Treino do Grêmio marca adeus definitivo ao estádio Olímpico

Campos e vestiários do Velho Casarão serão desativados a partir da próxima semana

William Lampert

Treino do Grêmio marca adeus definitivo ao estádio Olímpico | Foto: Ricardo Giusti

Treino do Grêmio marca adeus definitivo ao estádio Olímpico | Foto: Ricardo Giusti

Às 16h, quando pisarem no gramado principal do Olímpico, os atletas estarão presenciando um momento histórico. O último treino no Velho Casarão, como carinhosamente foi apelidado o estádio. O Grêmio, enfim, parece estar dando o seu adeus definitivo. A despedida, programada para o fim de 2012, foi sendo postergada primeiro com a obra da Arena inacabada e depois pela renegociação do contrato com a OAS. Agora sim parece que o casamento de 60 anos com a já velha casa chega ao seu fim.

Entre tantas idas e vindas nestes últimos dois anos é normal que se levante a dúvida se realmente o clube deixará o estádio dessa vez. A garantia é dada pela direção. “Será realmente o último treinamento. Não terá mais. Na próxima terça-feira, serão desativados os dois campos, os vestiários. Nos próximos dias também sairá o departamento de futebol. A partir do próximo ano será tudo na Arena e no Centro de Treinamento”, salienta o vice-presidente gremista Marcos Hermann.

Grande parte da administração já está instalada na nova casa. Uma mudança começou na semana de aniversário do clube, em setembro, com a inauguração do espaço na nova casa. Fábio Koff ainda delibera os assuntos da presidência do antigo estádio, mas o futuro mandatário já trata do 2015 gremista direto da Arena. Além de Koff e do futebol, apenas o departamento de patrimônio segue no Olímpico.

Sem data para implosão

Nas próximas duas semanas tudo já deverá estar desativado, com Romildo Bolzan Jr. já empossado e o departamento de futebol já instalado no Centro de Treinamentos Luiz Carvalho. Ainda assim, não há data para a implosão do Velho Casarão.

Para tomar posse do local, a OAS precisa desonerar a Arena. Só assim ocorrerá a troca de chaves e ela poderá demolir o estádio. O certo é que não ocorrerá na segunda quinzena de janeiro, como era previsto após a repactuação do acordo entre clube e empreiteira, no meio do ano. Ainda que o Grêmio se mude em definitivo, o Olímpico seguirá em pé por mais alguns meses.

Correio do Povo



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7 respostas

  1. Aqueles predios que estão saindo al lado da Arena são o mais perfeito exemplo da feiura e medocridade porto-alegrense…

    Os que tão fazendo na area do ex Eucaliptos também são uns blocões baixosm que ocuparam quase todo o terrno em função disse – e são blocões horrorosos, antigos, medíocres… enfeiaram a paisagem.

    Espero que no ex Olimpico não façam mais essas coisas horrorosas tipo Goldstein.

  2. Tomara que essa empresa tenha vergonha de executar um projeto decente neste local privilegiado, algo que agregue valor estético à paisagem e não o contrário, nem que para isso seja preciso “importar” arquitetos competentes para tanto, porque é necessário sair deste padrão de obras novinhas em folha mas que mantém esta atmosfera “pobre cidade” porto-alegrense.

  3. Essa “novela” com a OAS vai longe…o Olimpico vai acabar virando o “Coliseu”. hahahaa.

  4. Em 2001 já tínhamos dado adeus aos títulos.

  5. O treino de hoje à tarde foi remarcado para a Arena! Foi divulgado esta manhã no twitter do Grêmio.

    Quinta-feira foi inaugurada o Seraphine Resto Lounge na Arena, com a proposta restaurante/balada. Parece bem interessante!

  6. A tristeza/saudade esta vinculada a lembranças boas, isso se dá porque o cérebro faz conexões que quando repetidas (olhando uma foto, sentindo um cheiro, etc) elas se repetem e trazem essa sensação de volta a tona. Por isso sempre julgamos que a nossa infancia é melhor que a de outras gerações, por isso temos sensações boas quando visitamos a casa velha da avó, etc. Ou seja, é natural os gremistas sentirem pesarosos com o final do estádio, porque lá passaram momentos felizes e toda vez que vemos o olímpico e a notícia de final dele o cérebro refaz essas conexões e trazem os sentimentos a tona. Eu particularmente fico triste, além das lembranças boas, mas também pela mobilidade que o a localização do Olímpico tem para mim. Como sócio decidia em cima da hora se ia no estádio, já conhecia a região, onde era segura deixar o carro, as vezes aproveitava para visitar minha avó, etc. Agora cada jogo na Arena, para mim, precisa planejar ida, volta, sair mais cedo, chegar mais tarde, etc. Sem falar que eu preferia ter acesso a qualquer lugar do anel inferior do olímpico ao invés de pagar mais caro e ficar lá em cima num canto do estádio. Mas enfim… as mudanças são necessárias e os jogadores continuarão a ganhar milhares de reais e eu estou cada vez mais saindo do estádio e ficando no sofá da minha casa.

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