Empresas terão 10 anos para instalar ar-condicionado em toda frota

Prefeitura de Porto Alegre lançou novo edital de licitação do transporte público

* Com informações da repórter Cintia Marchi

Novo edital do transporte público da Capital foi lançado nesta sexta  Crédito: Samuel Maciel

Novo edital do transporte público da Capital foi lançado nesta sexta
Crédito: Samuel Maciel

A Prefeitura de Porto Alegre lançou na manhã desta sexta-feira o novo edital de licitação do transporte público da Capital. A empresa vencedora terá que implantar GPS em 100% da frota e vai ter até 10 anos para colocar ar-condicionado em todos os ônibus. As propostas apresentadas serão abertas no dia 24 de novembro no auditório da Empresa de Transporte Público e Circulação (EPTC).

O tema do ar-condicionado foi o que gerou maior polêmica antes do lançamento do primeiro edital, em junho. A empresa vencedora terá que partir com 25% da frota com o equipamento. Depois, terá até 10 anos para instalar em todos os ônibus da Capital. A prefeitura justificou a necessidade desse tempo para que não haja alterações no valor da tarifa.

Em razão de nenhuma empresa ter manifestado interesse em participar do leilão no primeiro edital, o Executivo optou por abrir a concorrência para empresas internacionais. O prefeito José Fortunati destacou que o edital foi aprimorado em conjunto com o Tribunal de Contas, o Ministério Público de Contas e o Ministério Público do Estado.

Fortunati ainda garantiu que a prefeitura não terá que indenizar as empresas que atualmente operam no transporte público da Capital. “Nós já tínhamos o entendimento de que não cabe indenização no sistema do transporte coletivo de Porto Alegre. Além dos pareceres da nossa Procuradoria Geral do município e da EPTC, fomos em busca do que foi adotado pelas demais cidades que adotaram licitações nos últimos anos. Nenhuma delas previu contemplação de indenizações”, declarou.

Após a abertura dos envelopes em 24 de novembro, uma comissão da prefeitura terá 60 dias para julgar as propostas. Serão levados em conta os critérios de menor preço e cumprimento de todas as exigências técnicas. Se não houver contestação da escolha, a operação da empresa que vencer a concorrência será iniciada em até 180 dias, o que deve ocorrer em junho de 2015.

Correio do Povo



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14 respostas

  1. As vezes fico pensando se não era uma o BRT de POA ser administrado (não operado) pelo município e as linhas alimentadoras serem desreguladas (qualquer um pode entrar no jogo).

    • O problema de desregular as alimentadoras é que cada um faz a linha que mais convém, no horário que mais convém. sendo que certas linhas e horários ficariam simplesmente vazios. Prefiro que mais de uma empresa opere cada linha, assim as empresas se forçariam a apresentar um bom produto.

      Também acho que os BRTs deveriam ser operados pela prefeitura.

      • Mas eu não prefiro (necessariamente) que seja operado pela prefeitura 🙂 Mas não chego a ser contra.

        Mas será que deixariam de existir linhas fora dos horários? Proponho liberação total, o que pode acarretar em preços mais caros fora do horário de pico.

    • 12 linhas de metrô e um brt que funciona. Ficarei realmente feliz se o nosso transito um dia for como o da Cidade do México.

  2. Off-topic, mas interessantíssimo sobre o que está acontecendo com a política… e também com mentalidade do porto-alegrense e gaúcho :

    A SATANIZAÇÃO DO SETOR PRIVADO
    15 de setembro de 2014

    Na tentativa de atacar ideias e propostas dos adversários, parte da propaganda eleitoral vem apresentando, de forma depreciativa, o que seria a representação de executivos, empresários e banqueiros contrários aos interesses do país. São ataques articulados pela campanha do PT, que provocam natural desconforto entre quem empreende. O setor empresarial não é, no Brasil e em lugar algum em que prevaleça a livre competição, inimigo da população. É uma visão não só equivocada, mas eticamente condenável, sob qualquer aspecto, por tentar induzir ao erro de que a iniciativa privada estaria em desacordo com demandas e expectativas da sociedade.
    Esperava-se que tal visão estivesse há muito superada. O setor produtivo se submete, nas democracias, às regras da competição e, se cometer desvios de conduta, é penalizado por leis e normas reguladoras presentes em todas as atividades. Atribuir aos empresários uma antipatia por programas sociais, como insinua a propaganda petista, é um desserviço ao esclarecimento das propostas dos candidatos e uma contribuição aos que apostam na confusão como tática de campanha.
    É no mínimo estranho que, em uma das propagandas, crítica à proposta do PSB para um Banco Central independente, apareçam pessoas que seriam banqueiros sorrindo, ao mesmo tempo em que um locutor afirma que a ideia representa uma ameaça aos trabalhadores. Em outro comercial, sobre a controvérsia em torno do pré-sal, executivos apertam-se as mãos, porque isso representaria corte de R$ 1,3 trilhão da área da saúde.
    Acusações sem base na racionalidade repetem-se a cada eleição, mas não podem ser vistas com naturalidade. Não é razoável que um partido insinue, sem contestação, que pessoas ligadas ao setor produtivo e mesmo à área financeira tenham interesses desconectados do contexto nacional. É óbvio que cada atividade tem suas peculiaridades e que empreender significa almejar resultados econômicos. Se não fosse assim, não haveria produção, emprego, renda, impostos e compartilhamento de ganhos sociais.
    A tentativa de satanizar o lucro é tão anacrônica quanto a que, em décadas passadas, defendia o fim da concorrência pela estatização da produção e dos serviços. A evolução da democracia brasileira poderia dispensar esse tipo de argumento, especialmente num momento em que o governo se esforça para acalmar os empresários, diante da queda do nível de confiança dos setores industrial e do comércio e da frustração de expectativas.

    http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2014/09/15/editorial-a-satanizacao-do-setor-privado/

    • Existem as duas coisas, Ricardo: a satanização do setor privado pela extrema esquerda e a vitimização do setor privado pela extrema direita.

      Muitos nichos do setor privado, mas MUITOS mesmo, são responsáveis, entre outras coisas por:

      • Elevada sonegação de impostos (eu, por exemplo, sendo assalariado, não sonego nada, nadica de nada, mas não fico me queixando). É só ver a cara feia que muito comerciante faz quando tu pede nota fiscal.
      • Relacionamentos eticamente (e às vezes legalmente) repreensíveis com o setor público. O que são esses financiamentos de campanha? O que é a Friboi financiando os 3 primeiros candidatos a presidente em milhões de reais na cara dura? O mesmo acontece em menor escala em Porto Alegre, com contribuições de grandes varejistas, companhias de ônibus e construtoras.

      Olha, acho que há os dois lados. Há pouco teve essa bomba do auxílio-moradia em massa para juízes federais, muitos morando em cidades interioranas onde um sobrado de respeito alugado custaria menos de 2000 reais por mês (o auxílio é de mais de R$4000,00, livre de impostos e independente da cidade, com baixo custo de vida ou não).

      Além disso, qualquer outro concursado no país tem que fazer as malas e se mudar para tomar posse, ninguém tem essas barbadas. É uma vergonha o que acontece nos altos escalões dos 3 poderes. É de causar úlcera em quem fica muito tempo matutando sobre essas coisas.

      Enfim, não dá para vitimizar nem satanizar qualquer um dos lados. Tem que argumentar pontualmente em cima de casos concretos. Tem muito empresário que carrega o país nas costas, mas tem muito escorado, assim como no setor público.

  3. Em dez anos não se renova a frota normalmente? hehehehe

    Para fechar com chave de ouro só falta uma indenização (partindo do pressuposto que alguma empresa atual vai perder a mamata):

    http://www.sul21.com.br/jornal/conselheiro-do-tce-quer-estimativa-de-recursos-para-indenizacoes-no-edital-do-transporte-publico/

  4. E quantos anos valem essa siririca?
    Oportunati tá de sacanagem com o povo. Esse cara não se elege mais nem síndico do prédio, quer apostar?

  5. Essa licitação será embargada, só esperar!!!!

  6. Estão de brincation with nós… como assim 10 anos?!

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