Câmara de Porto Alegre aprova ar condicionado em todos os ônibus novos

Projeto que prevê sinalização com itinerário das linhas também foi aprovado | Foto: André Avila / CP Memória

Projeto que prevê sinalização com itinerário das linhas também foi aprovado | Foto: André Avila / CP Memória

O plenário da Câmara de Porto Alegre aprovou, nesta quarta-feira, projetos de lei que estabelecem pelo menos duas imposições às empresas de ônibus da cidade. Ambos dependem, agora, da sanção do prefeito José Fortunati. Uma delas prevê a manutenção de aparelhos de ar condicionado em todas as linhas e horários que já possuam climatização, e a instalação de condicionadores como pré-requisito para a inclusão de novos carros na frota. Apresentada pelo vereador Paulinho Motorista (PSB), a proposta aprovada modifica uma lei de 1964, e as alterações posteriores.

O projeto estabelece que as empresas mantenham os condicionadores de ar em temperaturas entre 20ºC e 24ºC. Os aparelhos devem estar equipados, permanentemente, com filtro de ar, receber limpeza geral pelo menos duas vezes por ano e exibir dispositivo de regulagem de temperatura visível.

Conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), em torno de 30% da frota de ônibus da Capital dispõe hoje de climatização. Na licitação do transporte público, cujo prazo para apresentação de propostas de interesse vence em 24 de dezembro, a Prefeitura dá prazo de dez anos para que 100% da frota circule com ar condicionado.

Sinalização de terminais no início e fim da linha

A Câmara aprovou, também, um projeto dos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, ambos do PSOL, obrigando os consórcios de transporte coletivo a fixarem tabelas de horários dos ônibus no início e no fim do trajeto de cada linha. Os vereadores também dizem ser “fundamental divulgar amplamente as condições de oferta do serviço, principalmente tratando-se de uma concessão pública”.

A votação contou com a aprovação da maioria do plenário. Reginaldo Pujol (DEM) e João Bosco Vaz (PDT) foram os únicos que votaram contra.

Correio do Povo



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24 respostas

  1. Tenho andado de ÔNIBUS da cidade ( Coletivo ). Vou dizer uma coisa !!!!!
    NAO DA PRA AGUENTA A SUGEIRA,….O MAU CHEIRO……DESSES ÔNIBUS!!!!!
    Uma IMUNDÍCIA !!!!! NEM SE FALA DE ALGUNS VERDADEIRAS CORROCAS !!!!! Por favor……pelo menos mandem LAVA POR DENTRO ( DESINFETA ) !!!!! Cada vez que tu sai do ônibus TENS QUE TOMAR BANHO e LAVAR AS ROUPAS !!!!!!! QUEM FISCALIZA ISSO ????

  2. Vai ter gente que vai reclamar, por que o povo vai se gripar.
    hahaha

  3. Como disse o Felipe X acima, o triste é precisar do legislativo criar lei para essas coisas que deveriam ser normas que a EPTC impõe.
    Prevejo que a próxima lei será que todas as paradas devem ter identificadas as linhas de transporte ocletivo que ali passam. Pelo visto a EPTC está apenas esperando alguém chutar a bunda dela.

  4. essa história de arcondicionado acaba por retratar nossa falencia na questão da sustentabilidade…acho melhor pensarmos por esse viés por que esse conforto só será num futuro próximo aparente…não sei arcondicionado parece ser sinonimo de nosso fracasso para com o meioambiente…

    • Você está dizendo que ar condicionado é gasto excessivo de energia? Mas se esse gasto de energia em A/C no ônibus significar migração de pessoas do carro para o ônibus, acredito que o saldo em termos energéticos é vantajoso, pois usar um veículo de mais de 1 tonelada para transportar uma pessoa de 80kg é muito desperdício.

  5. Alguém duvida que o prefeito não vai sancionar e vai deixar a bola de maneira covarde para o legislativo…

    • Caro Osvaldo, tenho o mesmo temor que tu tens! Não duvido de mais nada quando o assunto é “Oportunati”… depois ele põe o cara da EPTC (Capellari) explicando porquê não é necessário ar condicionado… claro que não é, mas apenas pra quem não usa o ônibus em uma cidade que faz 42ºC no verão e tem linhas extremamente lotadas. Oremos para que pelo menos isso ele aprove!

    • Ele tem rabo preso com a ATP. É claro que vai deixar a bola para o legislativo. Na época dos protestos pelo preço da passagem ele não concedeu a redução, simplesmente deixou a responsabilidade com a justiça.

  6. on-topic: UFRGS estuda transporte gratuíto entre campi.

    Se o transporte coletivo de PoA tivesse um mínimo de qualidade, isso não seria necessário.

    Destaco ainda uma frase da notícia

    “… no ano passado, alunos acabaram envolvidos no debate sobre o preço da passagem de ônibus em Porto Alegre, que refletiu no grupo para a busca de alternativas de transporte”

    http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/transito/noticia/2014/11/ufrgs-estuda-transporte-gratuito-entre-os-campi-de-porto-alegre-4641237.html

    • E isso sai mais barato do que dar uma bolsa-VT?

      • Credito que sim… Veja só

        Se é de graça não tem cobrador. Contando que 50% do custo da passagem é custo de pessoal(dados da EPTC), uns 20 ou 25% já se economiza. Não vai precisar pagar os 3% para a EPTC, afinal de contas não tem bilhetagem. Esse ônibus vai parar pouco, logo vai economizar muito combustível, freio, embreagem… Como é um serviço da própria universidade, não precisa pagar impostos extras, como as empresas de ônibus pagam. Não existe uma parcela de gratuidade que deve ser paga pela parcela pagante da população.

        No final o custo desse transporte vai ser uns R$0,50 por aluno transportado, talvez um pouco mais.

      • Eu, que estudo na UFRGS, não vejo essa linha intercampi com bons olhos.
        Primeiro, precisa ser uma frota, pq um único ônibus passaria de 80 em 80 minutos. Precisam ser ônibus de grande porte (estimo que uns 6 ou 8 articulados). Os ônibus precisarão de uma equipe para a manutenção preventiva.

        Além do mais, esse ônibus, por ser um serviço exclusivo para funcionários e estudantes da UFRGS, teria autorização para andar nos corredores? O trajeto dele certamente seria Protásio – Perimetral – Bento, onde há corredores, mas ele poderia usar?

        Ainda acho que vale mais a pena a Ufrgs subsidiar os estudantes que estudam em mais de um campo do que criar essa linha, que logo vai virar sinônimo de piada e transtorno entre os estudantes.

      • Esses são pontos relevantes… mas também não vejo porque a prefeitura não liberar o corredor para os ônibus da UFRGS.

        Acho que no fundo a intensão é ter ônibus mais confortáveis e com ar condicionado, coisa que a frota de PoA não terá tão cedo. Acredito que o preço da passagem é o menor dos problemas, a questão é que acho que a UFRGS não pode cobrar por um serviço de transporte.

      • Acho errado esse tratamento igualitário a desiguais como ocorre em muitas medidas do poder público. Por exemplo, o auxílio-moradia dos juízes. Até entendo que um juiz que mora a 10 anos na grande São Paulo (para onde foi inicialmente nomeado) ganhe auxílio-moradia CASO seja removido DE OFÍCIO para uma região com menos recursos, como no interior do Acre ou do Amazonas. No entanto, pelo princípio da isonomia (ou da malandragem), entendem que todos possuem esse direito.

        O mesmo pode ocorrer quando se dá passe livre estudantil. Acho que deveria ser um direito exclusivo de alunos de baixa renda, afinal, esse tipo de medida deveria ter como motivação emparelhar os desiguais. Eu, por exemplo, ia de carro até o campus do vale depois do primeiro ano de curso. Em um país sem grandes desigualdades como a Suécia, até entendo essa medida, mas não no Brasil onde ainda é necessário investir mais nas famílias carentes para que possam competir no mercado em pé de igualdade com os demais.

      • Não sei se liberariam usar os corredores. Uma por que tem outros que poderiam ser liberados hoje e não são (vide vans escolares) e outra que na teoria na pista de BRT só deveria andar BRT.

      • Concordo com tudo, entretanto vejo essa iniciativa como uma tentativa desesperada para acesso ao transporte coletivo de qualidade. Acredito que a gratuidade é apenas porque a universidade não pode explorar um serviço desses.

      • Também estou com um pé atrás quanto a esses ônibus.

        Um ponto é esse que o Guilherme colocou, sobre o número de carros. Mas pra isso a rota já deve estar feita. O que é outra problemática. Provavelmente a rota será definida quanto à pesquisa que está rolando na internet, mas e caso a rota fique muito extensa?

        A pessoa optaria por um serviço gratuito, mas que demoraria 1 hora para ir do Vale ao Centro, ou pagaria R$ 1,48 de passagem numa viagem de 30 minutos?

        Esse tipo de pergunta, que é muito importante, não está na pesquisa que eles fizeram.

        Vale lembrar que o transporte interno do Campus do Vale não é muito satisfatório. É comum se esperar mais de 30 minutos na parada.

  7. O mais triste é haver a necessidade de criar lei para isso, mas é compreensível.

  8. Acho brabo o Fortunati sancionar!
    Não foi ele + EPTC que tiraram a obrigatoriedade da frota toda com A/C em 5 anos pra ter interessado?! Logo…

    • Sobre o ar condicionado…

      “Antecipar esse cronograma poderia impactar na tarifa, de acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. Por isso, a EPTC estudará o texto do projeto e, caso necessário, a possibilidade de pedir ao prefeito José Fortunati que vete a criação da lei.”

      Do ClicRBS bem agora.

      • Fácil. Demite o Capellari e usa o salário dele para pagar o Ar-Condicionado. Ou vende os aparelhos de ar-condicionado da sala dele, que devem impactar bem mais no caixa municipal…

  9. Opa… brindes para a população se acalmar com a demora na licitação. Daqui a pouco, a licitação tem que ser modificada porque inclui termos piores do que o que já se tem.

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