Como noticiado anteriormente pela imprensa, inclusive pelo Blog Porto Imagem, em 2013, por ocasião da expansão do Shopping Praia de Belas, a Livraria Cultura não vai mais instalar uma unidade no terceiro piso do Shopping.
Os tapumes com a logomarca da Cultura e o anúncio já foram retirados.
O porquê ainda não sabemos.
Esperamos que a Cultura tenha desistido apenas do Praia de Belas, e não de Porto Alegre, e que possa investir em outro centro de compras ou mesmo no Cais Mauá.
Estou tentando conseguir mais informações, quais seriam os motivos dessa desistência, mas não estou conseguindo.
Quando souber de algo, complemento aqui. Se alguém souber, compartilhe.
A distribuição das lojas da Cultura no Brasil é a seguinte: São Paulo (Capital) – 6 lojas; Recife – 3 lojas, Rio – 2 lojas, Brasília – 2 lojas, Curitiba – 1 loja, Porto Alegre – 1 loja, Fortaleza – 1 loja, Ribeirão Preto (SP) – 1 loja e Campinas (SP) – 1 loja.
Matéria da ZH publicada em 22/09/2014:
Perto de completar um ano, em novembro, a operação do terceiro andar do Praia de Belas Shopping ainda não funciona a pleno, com duas áreas importantes vazias. Uma é o espaço destinado à Livraria Cultura, que em agosto rescindiu contrato e espetou a conta na desaceleração da economia.
A outra é uma área de reserva técnica, segundo o superintendente do Praia de Belas, Carlos Torres:
– Os empreendimentos precisam ter uma carta na manga para movimentos do mercado, como grandes lojas âncoras que chegam ao Brasil.
Embora a reserva técnica represente perda de faturamento, o orçamento do shopping já contava com esse espaço vazio, diferentemente do que aconteceu com a desistência da livraria.
– É lógico que contar com a Cultura e ela deixar de vir não é agradável, mas estamos em negociação com uma operação tão interessante como a da livraria – promete Torres.
Mesmo com os vazios, o percentual de vendas do terceiro piso se expande desde dezembro, segundo Torres.
O fluxo de pessoas em todo o shopping aumentou, em média, 13% em relação ao ano passado. Recente pesquisa mostrou que depois da abertura do deck, em abril do ano passado, o fluxo diário no espaço cresceu 45% em 2014 na comparação com 2013. Pelo menos seis novas operações já assinaram contrato. Torres quer uma espécie de polo de restaurantes, com a implantação de pelo menos mais um na área antes ocupada pela churrascaria Na Brasa Steak.
– O negócio não aconteceu do jeito que eles queriam e decidiram sair. Agora, cria-se outra oportunidade de trazer uma operação bacana, mas temos que aprender com o que aconteceu – adianta Torres.
Link (somente para assinantes).
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Eu acho que isso foi um Lobby da Saraiva que deve ter pressionado o Praia de Belas de alguma forma. Não fazia sentido a instalação de duas grandes livrarias num mesmo shopping.
Por falar em Livraria, faz falta uma livraria no Bourbon Wallig.
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Eu ja vejo diferente. Acharia ótimo duas livrarias de porte grande no mesmo shopping. Nós só teríamos a ganhar. Foi-se o tempo em que lojas lado a lado significa concorrência desleal. Este pensamento é antigo.
Não creio que o shopping cederia a lobby da Saraiva….
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Eu acho que a Cultura deveria sair dos Shoppings, seria muito bacana que eles pegassem uma dessas centenas de casas históricas que temos por aí abandonadas.
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Recentemente comprei um pacotão de 6 livros na Amazon brasileira, todos significativamente mais baratos que os da concorrência. Que a Amazon seja bem vinda.
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Eu comecei a comprar por aqui: http://bookdepository.co.uk/
Preço bom, frete grátis e ótima qualidade.
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Bem que o shopping poderia colocar com exclusividade em Porto Alegre a Livraria da Vila. Considerada a melhor do pais.
http://www.livrariadavila.com.br/Home/default.aspx
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Talvez o ponto no shopping fosse muito caro e o custo benefício nao seria tão vantajoso como imaginado ainda mais por ter uma saraiva bem grande no andar de baixo…minha opinião.
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Honestamente para minha necessidade a FNAC já tá boa.
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Três em Recife !
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Acho que não é nenhum demérito ter poucas lojas da rede aqui em Porto Alegre. Pelo contrário, mostra o quanto o porto-alegrense é culto e exigente. As livrarias físicas precisam caprichar mais no garimpo de bons títulos. Cada vez mais estamos vendo uma “best-sellerização” das livrarias (das redes, principalmente) e até da feira do livro. Ano passado comprei vários livros de filosofia e neurociência na feira. Não eram livros que qualquer um não possa ler.
No entanto, só UM estande tinha mais do que um título das áreas que eu procurava. Geralmente, todo mundo tinha o best-seller do Nicolelis, Muito Além do Nosso Eu, que é bom, mas não é o único livro do assunto. Talvez faltem livreiros que gostem de livros. Os livreiros de hoje poderiam vender qualquer coisa, não têm aquela paixão pela área-fim do seu negócio. Poderiam vender roupas, DVDs ou pizza, dá na mesma.
Quando quero ser surpreendido, dou uma olhada na Gal. Câmara, na Mal. Floriano ou na Jerônimo Coelho. Tenho mais chances de encontrar algo interessante do que numa Saraiva ou Cultura. As grandes livrarias estão tornando real o Farenheit 451. Se na ficção, era proibido ler para manter a população sob controle, a best-sellerização da leitura cumpre o mesmo papel, que é o de fazer com que todos pensem igual e passem pelas mesmas experiências intelectuais.
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“A distribuição das lojas da Cultura no Brasil é a seguinte: São Paulo (Capital) – 6 lojas; Interior de SP (RP e Campinas) – 2 lojas, Rio – 2 lojas, Curitiba – 1 loja, Brasília – 2 lojas, Recife – 3 lojas e Fortaleza – 1 loja.”
Não existe mais aquela do Country? Ou estou confundindo?
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Desculpe, esqueci de citar a de Porto Alegre. Tem sim ainda a nossa do Bourbon Country. Vou corrigir.
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Bah, que pena. 😦
E sobre o tal teatro? Ainda está nos planos?
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Creio que o projeto do teatro permanece, com previsão de inaugurar em 2015. O problema da loja da Cultura deve ser com a própria Cultura e não com o Shopping.
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A Livraria Cultura não é mais a mesma faz anos. Lembro que quando eu estava na faculdade, encontrava livros acadêmicos que eu jamais esperaria ver em uma loja física. Tipo… “Pattern Recognition Methods” ou “Distributed and Parallel Processing”. Em nada se comparava às estantes de engenharia e computação da Saraiva. Hoje é uma livraria comum, muito parecida com a Saraiva, porém cobrando mais caro.
Na boa, a Livraria Cultura não faz nenhuma falta em Porto Alegre. Sempre que vou na Cultura do Bourbon Country, saio com a sensação de ter perdido tempo. Além disso, nas redes sociais e blogs não param de surgir denúncias sobre violação de direitos trabalhistas. Isso certamente reflete na qualidade do acervo, pois funcionários mal pagos provavelmente vão escolher best-sellers e não vão perder tempo garimpando material de qualidade.
Lamento muito pela Cultura, mas de cultura tem muito pouco hoje.
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