Santo André terá central de mobilidade interativa em 2015. E Porto Alegre, quando terá ?

Santo André - Foto: Celso Luiz. DGABC

Santo André – Foto: Celso Luiz. DGABC

A Prefeitura de Santo André planeja instalar no primeiro semestre do ano que vem central de mobilidade interativa cujo objetivo é otimizar o monitoramento do trânsito e, consequentemente, reduzir os congestionamentos na cidade. Foram investidos R$ 7 milhões na compra de um software capaz de reprogramar os semáforos em tempo real, de acordo com a demanda. A previsão inicial é de que a fluidez seja melhorada em pelo menos 10%.

Neste ano, a Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos iniciou a sincronização semafórica de parte dos sinais luminosos do município. Entretanto, o titular da Pasta, Paulinho Serra, explica que o novo sistema, desenvolvido pela empresa alemã Siemens, é ainda mais eficiente. “Quando a gente fala em semáforos inteligentes convencionais, na verdade eles têm algumas pré-programações para serem executadas ao longo do dia, com base no horário. A nova tecnologia faz as alterações nos tempos automaticamente, de acordo com a necessidade”, compara.

Para que o programa faça os cálculos sobre as reprogramações instantâneas, são instaladas câmeras nas proximidades dos semáforos. Os equipamentos detectam virtualmente o volume de veículos na via e, com base nesse dado, regulam as fases de vermelho e verde. Inicialmente, 20 câmeras serão instaladas. “Mas queremos chegar a algo entre 60% e 70% dos nossos 250 cruzamentos semaforizados”, diz Paulinho. O secretário acrescenta que o número não irá chegar a 100% porque “o programa é desenvolvido para corredores com alta movimentação”. Dessa forma, não será implantado em vias secundárias. O serviço será instalado pela empresa Cobrasin, que venceu a licitação feita pela administração municipal e importa os equipamentos da Siemens.

A central será integrada com o serviço que atualmente funciona no DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) e passará a ser sediado na sede da secretaria, na Rua Catequese. Também funcionará lá o centro operacional da SATrans, que gerencia o sistema de Transporte municipal.

Está prevista para o primeiro semestre a parceria entre a Prefeitura e o aplicativo Waze, que mostra aos internautas a situação do trânsito na cidade em tempo real. Quatro painéis eletrônicos com informações do viário serão espalhados pelo município.

PAIT

Anunciado em fevereiro, o Pait (Programa de Ação Imediata no Trânsito) já realizou cerca de 250 intervenções diretas em Santo André, segundo Paulinho. Foram instaladas 30 faixas de pedestres elevadas e criadas 1.500 vagas de estacionamento rotativo, chegando a 4.500. A expectativa inicial era de que as alterações provocassem melhoria entre 10% e 15% na fluidez.

Entretanto, diz o titular da Pasta, o ganho foi ainda maior em alguns locais. Caso do corredor que liga São Caetano a Mauá, passando por avenidas como Dom Pedro II, Perimetral e Giovanni Batista Pirelli, onde o tempo de percurso diminuiu 22%, em média. Outra via citada por ele como experiência bem sucedida foi a Avenida Portugal, que teve redução nos congestionamentos depois que a Prefeitura proibiu o estacionamento na Rua Monte Casseros, no Centro.

O secretário afirma que as intervenções continuarão a ser feitas no ano que vem, em bairros como Santa Terezinha e Vila Luzita.

Fábio Munhoz
Diário do Grande ABC

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Foto: Gilberto Simon - Porto Imagem

Foto: Gilberto Simon

E Porto Alegre quando vai ter algo semelhante ?

Pois o nosso trânsito precisa urgentemente de um monitoramento mais eficiente do que é feito agora, com o intuito de diminuir os congestionamentos, seguindo o exemplo da matéria acima.



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12 respostas

  1. Porto alegre tem uma central da eptc focada apenas em mobilidade de transito, uma sala com teloes para monitoramento do transito e tambem com 95% das sinaleiras podendo ser alteradas em tempo real.
    Alem disso existem programaçoes semaforicas para cada hora do dia e tambem para eventos especiais como jogos de futebol shows etc.

    Nao entendi onde Santo andre esta mais avançada que poa

  2. Só lembrando que o modelo TRANSYT não é próprio da EPTC. É um modelo usado em todo o mundo.

    Obrigado.

    • Até onde sei ele é um software para modelar sistemas de trânsito, me corrija se eu estiver errado. Ou seja, tem que ser alimentado com dados, dados esse que o waze já tem.

      • TRANSYT opera com um ciclo semafórico fixo. Os dados usados para a programação foram coletados antes, de diversas formas. O que não impede de ter os ciclos mudados a hora que se deseja. Mas pra isso tu teria que programar horários específicos, ou numa análise conjunta com câmeras de vídeo.

        Se você quiser que se faça a reprogramação online do ciclo semafórico, tu deve usar outro software, tal como o SCOOT, que inclusive também existe aqui em Porto Alegre, em algumas interseções.

        O uso que Santo André fará do waze é simplesmente de alimentar um painel com os dados do aplicativo. Não há como coletar dados a partir do mesmo.

      • Qualquer dúvida é só falar que eu pergunto diretamente para o Capellari.

        Obrigado.

      • Pelo jeito já perguntou, valeu! 😀

      • Mas se falar com ele de novo pede aqueles dados/números que mencionaste no outro artigo, por favor.

  3. Eu ia escrever mas o nosso RP da EPTC já respondeu: A EPTC vai fazer (ou seguir mantendo) seu próprio em vez de usar algo já pronto. Tipo foi o POATransporte e tal… tá sobrando grana.

  4. Porto Alegre já usa o programa TRANSYT há mais de 10 anos. Santo André está bem defasada.

  5. Muito do que vão instalar lá já existe aqui. Hoje todos os semáforos podem ser controlados a distância manualmente e tem programas por horários. As microcâmeras que regulam o semáforo, sim, poderiam ser aumentadas (só conheço a da Nilo Peçanha), mas não sei o custo dessa tecnologia.

  6. A EPTC diz que já tem algo assim. Vários cruzamentos tem câmeras e alguns têm aquele sensor no solo.

  7. Quando o Oportu/Cape sairem talvez haja esperança.

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