Assinado em Novembro de 2008, o contrato entre Prefeitura Municipal e Caixa Federal para a construção de um Centro Cultural ainda não saiu do papel. São mais de seis anos em que a população de Porto Alegre, em especial a do Centro Histórico, espera por mais esta promessa que iludiu os contribuintes.
O contrato de execução de obra para restauração, reforma e ampliação do Edifício Imperial foi assinado no dia 19 de novembro de 2008, com as presenças do então prefeito José Fogaça e do secretário municipal da Cultura, Sergius Gonzaga. O evento ocorreu na sede regional da Caixa (Rua dos Andradas, 1000).
O imóvel pertenceu à prefeitura, que cedeu à Caixa Econômica Federal (Caixa) os cinco primeiros pavimentos e mais uma área de terreno livre nos fundos, onde seria erguida uma nova edificação. Os andares superiores iriam sediar a Secretaria Municipal da Cultura (SMC). A área total do espaço seria de 8,8 mil metros quadrados e a obra deveria ter o prazo de duração máxima de 15 meses, com valor de execução de R$ 16,5 milhões. Passaram-se 6 anos e nada.
Conforme o protocolo firmado entre Caixa e prefeitura, seria disponibilizado à população porto-alegrense um teatro com capacidade para 670 pessoas, além de espaço para museu, exposições, ensaios de dança e sala multimídia. Seu restauro e utilização cultural contribuiriam para o projeto de revitalização do centro da cidade.
Ficou só na intenção.
Conjunto cultural – As salas dos cinemas Imperial e Assinado em Novembro de 2008, o contrato entre Prefeitura Municipal e Caixa Federal para a construção de um Centro Cultural ainda não saiu do papel. São mais de seis anos em que a população de Porto Alegre, em especial a do Centro Histórico, espera por mais estsa promessa que iludiu os contribuintes. Guarani, térreo, mezanino e mais dois pavimentos do prédio de onze andares ficariam sob responsabilidade da Caixa durante 30 anos, em contrapartida à realização da obra. A iniciativa pretendia manter a concepção original de cine-teatro, preservando a fachada e outros elementos como pisos, luminárias e escadaria. O Conjunto Cultural se dedicaria a exposi- ções, mostras de cinema, oficinas e seminários, oferecendo sala de dança, camarins, vestiários, banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, foyer, cafeteria e livraria.
Localizado no calçadão da Praça da Alfândega (Rua dos Andradas 1051 e 1073), o edifício Imperial foi um dos primeiros arranha-céus da cidade, construído entre 1931 e 1933. De autoria de Egon Weindorfer e Agnello Nilo de Lucca, é um dos exemplares mais sofisticados da arquitetura art déco no Brasil, especialmente sua fachada, que representa a variante marajoara do movimento.A construção combinava um espaço de entretenimento (cine-teatro) com moradia, tendo introduzido na Capital o conceito dos duplex, apartamentos de dois andares.
A Caixa Federal, através de sua assessoria de comunicação, informou-nos o seguinte:
Ao Jornal do Centro A Caixa Econômica Federal informa que está em processo licitatório para contratação da empresa que executará as obras da CAIXA Cultural Porto Alegre conforme edital de concorrência nº 1601/2014, publicado no Diário Oficial da União de 03 de junho de 2014. O prazo estimado para a realização das obras é de 18 meses, após firmando o contrato com a empresa vencedora da concorrência. Atenciosamente Assessoria de Imprensa da CAIXA Regional Porto Alegre (RS).
Continue lendo, no Jornal do Centro, clicando aqui.
Publicado em 7 de abril de 2015.
Categorias:Arquitetura | Urbanismo
O interessante é que o banco safra que é privado fez a reforma no prédio em poucos meses, enquanto o público….tá lá.
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Pessoal, eu trabalho no centro, e, na semana passada, tinha uma fila de operários para contratação. No dia seguinte, vi movimento no local e perguntei para um funcionário se as obras iriam recomeçar e ele confirmou. Se passarem por ali, verão as atividades. Portanto, a empresa contratada já está trabalhando. A matéria do Jornal do Centro ficou defasada em questão de dias.
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De qualquer forma o problema existiu. Nunca é demais divulgarmos este tipo de situação a que o poder público se expõe.
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Com certeza, Gilberto. Até para não acontecer de parar de novo.
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Já era tempo. Chego a ficar deprimido ao passar por aquele prédio caindo aos pedaços.
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O buraco é mais embaixo: a Caixa e a prefeitura fecharam um acordo para que o munícipio centralizasse as movimentações financeiras/folha de pagamentos dos servidores no banco. Até aí tudo bem, já que esse tipo de acordo é comum e relativamente benéfico para o município. Ocorre que a construção do Centro Cultural era umas das contrapartidas da Caixa, ou seja, eles ganharam a movimentação financeira/folha de um município importante, mas não arcaram com todas as contrapartidas. Mais um exemplo da competência da nossa prefeitura na gestão da coisa pública.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2007/10/caixa-vai-gerenciar-folha-de-pagamento-da-prefeitura-de-porto-alegre-1658137.html
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É que a Caixa tem lugares mais importantes pra investir dinheiro. Tipo em times de futebol. Mais uma promessa pra interminável lista da “Porto Render Alegre”.
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Seis anos é pouco até, vide o Cine Capitólio. Tudo na normalidade…
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Seis anos para fazer uma licitação e até hoje nada? Isso só pode ser uma piada de mau gosto, pois nem com muita incompetência levaria tanto tempo. Tem gato dentro desta tuba!
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Minha primeira namorada (de verdade) morava na andradas, eu ia visitar ela e passava pela frente do “futuro centro cultural” e pensava “nossa como poa é legal estao fazendo um museu em um local tao bonito”…
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Só balela!
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6 anos? Faz pelo menos 10 que tá o prédio lá abandonado.
Ninguém me tira da cabeça que fecharam os cinemas pra forçarem o público a migrar pras salas do Rua da Praia Shopping. Mesmo porque, pelo que eu lembro de ter lido na época, o Imperial e o Guarani não estavam em decadência quando do fechamento (diferentemente do que aconteceu com outras salas de rua).
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Bah, comecei a trabalhar no Bacen em 2010, já estava em obras, sai de lá no final de 2013, seguia em obras.
Vou passar lá pra ver as obras.
haha
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Obras não, vai ver o prédio abandonado, pq não se vê viva alma trabalhando por lá.
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Aí os ativistas sociais não aparecem!! Bem em frente a praça onde eles costumam se concentrar em defesa pública da alegria! Bando de hipócritas…
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Que viagem, não tem nada a ver uma coisa com a outra.
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Como nao cara palida. Conhece a Defender??? Essa obra teve abandono da construtora que ganhou a licitacao. Alias o Centro Histotico de Poa so existe pot causa do ativismo
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