Prefeito anuncia qualificação das vias de acesso a Porto Alegre

Foram firmados termos de cooperação para três obras de mobilidade   Foto: Evandro Oliveira/PMPA

Foram firmados termos de cooperação para três obras de mobilidade   Foto: Evandro Oliveira/PMPA

O prefeito José Fortunati assinou nesta terça-feira, 23, termos de cooperação entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), para o início do projeto de três importantes obras de mobilidade urbana: a construção da Perimetral Metropolitana, melhorias na avenida Protásio Alves e a criação da quarta faixa na avenida Castelo Branco. A assinatura ocorreu com a presença do secretário de Transportes, Vanderlei Cappellari, e representantes dos municípios de Alvorada, Gravataí e Viamão.

Com investimento de R$ 500 mil, o projeto para a avenida Castelo Branco prevê a criação da quarta faixa para a implantação de via exclusiva para o transporte coletivo. O trecho tem extensão de 3 quilômetros por sentido, e ficará compreendido entre a Ponte do Guaíba e a Rodoviária de Porto Alegre. “Por ali passam ônibus metropolitanos e que chegam de todo o país. A quarta faixa não será apenas um alargamento. Estaremos priorizando o transporte coletivo em um gargalo na entrada da cidade”, avaliou o prefeito, ao destacar a importante parceria com os governos estadual e federal para a viabilização das obras. “As cidades estão interligadas. É impossível pensar-se em mobilidade sem pensar na cidade que está ao lado. Esses são projetos importantíssimos para toda a Região Metropolitana, porque lidam com zonas de gargalos que interferem em todos os municípios e na vida de todos os cidadãos.”

A parceria entre as três esferas de governo também foi destacada pelo diretor-superintendente da Metroplan, Oscar Gilberto Escher. “A sociedade está pedindo gestão. Estamos cumprindo nosso papel técnico de solucionar em conjunto problemas nascidos em função do crescimento das aglomerações urbanas. Nesse sentido, a Perimetral Metropolitana é emblemática.”

Contemplando os municípios de Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí, na Região Metropolitana, e parte do Pacto Mobilidade Urbana, terá a destinação de R$ 1 milhão, conforme anúncio do ministro das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, no último dia 18, em Porto Alegre. A via terá faixa exclusiva para transporte coletivo, ciclovia/ciclofaixa e passeios públicos, em um trecho de aproximadamente 31 quilômetros de extensão. A Perimetral terá início na Estrada da Branquinha, no limite entre Porto Alegre e Viamão, no cruzamento das avenidas João de Oliveira Remião e João Antônio da Silveira, e prossegue ao longo de Viamão até atingir a avenida Sen. Salgado Filho (RS-040). A partir daí, a via prolonga-se até a Estrada do Caminho, entre Viamão e Alvorada, chegando a Cachoeirinha e terminando no entroncamento com a RS-118. O ponto final fica próximo ao entroncamento da RS-118 com a RS-010. A conclusão da obra está prevista para 2023.

O termo para a realização do anteprojeto de engenharia das intervenções necessárias na avenida Protásio Alves prevê o alargamento da via e a criação de um corredor exclusivo para o transporte coletivo entre a avenida Saturnino de Britto e o limite com o município de Viamão. Trata-se, segundo o prefeito, de uma área “extremamente importante para desafogar o trânsito, priorizando o transporte coletivo naquela área”. O local terá ainda ciclovia e requalificação do passeio público. A intervenção se divide em dois trechos: o primeiro localiza-se entre as avenidas Saturnino de Brito e Manoel Elias, com cerca de 3,2 quilômetros; e, o segundo, entre a avenida Manoel Elias e o limite entre Porto Alegre e Viamão, com extensão aproximada de 4,1 quilômetros. Com extensão total de 7,3 quilômetros, a obra tem valor de R$ 67 milhões.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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13 respostas

  1. Está certo o custo de 1 milhão? Pois é estranho um projeto que vai finalizar em 2023 custar ‘só isso’.

  2. Nada melhor pra compreender o traçado de uma avenida do que um mapa hidrográfico…

  3. aguem desenhe um mapa dessa perimetral..estou confuso :\

  4. Enquanto isso, as duas principais avenidas da Zona Norte de Porto Alegre (Sertorio e Assis Brasil) continuam largadas a própria sorte, cheias de buracos e completamente bagunçadas. Que a população da ZN lembre disto na proxima eleição municipal

  5. E provavelmente a quarta perimetral não vai ser uma via expressa. Triste.

    • Lucas. Essas perimetrais estão dentro de perímetro urbano. Não tem como ser via expressa dentro da cidade. Teria que isolar ela totalmente dos logradouros e do cruzamento com outras ruas e travessias de pedestre. Isso geraria um trambolho dentro da cidade com um custo financeiro e impacto urbano que acho que não vale a pena.

      • Eu chamo isso de pensamento pequeno. Em Poa realmente não dá.

        Uma via expressa nesse traçado seria uma alternativa viável pra desafogar o trânsito de veículos da ZS e ZL que hoje em dia passa pelo centro+castelo branco pra ir pra RMPA-Norte.

      • Canoas tem uma via Expressa que corta ao meio a cidade e deixa ela super segura tambem, a conhecida BR116 que engrandece a ciade de canoas…

      • Se continuarmos seguindo os velhos e já conhecidos modelos de mobilidade e urbanização feitos no Brasil que, frente a situação caótica de muitas cidades brasileiras, são ineficazes e problemáticos, a situação do país vai seguir a mesma.

        Uma rápida pesquisa na internet nos mostra sim exemplos de que vias expressas são soluções possíveis para o nosso contexto. É só pegar exemplos dos Estados Unidos ou na Europa.

        Agora, se nos basearmos nos velhos padrões brasileiros e implantar o conhecido minhocão paulista, ai sim, concordo, realmente o modelo não é eficaz.

      • Eu já expressei meu desgosto pela BR-116 no trecho RMPA aqui antes, e repito, é um trecho muito mal planejado e mal executado, mas não só isso: o projeto urbanístico da cidade deveria ter evitado a rodovia E o traçado da rodovia não deveria cortar municípios como faz. As duas coisas estão erradas. Eu não estou aqui pra dar sermão de planejamento urbano/de transportes, mas já que entramos no assunto:

        Existe uma técnica de traçar freeways chamada bypass, que é quando a freeway contorna um núcleo urbano denso a fim de não destruí-lo, como pode ser percebido na seguinte imagem http://en.wikipedia.org/wiki/Interstate_Highway_System#mediaviewer/File:FHWA_Auxiliary_Route_Numbering_Diagram.svg
        Esse traçado seria um bypass por Porto Alegre.

        São construídas vias de acesso à expressa que não ferem tanto o ambiente urbano por serem vias completas (com bondes, ciclofaixas e calçadas), e essa região onde será traçada a perimetral metropolitana definitivamente é inabitada o suficiente pra abrigar um bypass por Porto Alegre e, assim, finalmente teríamos desenvolvimento nas cidades a sul da capital, conectando-as às vias 290 e 116. Mas se vocês acham que o povo rural da área vai ser muito afetado pela obra, é a opinião de vocês.

        Eu não estou inventando essas ideias, é assim como se constrói rodovias no resto do mundo nos últimos 15 anos, desde que os ideais modernistas de urbanismo começaram a ser repensados. Hoje pensa-se no impacto urbanístico que elas causam e, claro, na utilidade que elas podem servir aos municípios pelos quais elas passam.

      • Claro que tem. Olha no Rio de Janeiro.

    • Nenhuma cidade civilizada faz via expressa dentro da cidade hoje em dia.

      • Não é dentro da cidade, e além disso o fato da via ser expressa não desclassifica seu uso dentro da cidade. Que extremismo.
        A via expressa garante segurança pra população por ser segregada do entorno, o que é importante visto que essa via será em uma região que hoje em dia é rural e pobre.

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