Mais 10 novos shoppings

Expansão Iguatemi Porto Alegre. Crédito: Divulgação.

Expansão Iguatemi Porto Alegre. Crédito: Divulgação.

Ainda existem em fase de aprovação na Prefeitura de Porto Alegre ou já foram aprovados mais 10 novos shopping centers, além da ampliação do Iguatemi que vai dobrar de tamanho, a propósito da inauguração do Viva Open Mall.

Os especialistas têm dúvida sobre sua viabilidade econômica. É um excesso. Por duas razões. Em primeiro lugar, é preciso encontrar lojistas para tantos empreendimentos. Seriam mais de 2 mil calculando por baixo. E eles não existem. E, se existirem, não há mercado para tanto. Nem todos os que já estão em funcionamento conseguem atingir suas metas. Por isso, há um movimento de interiorização dos shopping centers: tanto para a região metropolitana como para outras cidades maiores.

Affonso Ritter



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Shopping Centers

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25 respostas

  1. Minha curiosidade é onde sairão estes shoppings. A região do Iguatemi já tem uma concentração grande desse tipo de empreendimento em relação a outros bairros. Creio que seria do interesse da cidade espalhar mais isso, até pela mobilidade.

  2. Tempos atrás, lá por 2006, quando me mudei pra POA, era moda morar do lado do Iguatemi.
    Imagina, tava na moda. Os apartamentos eram os mais caros.

    Hoje já se vê com outros olhos. Lugar longe de tudo, apartamentos supervalorizados por corretores, shoppings estão em decadência. Um apartamento no Bom Fim deveria valer muito mais do que naquele Jardim Europa.

    • Acho tão engraçado quem diz “longe de tudo”,
      O que seria exatamente esse TUDO?

      • Longe do centro, longe de lugares para sair, longe do trabalho (a maioria das pessoas trabalha da Carlos Gomes->oeste. Não é um lugar que tem movimento.

        É perto de Alvorada, apenas.

      • Cara, pode ser longe DO TEU trabalho e dos lugares que TU SAI.
        É um lugar que tem sim muito movimento, mesmo longe do centro.

        Tu não fala nada com nada.

      • Eu e 70% da população de poa. Esses 70% eu imaginei porque sou dos mesmos que contam gente em protestos.

        Cara, eu nunca moraria lá. Preferia morar no Bom Fim.
        A mobilidade daquele bairro é 0. Não há supermercado, não há restaurantes fora do shopping, não há nada. Tudo precisa de carro.
        Então, antes de dizer que eu não falo nada com nada, viaja um pouco.

  3. Os Shoppings Centers matam o mercado de rua, mas infelizmente são muito mais seguros e confortáveis que o comércio convencional, tornando-se mais do que um “camelódromo de luxo”, mas de preferência do público. Ninguém se lembra de Paris pelos seus shoppings, mas sim pela Champs Elysseu.
    Assim penso sobre Porto Alegre: as pessoas gostam da cidade baixa, padre chagas, comércios de bairros e não de um shopping funcional. É uma pena prever o futuro da cidade enfurnado em “xópis”.

  4. Vocês adotam a lógica que o mercado é sensato, e constrói porque existe demanda. Sinto informar que a história esta repleta de exemplos de bolhas, e falências.

    Próprio Eike Batista tinha uma equipe de puxa-sacos ao redor dizendo que tudo que ele decidia fazer era viavel. Tem gente que prefere demitir quem dá um parecer negativo do que aceitar que alguns modelos atingiram exaustão.

    • Pasquale; se você é ciclista e não acende um baura, você é a ovelha negra da galera. Provavelmente seja o courinho da tchurma…hehe

      • Uau, depois das recentes bolhas tem gente que ainda não entendeu… o Oscar, claro.

        Não sei se é o caso dos shoppoings especificamente mas a construção civil está numa bolha sem dúvida.

  5. Ciclista odeia shopping, Adriano. Lá é proibido queimar um galho.

    • Que preconceito. Eu gosto de espaços abertos, mas também frequento shoppings, em especial barra e praia de belas que ficam próximos de ciclovias e tem bicicletários razoáveis. E sobre queimar galho, não faz parte do meu dia dia, mas deve fazer parte do teu. Aposto que é daqueles que queima 30 reais em carteira de cigarro por dia e ainda atira o toco pela janela.

    • O Oscar sendo preconceituoso??? Imagina…

  6. Vocês leitores deste blog, majoritariamente do sexo masculino e jovens, idade entre 25 e 35, uma boa parte ciclistas, são uma população com um viés muito grande pra um estilo de vida específico.

    A estratificação social de Porto Alegre é bem diferente, e não vai deixar de entupir os shoppings tão cedo. Se temos shoppings novos sendo construidos é por que eles ainda são um bom negócio. E são um bom negócio pois estão quase sempre lotados.

    A população de Porto Alegre, principalmente outros grupos que não jovens do sexo masculino, precisa de conforto, segurança e praticidade. E nestes três critérios os shopping centers ainda não imbatíveis.

  7. Eu vejo um “abre-e-fecha” de lojas de rua muito maior que de lojas de shopping. Na rua Padre Chagas, por exemplo, vários estabelecimentos fecharam em 2014 e alguns desses espaços continuavam ociosos até pouco, coisa que não se vê num Iguatemi ou Barra.

    • Ainda acho que o “shopping” com maior faturamento da cidade é a região no entorno da voluntários e Otávio rocha no centro.

    • Joao a Padre Chagas foi vendida como rua fashion,sei lá se é ainda e logo ali tem um empreendimento para os que tem grana verem e serem vistos o Moinhos,quanto a fechar lojas em shoppings,em geral as maiores tem rede ou na rua ou virtual,uma coisa compensa a outra,agora as pequenas se manterem é como o padre fala na missa ,mistérios da fé;

  8. O que eu quero frisar é que; sempre que um tipo de empreendimento continua atraindo muita gente, é porque ele deve ser vantajoso para quem investe e para o incorporador. Não é nem necessário ser especialista na matéria, para perceber que quando muitas pessoas investem dinheiro pesado em algum ramo imobiliário e tal investimento vem multiplicando-se por vários anos, aí tem “coisa” boa. Burrice eu tenho certeza que não é.

  9. Quem põe dinheiro nesses investimentos com certeza faz pesquisas e análises com antecedência. Se continuam fazendo, é porque enxergam potencial. Esses “especialistas” são quem exatamente?

  10. Talvez nós estejamos analisando esse assunto pelo lado errado. Já pensaram nisso? Não que eu tenha alguma informação privilegiada, mas quando um investimento parece (sob a ótica mais linear) claramente um mau negócio, isso causa certa desconfiança. Tenham em mente que as incorporadoras têm ferramentas muito mais precisas para detectar e prospectar ações de investimento imobiliário e comercial do que nós, simples cidadãos sem muita noção da área do empreendedorismo. O exemplo clássico disso está aos magotes no litoral norte gaúcho. A cada veraneio, dezenas de novos mega condomínios brotam do nada. A gente passa em frente a todos eles e estranhamente não vê quase ninguém nas casas, mesmo no ápice do veraneio. Ora….sem precisar pensar muito, dá pra desconfiar de algo. Se milhares de pessoas enfiam milhões de reais em uma casa de luxo num condomínio numa praia feia bagaraiu, lá na estrada do mar, sem a brisa da orla, sem nem chegar perto do mar, e arcando com despesas brutais de manutenção do imóvel o ano inteiro…bem, então é porque certamente deve haver outro motivo muito especial para fazer com que elas despejem grana a rodo num condomínio, já que pessoas de muitas posses não são nada estultas. Pensem, amigos….pensem! Há de sermos um pouco mais perspicazes para captarmos o fio da meada.

    • Oscar eu pessoalmente não gosto de shoppings pois praticamente não há nada lá que me atrai a não ser o ar-condicionado no forte do verão.Em alguns que eu já fui nas cidades do Brasil que conheço eu vi preços de mercadorias assustadoramente caras,as de marcas boas,e é possivel que tenha alguem que compre e pague.Mas estes lugares hoje são mais pontos de encontro de pessoas dada a falta de alternativa barata de lazer.Muitos tem grandes super e hipermercados em conjunto,o dono do shopping acaba faturando.Não tenho conhecimento do mercado mas dá a impressão que alguns destes lugares tem uma clientela melhor e fatura mais e outros tem um lucro menor.Condominios no litoral é outra história eles podem ser construidos e vendidos por preços exorbitantes e tem quem pague ,pois tem dinheiro sobrando e se depois forem vendidos por um preço menor ainda é lucro,agora imobilizar milhoes em grandes ou medios centros comerciais é outra história.

    • Interessante a análise… Acho que tanto em apartamentos na pria quanto em shoppings, o lucro sai da ingenuidade (ou até burrice) das pessoas.

      No caso dos shoppings são pessoas que são influenciadas por vendedores de franquias ou conjuge que “investe” no outro para abrir sua loja, fora os casos de lavagem de dinheiro e maracutaias para “esquentar” mercadorias contrabandeadas ou roubadas.

      Para os apartamentos na praia, acredito que em geral são pessoas que ganham uma bolada, as vezes nem tão grandes assim, de processos judiciais contra governos, empresas ou outras pessoas e acabam desperdiçando nesses negócios.

      • Pablo de onde as pessoas tiram o dinheiro não é assunto que eu queira debater,mas o certo é que uma parcela da sociedade gaucha ou brasileira tem dinheiro sobrando.Este pessoal coloca seu dinheiro aqui ou lá fora no que teoricamente rende.O mercado imobiliário muda muito e dá dinheiro para quem conhece, é uma ciência.Mas para quem tem sobrando se perder um pouco sai no lucro.

  11. Com a crise chegando, não vale a pena investir em shoppings.
    Já temos muitos.

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