Prefeitura prepara reformas na Usina do Gasômetro

Nícolas Pasinato

Por Ramiro Furquim/Sul21

Por Ramiro Furquim/Sul21

Com mais de 85 anos de idade, a Usina do Gasômetro passará por mais uma série de reformas, que podem iniciar já no próximo ano. O prédio tombado está sendo submetido a estudo técnico para identificar as necessidades de melhorias e, posteriormente, serem encaminhadas as licitações.

“Estamos fazendo o levantamento das necessidades técnicas e estruturais, além das carências da Usina como um todo para que possamos dar andamento das outras partes do processo de reforma total da Usina”, afirma o secretário Adjunto da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, Vinícius Cáurio.

Conforme o secretário, as áreas hidráulica e elétrica são as que precisam de reparos com maior urgência. “São duas áreas básicas para qualquer tipo de qualificação maior”, diz. O prédio também deve passar por restruturação da parte física, em função de infiltrações ocorridas, especialmente, na área inferior do terraço. Além disso, a Usina terá que se adaptar a nova lei contra incêndios no Estado. Sancionada em dezembro do ano passado, a legislação prevê que os prédios já existentes terão um prazo de até três anos para se adequar, a partir do momento em que receberem a notificação do Corpo de Bombeiros.

Cáurio diz que ainda não há previsão de gastos com a reforma, mas avalia que o investimento será grande. “Não será uma reforma simples. Até porque trata-se de um prédio tombado. Está sendo tudo estudado para que em 2015 ocorra o andamento das obras”, adianta. O secretário justifica que a reestruturação ocorre após um uso massivo da Usina na última década a partir de exposições, do projeto Usina das Artes e da inauguração do teatro Elis Regina.

Sobre uma possível paralisação das atividades culturais no Gasômetro durante as obras, Cáurio afirma que terá que realizar um encontro com todas as coordenações artísticas a fim de planejar um calendário, possivelmente, diferenciado.

Um dos projetos que pode ser atingido é o Usina das Artes, que cede salas da Usina do Gasômetro, por meio de edital, para grupos de artes cênicas e de música, desde que ofereçam oficinas, atividades gratuitas e espetáculos no espaço. As salas também vão passar por readequações devido a nova lei contra incêndios. “Vamos ter que fazer um edital de ocupação para cada espaço no ano que vem que respeite a nova lei”, revela o secretário adjunto da Cultura.

Grupo de teatro cancela peça por más condições no Gasômetro

Um dos grupos que ocupa as sete salas do Gasômetro passou por situação que certifica a necessidade de uma reforma no prédio. Restando uma semana para estrear um espetáculo na sala 309, O Teatro Sarcáustico teve de cancelar as apresentações, em razão das más condições da sala.

O diretor da peça CNPJ – Uma Comédia Totalmente Ficcional, Daniel Colin, que acabou sendo cancelada, diz que o grupo utiliza o local há cinco anos, mas as condições dele começaram a piorar recentemente. “A situação se agravou desde o início desse ano. Há goteiras espalhadas por todos os cantos. Quando chove muito, a sala alaga. E as infiltrações estão cada vez maiores”, detalha.

Além de terem que cancelar o espetáculo, o grupo ainda teve como prejuízo alguns equipamentos eletrônicos danificados. Colin acredita que as infiltrações são consequência de uma reforma mal-sucedida realizada no terraço da Usina. Após o cancelamento da mini-temporada, que integrava a mostra comemorativa de 10 anos do grupo, a companhia lançou um comunicado que, entre outras coisas, dizia: “Não estamos dispostos a sujeitar nosso público e nossos profissionais qualificados a esta vergonhosa insalubridade!”.

Na quinta-feira (7) passada, houve uma reunião com o secretário-adjunto da Cultural, Vinícius Cáurio, para discutir as necessidades do espaço. No encontro, a SMC ofereceu uma nova sala para o Teatro Sarcáustico, enquanto a prefeitura avalia os problemas do local. Daniel Colin conta que o grupo ainda está analisando a proposta do Executivo municipal.

SUL 21



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Patrimônio Histórico, Restaurações | Reformas

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4 respostas

  1. Esse evertom que postou acima a demolição do prédio dever ser daqueles burgueses que viajam para fora do país e lá admira os prédios antigos, tombados e tal ou daquelas pessoas que acham que cultura é ver global no teatro são Pedro pagando uma cacetada pelo ingresso…….mas cada um com sua opinião… Gostaria de saber que teatro é esse? Teatro Elis Regina? Esse teatro é igual caviar…não sei nunca vi só ouço falar.
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  2. Acho que deveria ser aberto uma licitação para melhor uso da chaminé… ao invés de ter uma lancheria lá dentro… faz um empresa privada instalar um elevador que leva até o topo para uma visão panoramica da região… deixando ela usufruir da gestão quanto tempo ela achar necessário para retornar investimento… seria demais pros turistas da cidade… e a prefeitura não tiraria um real do bolso…

  3. Bem que podiam jogar uma bomba neste prédio ridículo localizado em um lugar tão nobre da cidade e vir algum empresário e construir naquele barranco dos infernos algo bonito, útil e financeiramente viável e gerador de renda e emprego! Só q não! nesta bosta de província, cheia de provincianos, com mentes provincianas…. Porto UN-happy é d+……….

  4. ja tava passando da hora.

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