Porto Alegre deve ganhar espaços de convivência parklet

Dentro da estratégia de privilegiar a convivência entre as pessoas nos espaços públicos, Porto Alegre ganhará em breve novos locais de lazer. Desde outubro de 2014, por determinação do prefeito José Fortunati, um grupo de trabalho integrado por técnicos da Secretaria de Urbanismo, da EPTC e do Gabinete de Comunicação Social da Prefeitura planejam e formatam a implantação dos chamados parklets na Capital.

O parklet é um espaço de convivência que fica instalado sobre as vias públicas. Nesses locais, pelo menos duas vagas de estacionamento recebem uma plataforma móvel, que pode ser equipada por bancos, mesas, guarda-sóis, aparelhos de exercícios físicos ou elementos com função de recreação ou manifestações artísticas. “É mais uma iniciativa na busca de humanizar nossa cidade e proporcionar uma convivência harmônica entre as pessoas”, afirma Fortunati.  A localização e as dimensões dos futuros espaços, bem como os seus layouts, é que estão sendo objeto de estudos pela Prefeitura.

A iniciativa em análise será integrada a outra proposta, o projeto Zona 30, no qual o trânsito de automóveis em vias do interior de bairros, onde há grande circulação de pessoas, terá velocidade reduzida (30km/h), a partir de uma sinalização específica e intervenções, como a implantação de faixas de segurança elevadas.

Em contato na terça-feira, 10, o prefeito José Fortunati se aliou à iniciativa do designer Mario Verdi, de dar à primeira dessas estruturas a ser instalada em Porto Alegre, o nome do arquiteto Joel Fagundes, falecido esta semana, em um acidente com sua bicicleta. “Acredito que essa é uma homenagem merecida e adequada ao Joel, que sempre foi um grande parceiro nosso e uma pessoa que amava esta cidade”, justificou Fortunati.

Prefeitura de Porto Alegre

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Exemplos de parklets:

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49 respostas

  1. Ótima oportunidade pra um concurso de estudantes entre as FAU’s do Estado!

  2. Conforme li em alguns comentarios aqui, foi dada a sugestão de que se de ao “Poder privado” como as lojas em frente as areas de possivel construção de parklet.
    Existe um exemplo disso em sao leopoldo, na rua Independencia, a rua bohemia da cidade a prefeitura autoriza os bares a contruirem um prolongamento da calçada sobre a area de estacionameno de veiculos.

    Uma pena o street view ter passado em um possivel domingo pela manha
    mas vai ai o link
    https://maps.google.com.br/maps?source=tldsi&hl=pt-BR&output=classic&dg=oo

  3. Sera que esses tambem voa ser recolhidos por ordens do diretor do DMLU?

  4. Criar parklets é uma iniciativa louvável, mas como sempre acontece aqui na província, se torna muito mais um modismo do que qualquer coisa.
    Esse recurso vêm sendo implantando em cidades desenvolvidas e bem urbanizadas, que já fizeram todo o restante do dever de casa. Porto Alegre não consegue manter nem os parques e praças. A grande maioria das áreas verdes estão jogadas às traças, sem manutenção, sem paisagismo, sem iluminação e sem mobiliário urbano.
    Faltam paradas de ônibus, bancos, lixeiras, iluminação pública, espaços para coleta seletiva, equipamentos de lazer, canteiros ajardinados, calçamento etc etc etc.
    Quem sabe a prefeitura foca em resolver os espaços existentes para depois pensar em criar novos espaços?

    • É nessa tecla que eu venho batendo há tempos. Porto Alegre não faz o básico do básico. Isso aqui é uma taba no alto Xingu. Aí vêm alguns gênios da lâmpada fazerem proselitismo de ilhas de civilidade em meio a um lodaçal. Pra chegar ao ponto de fazer algo desse tipo, primeiramente Poa teria que melhorar a limpeza urbana em no mínimo 80%, diminuir o vandalismo em no mínimo 90% e melhorar a educação das pessoas em no mínimo 300%.

    • Eu acho que o pessimismo tá exagerado. Olha a praça na frente do DAER, na Borges. Foi reformada há tempo já e continua muito boa. O pessoal exagera na crítica. O que falta é trabalho de manutenção, então quando algo quebra não é corrigido.

      E repito, parklets deviam ser privados, portanto tenderia a ter menos problemas de manutenção.

    • A depredação pode ser em parte pelo próprio mobiliário que é oferecido à população. As ditas “paradas seguras” são HORRÍVEIS, elas por si só parecem que já estão depredadas, sem contar que são completamente convidativas a colarem cartazes e anúncios.

      Talvez entregando algo melhor à população, como as paradas de ônibus em vidro que existem no Rio, o resultado fosse outro.

  5. Porto Alegre já melhoraria muito se acabasse com estacionamento de automóveis em vias de grande fluxo tais como avenidas , perimetrais e ruas onde passam coletivos e lotações ou que sejam de mão dupla. E nas ruas normais fosse permitido estacionamento em apenas um dos lados da via. Por certo pensaríamos duas vezes antes de sair de carro até porque muitos saem de carro para trabalhar e o deixam estacionado no mesmo local o dia inteiro.

    • E vai trabalhar como Paulo, voando?

    • Tu és um gênio às avessas.

    • Ih Paulo, comprou briga. Tem gente que não imagina sua vida sem o carrinho… tanto que acha que a alternativa é voar 😛

      Mas acho complicado sair tirando vagas de qualquer maneira. Tem que tirar onde há demanda para criar uma ciclovia ou liberar mais uma pista. Tem que lembrar também que carro estacionado serve para traffic calming, então em alguns locais (Lima e Silva por exemplo) é interessante permitir.

      • “Tem gente que não imagina sua vida sem o carrinho…” (Felipe)
        É verdade. Mais ou menos 60% da população. Pouca gente.

      • Adoro esses indicadores tirados da cueca.

        Mesmo assim, o fato de tu achar que não vive sem teu carro não te dá direito de achar que o poder público tem que te prover estacionamento de graça. Se não for um problema prover, beleza. Mas se o espaço precisa ser usado para outra coisa, que alugue uma garagem.

      • Concordo com o Felipe X. Quer ir andar de carro? Que pague estacionamento, ora bolas. Caso contrário, vá de ônibus, lotação, táxi ou o escambau.

        Durante anos eu morei no extremo sul e sempre fui trabalhar de ônibus, mesmo levando uma hora de viagem. Aliás, até hoje não tenho carro, e só sinto falta mesmo para fins de lazer…

        No mais, parabéns por se dar ao trabalho de replicar as bobajadas de sempre do Oscar…

      • Não sou EU que não vivo sem o meu carro, Felipe. Há outros 750 mil porto-alegrenses que usam o automóvel como meio de transporte diário. Em segundo lugar, eu não pago estacionamento…a não ser em shopping. Nunca gastei um centavo pra estacionar em área azul e jamais pagarei qualquer quantia pra estacionar o carro em logradouros públicos.

      • Oscar: exemplo de cidadão.

      • Como assim, Renan? Por acaso eu roubo pessoas? Que estória é essa de me alcunhar ironicamente de “exemplo de cidadão”? Explique melhor essa acusação. Só porque eu não uso área azul? Está ficando muito estranho isso aqui. Muito estranho.

      • Oscar, tu não consegue chegar num meio termo na discussão? Eu apoiei que se o espaço está sobrando pode seguir sendo estacionamento e dei exemplos de onde DEVE ter estacionamento público. Mas tens que ter em mente que isso é uma concessão que pode ser retirada. As ruas não foram construídas para tu guardar tua propriedade, elas foram construídas para mobilidade. Temos que dividir o espaço!

        Bem, eu lamento se deixas de ir em um lugar legal por ter que pagar estacionamento mas é tua opção. Quer dizer, tu paga para ir em shopping né. hehehehe.

    • Paulo Cezatti, concordo. Acho que uma medida radical desse tipo mobilizaria motoristas de automóvel para se posicionarem. Hoje estão na zona de conforto. Quem mora em periferias precisa de carro. O papo de sustentabilidade cabe para quem mora perto do centro, mas para quem mora num Lami, numa Alvorada, num Belém Velho, em Viamão, o carro é fundamental.

      O carro é a ponta do iceberg. A questão envolve o nosso transporte público medíocre, a jornada de trabalho presencial, a administração pública e as empresas concentradas perto do centro, etc. Podar os privilégios dos motoristas farão com que os mesmos se unam às massas na luta por demandas comuns.

      Eu não culpo quem anda de carro, pois em muitos casos não há alternativa. Mas talvez penalizar os motoristas num primeiro momento seja a melhor coisa a ser feita, pois pode desencadear mudanças importantes no modelo de transporte em Porto Alegre.

      • Pois então. Acho que o problema de muita coisa no Brasil é que não nos revoltamos contra o problema, simplesmente vamos pagando 3 vezes pelos serviços públicos (segurança, educação, saúde) e o transporte é mais um componente dessa nossa falta de ação.

      • Felipe; eu pago pra ir em shopping, porque valorizo a segurança e porque eu sei que sempre haverá vaga. Na rua, dependendo da região, não há lugar vago, se está sujeito à ação de flanelinhas e de ladrões. Só deixo carro na rua pra trabalhar, aqui por perto do prédio…o que já é um risco…mas o faço por deixar o veículo em frente ao quartel da Brigada.

      • Ok, do que tu está falando então? Respondeu para mim só para poder reclamar, é isso?

  6. Zonas de boa convivência em ruas de Porto Alegre é algo tão absurdamente utópico quanto tirar férias na fronteira da Síria com o Iraque pra aliviar o estresse.

  7. A CB merece isso, mas se tiver investimento de empresas privadas, vão falar que privatizaram a CB e quebrar tudo.
    hahaha

    Mas a iniciativa é boa e interessante.

    • Sim, se for da iniciativa privada, vão depredar, como fizeram no Mercado. Se for público, vai ser mal feito, pobre, feio, super-faturado e sem manutenção. Não tem saída pra essa cidade.

      • Vão depredar se for público também, não acho que seja implicância com privatização não 😛

      • Felipe X: se for público é porque dá para quebrar (a prefeitura até gosta, pois abre espaço para novas licitações). Se for privado, um movimento social vai quebrar tudo, pois as pessoas precisam “interagir” com a cidade.

        Não vejo problema nenhum ser administrado pela iniciativa privada, contanto que o consumo não seja obrigatório. Se alguém quiser passar a tarde ali lendo um livro ou coçando, beleza.

    • A Rua da República tem um passeio largo e mal aproveitado. Sempre que passo ali, fico imaginando como seria legal se os bares tivessem espaços organizados na calçada, junto ao meio fio, liberando a circulação na parte central, assim como é em Paris e Roma.
      Seria algo simples de resolver, apenas com algum incentivo fiscal aos comerciantes, mas nem isso a prefeitura é capaz de fazer.
      Quem dirá parklets .

  8. o politicagem,levou um choque na parada de onibus morreu e levou homenagem ,foi atropelado por taxi virou homenagem.Muito bonita as fotos só que aqui em Porto Alegre isto ai só não vai ser detonado dentro de shopping center e olhe lá. Alguem se lembra da rua 24 horas,portinho maravilha revitalização do centro e bla bla bla.

  9. bom local para moradores de rua tirarem aquele sono.. Mas tirar 2 vagas de estacionamento pra colocar um banco?? a arquitetura deveria integrar, e nao interferir.
    Isso deveria ter no maximo no Brique nos fins de semana.

    • Por isso que acho que o comércio que devia poder fazer isso. Faz sentido algo assim na frente de um bar por exemplo.

    • Meus Deus, vão acabar com 2 vagas de estacionamento! Onde vou estacionar meu carro? Não vou mais poder sair de casa, vou virar um prisioneiro etc etc etc.

  10. Bom, isso são os exemplos. Todos sabemos que a realidade será bem diferente, pois os detalhes são o que fazem a diferença, e em Porto Alegre não há detalhes. Se fosse planejado pra ser instalado em Gramado e Canela, ficariam como os das fotos. Em Porto Alegre, será um banco de ferro desprovido de beleza.

  11. um fio de esperança no meio da mediocridade que virou porto alegre
    parabéns pela iniciativa

  12. Parklets são muito bons.

    Mas acho que a prefeitura deveria é deixar claro de quais são as regras para empresas criarem conforme elas quiserem e a iniciativa privada que invista nisso. De repente podia fazer uma política de botar propaganda no espaço, sei lá.

    • Tem que ser algo discreto, tipo guarda-sóis brancos com Coca-Cola escrito em preto, algo assim. Acho bom que seja administrado pela iniciativa privada, principalmente se for um café, restaurante, lancheria, etc. Aí teremos certeza de que haverá manutenção, vide o café da Praça Otávio Rocha (Café da Praça).

  13. Para o prefeito, quando dá para fazer palanque político o parklet é valido. Quando não dá para fazer palanque arranca na calada da noite como fizeram no parket da UFRGS.

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