Liberado hoje o trânsito de automóveis pelo viaduto São Jorge

Com seis faixas, estrutura dará maior fluidez entre as zonas Norte e Sul  Foto: Ricardo Giusti/PMPA

Com seis faixas, estrutura dará maior fluidez entre as zonas Norte e Sul  Foto: Ricardo Giusti/PMPA

O viaduto São Jorge, no cruzamento da Terceira Perimetral com a avenida Bento Gonçalves, teve o trânsito liberado para automóveis às 7h desta quinta-feira, 26, dia em que Porto Alegre comemora 243 anos. Com 540 metros e seis faixas de tráfego, o viaduto dará maior fluidez aos cerca de 90 mil veículos que fazem o trajeto entre as zonas Norte e Sul, além das cinco linhas de transporte coletivo. Esta foi a primeira etapa da obra. Dentro de cerca de um mês, a prefeitura deve liberar a passagem das linhas de ônibus no local.

 “É um belo presente para Porto Alegre, uma vez que este é o principal gargalo do trânsito da cidade depois do X da rodoviária. A mobilidade urbana, sem dúvida, é um importante diferencial na qualidade de vida das pessoas”, disse o prefeito José Fortunati, referindo-se à diminuição de tempo de deslocamento. De acordo com cálculos da EPTC, quem se desloca da zona Sul para a zona Norte e vice-versa terá um ganho de 15 minutos com a liberação a partir de hoje. Além disso, destacou o prefeito, aumentou de forma significativa a segurança dos usuários do transporte coletivo. “Aqui era uma região com muitos atropelamentos, principalmente do passageiro que necessita fazer a integração de linhas para o Centro. Esta é uma demonstração de que estamos trabalhando pela qualidade de vida do condutor e do passageiro de transporte coletivo ao mesmo tempo”, acrescentou.

A obra interliga as avenidas Salvador França e Aparício Borges sobre a avenida Bento Gonçalves sem interrupções. Possui três níveis: o do asfalto, o superior para veículos e o intermediário na parte central para as cinco linhas de Transversais que cruzam a Bento. De acordo com o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, a obra é inédita na América Latina e tem despertado o interesse de arquitetos de outros estados. “Acredito que, de todas as obras da Copa, esta seja a mais importante, tanto pela segurança do passageiro quanto pela fluidez do trânsito”, disse, ressaltando que a tendência é de aumento no número de usuários do transporte coletivo, em função da tranquilidade na troca do coletivo. “Na Terceira Perimetral, atualmente circulam 100 mil passageiros ao dia”, concluiu.

A liberação do trânsito também foi acompanhada pelos secretários de Gestão, Urbano Schimitt, e de Obras, Mauro Zacher.

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imagem137854 Fotos: Ricardo Giusti/PMPA

Obra – O viaduto São Jorge é uma das cinco obras da Terceira Perimetral (além das passagens de nível das avenidas Ceará, Anita, Plínio Brasil Milano e Cristóvão Colombo). A obra teve um investimento de R$ 79,4 milhões. Para facilitar a orientação aos condutores e pedestres, foram instaladas 25 novas placas indicativas de trânsito no local.

Estrutura – O viaduto tem extensão total de 540 metros, com seis faixas de tráfego, rampa com declividade de 8% para veículos e de 6% para corredor de ônibus. O viaduto incorpora estação de ônibus do corredor da Terceira Perimetral e alças laterais para acesso à avenida Bento Gonçalves.

Próximas etapas – Nas etapas seguintes, que têm previsão de conclusão no primeiro semestre, serão liberadas as alças laterais e a estação de ônibus. A partir disso, o transporte público também vai utilizar o viaduto.

Desvios – Nas próximas etapas, as alças laterais serão liberadas ao tráfego e os trabalhos para a estação de ônibus São Jorge, concluídos. Com isso, os usuários de transporte coletivo poderão realizar a integração entre as linhas que circulam na avenida Bento Gonçalves e Terceira Perimetral (Aparício Borges). Até a conclusão da segunda fase das obras do viaduto, o desvio implantado pela EPTC segue valendo para as linhas ônibus. Os condutores que pretendem acessar a Bento Gonçalves, nos dois sentidos, vindos das avenidas Aparício Borges ou Salvador França, também deverão utilizar o desvio.

Veja o vídeo:

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Viadutos e pontes estaiadas

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13 respostas

  1. 1 – e o X da rodoviaria? solução?
    2 – Quando tu está descendo do viaduto da de boca no cruzamento com a ipiranga, não deveria ser feito um novo viaduto na ipiranga?

    • Na Ipiranga é complicado porque ão da para fazer viaduto, veículos maiores passariam perigosamente próximos da rede elétrica, e não sei dizer da possibilidade de uma trincheira pela possibilidade de o terreno ser excessivamente lamacento por causa do arroio dilúvio. Sinceramente, o viaduto da Bento se faz interessante pois tira tanto os ônibus da Bento como os da 3ª perimetral do congestionamento dos veículos de passeio e ainda usa o próprio viaduto como cobertura da parada de ônibus, mas mais um na Ipiranga? Preferia que o dinheiro fosse gasto em estações com pagamento antecipado de passagem ao longo da perimetral, criando um BRT Zona Sul – Aeroporto.

  2. Eu uso todo dia esse trajeto e desde ontem o tempo de viagem melhorou MUITO.
    Uso o T4.
    O fluxo de ônibus na Bento é enorme. E o demorado cruzamento d Bento com a Aparício, formava filas quilométricas de ônibus dentro do corredor. A sinaleira abria e fechava várias vezes e os ônibus não se mexiam, trancados.
    Esse viaduto pode ser polêmico, feio, caro, mas isso é outra discussão, mas dizer que vai ser pior agora, como afirmaram, é um absurdo.
    Deve -se investir muito, muito, em transporte coletivo SIM, mas uma metropole também precisa fazer coisas para ter artérias com fluxo minimamente rápido. Artérias por onde andam, inclusive, os ônibus. Dizer que uma metropole não precisa ter artérias rápidas é ser xiita, me desculpe. Quando falo artérias não falo que a cidade não possa ter vários tipos de vias com trânsito calmo. Mas uma metropole também tem avenida para quem precisa cruzar a cidade de ponta a ponta, e um exemplo é a Terceira Perimetral. E no caso dela era necessário fazer um viaduto viaduto, sim (ou outra grande intervenção). Lembrem-se: ali inclusive os corredores de ônibus, que se cruzam, pediam uma grande intervenção viária. Ficar fazendo gritaria contra todos viadutos ou obras viárias de porte, indiscriminadamente, é ser xiita.

  3. “sinaleiras”, maldito corretor.

  4. Passe livre nunca! Chega de esmola, no Brasil são 50 milhões de pessoas aptas a trabalhar encostadas sem produzir nada. Quanto ao viaduto, dará rapidez ao T11, usei essa linha por 3 anos, quando chegava nesse cruzamento parecia que tinha encostado numa rodoviária, não saía mais do lugar. Também acho melhor túnel, metrô, melhor transporte público, ciclovia, etc, mas a perimetral que cruza a cidade precisava de uma solução nesse ponto. São subscritas demais pra uma via que deveria ser rápida.

  5. Monumento aos chifres inaugurado e já engarrafado.

  6. Viaduto preferido da Bianca hehehe

  7. Fortunati, Capellari e Urbano Schmidt são a reencarnação dos três Patetas.
    Com esse trio, teremos diversão garantida por longa data.

  8. ridiculo! quanto mais viadutos se faz mais congestionamentos… quando vão por na cabeça que o desafogamento se dará quando houver transporte publico melhor? eu digo Taxi mais barato, onibus passe livre, metro, vlt entre outros…

    • Já engarrafou ontem. Está no ClicRBS. A EPTC/Cappellari disse que é culpa dos motoristas que não estão acostumados.

    • Me acha alguém que não seja cicloativista e que concorde que quando mais viaduto mais congestionamento por favor. Essa teoria é ridícula. Entendo que tu quer dizer que quanto mais facilitamos o transporte de carros mais carros, mas tu acha que em Porto Alegre serão dois ou três viadutos que influenciarão na decisão de usar/comprar ou não o carro? O que está sendo feito com a construção de viadutos é uma solução a custo prazo e vem para mitigar um problema que já está feito.

      Entendo que viadutos não são a solução pra todos nossos problemas de trânsito e nem mesmo a melhor solução. A melhor solução é transporte público eficiente e confortável para que as pessoas o usem.

      Mas, apesar deste viaduto ter custando 100 milhões, ele é algo que a cidade pode pagar e pode fazer a curto prazo e ele vai ajudar naquele ponto específico obviamente.

      Qualquer um que passe por aquele cruzamento (eu costumava passar todo dia as 18h) sabe bem que era um dos maiores bloqueios da cidade, principalmente para os ônibus. Uma vez eu contei mais de 30 ônibus parados ali na Bento.

      Considerando que para os carros aquele cruzamento na era tão problemático (eu nunca tive que esperar muito pra cruzar já os ônibus imagino que sim), e sim mais prós ônibus que tinham um fluxo enorme nos horários de pico, este foi um investimento provavelmente mais direcionado ao transporte coletivo, para destrancar o fluxo de ônibus ali.

    • Não sei se tu percebeu, mas o viaduto colocou os dois corredores em diferentes níveis, contribuindo em muito para o transporte coletivo, ainda mais porque é também uma estação de transferência com uma estrutura interessante para ter pagamento antecipado de passagem no caso de dois futuros BRT’s.

  9. Tenho orgulho da minha cidade que cada vez mais fica há altura do que já é embora sempre tenha sido.

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