.

Exemplo de NY

Se 400 incomoda muita gente, 700 incomoda muito mais. Quando assumiu o comando de Nova Iorque, logo após os ataques de 11 de setembro de 2001, ex-prefeito Michael Bloomberg pensou em novas opções de transporte, incentivo à bicicleta e a priorização do pedestre. Tais ações impactaram positivamente na cidade e nos hábitos de deslocamento da população, com mais vidas salvas. Estima-se que houve uma redução de 40% nas mortes de trânsito, e quatro vezes mais ciclistas nas ruas.

Da mesma forma que o prefeito Fernando Haddad enfrenta resistência aqui, Bloomberg também teve na cidade norte-americana, onde de início grande parte da população foi contra a medida. Na ocasião, foram incorporados 700 km de ciclovias, além de implantado o maior sistema de empréstimo de bike no mundo, o Citibike.

É aquela velha história: todos exigem mudança, desde que não se mexa em nada. E o pior, muitos destes que são contra, enchem a boca para citar estas cidades como exemplos na mobilidade.

Mobilize Brasil



Categorias:Bicicleta, Ciclofaixas, ciclovias

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15 respostas

  1. É tão tosco comparar SP com NY que até me da vergonha de ler esse artigo.

    • O artigo não compara, apenas aponta NY como um exemplo.

      Eu acho meio engraçado essa obsessão por NY tb, mas é normal.

      • O que eu acho interessante em NY é a capacidade de inovar… No final da década de 70 a violência urbana era superior a qualquer cidade brasileira. Ninguém se trancou dentro do carro ou dentro de casa com medo de assalto e hoje em dia tem até isso aqui:

  2. Em Portland nos EUA não é nada plana e se pedala mais do que em NY.

  3. A sorte de ny eh que nao tem tantos morros… Logo as ciclovias sao otimas opcoes… Vide orla do rio e a orla do guaiba… Amsterdam eh uma planicia… Paris tem otimas ciclovias e onde nao tem morros íngremes…

    • A sorte é que NY tem transporte publico de verdade, no caso, metro, que abrange quase toda a cidade. Daí fica fácil, e, certo, priorizar outros modais. Até porque até onde sei em NY nunca valeu muito a pena usar carro. É metro ou taxi.

    • San Francisco é cheia de lombas e se pedala muito. Em NY neva e se pedala muito. É questão de não ficar achando justificativa, ir lá e fazer.

      Sobre NY ter transporte público de verdade, concordo! Por isso temos que parar de botar dinheiro fora em viadutos e fazer isso.

    • o fato de ter lomba não significa que não é possível pedalar… o que disse é que NY tem sorte de não ter lombas assim como amsterdam, o que ajuda em muito a utilização da bicicleta… bem como poder entrar em metros e onibus com a magrela para se locomover em locais que é mais difícil… aqui em POA se tu quiser subir qualquer morro de bike tu tá ralado… ou se mata pedalando ou vai a pé, pois não vai conseguir entrar em nenhum onibus com a bicicleta…

  4. O problema é que faz mais de 20 anos que só passaram governantes c@g*es.
    E olha que o Fortunati foi o menos dos ultimos anos.

    Ta mais do que na hora de aparecer alguem pra enfrentar isso.

    Nos lugares onde pode estacionar nas ruas, deveria ser igual aos estados unidos, onde o morador paga uma mensalidade pela vaga.

  5. A sorte dos Nova Yorkinos é que o Capellari não nasceu lá.

  6. http://www.youtube.com/watch?v=izU-iBnGjJA

    Em São Paulo tem gente com culhões. Aqui o Fortunati se borra até com sua sombra.

  7. Ainda vamos ver se vai funcionar ou não em SP. Mas mudanças só ocorrem quando alguém vai por outro caminho em vez “desse único jeito de resolver que já vínhamos implementando”.

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