Mercado Público deverá ser reinaugurado no final deste ano

Dificuldade com fornecedor de telhas diminuiu ritmo de trabalho de restauração

Dificuldades com fornecedor de telhas diminuiu ritmo de trabalho de restauração | Foto: Samuel Maciel

Dificuldades com fornecedor de telhas diminuiu ritmo de trabalho de restauração | Foto: Samuel Maciel

Depois de um ano e 10 meses do incêndio que destruiu o segundo pavimento do Mercado Público de Porto Alegre, 80% das obras de restauro da estrutura estão concluídas. O Mercado Público deverá ser reinaugurado no final deste ano, segundo os permissionários. A Associação dos Permissionários do Mercado Público, Ivan Konig explica que foram feitas melhorias no telhado (ocorreu a mudança do material do telhado, de madeira para metal), na rede elétrica e de água. “O mercado vai ser devolvido à população muito melhor do que era”, ressaltou. O governo federal garantiu R$ 19,5 milhões para a restauração de um dos cartões postais da cidade.

O diretor de Próprios da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Antônio Lorenzi, explicou que a obra de restauração do Mercado Público está em andamento, mas não no ritmo que a prefeitura gostaria. “Estamos com dificuldades de encontrar fornecedores de telhas para parte do telhado central do Mercado”, explicou. Segundo ele, são 700 metros quadrados de telhas que compreendem o trecho da avenida Borges de Medeiros, rua Júlio de Castilhos e parte da Praça Parobé. Conforme Lorenzi, com a falta do material, ocorreu uma diminuição no ritmo de trabalho de restauração do Mercado Público. “Precisamos da cobertura para que possamos prosseguir com o trabalho de recuperação. Estamos contatando fornecedores e esperamos resolver a questão em breve.” Lorenzi preferiu não estimar uma data para a conclusão das obras do Mercado. “Falta pouco. Estamos com quase 80% dos trabalhos terminados”, limitou-se a informar.

A reforma do Mercado Público é feita empresa Arquium, especialista nesse tipo de serviço e responsável pela última grande reforma do prédio ainda na década de 1990. O Mercado Público, foi atingido por um incêndio no dia 6 julho de 2013. Ele foi reaberto em 13 de agosto, 38 dias depois do incidente, com parte dos estabelecimentos do andar térreo voltando a funcionar. No pavimento superior, foco do incêndio, funcionavam oito restaurantes, o Memorial do Mercado, um auditório, banheiros e salas como a da Associação do Comércio do Mercado Público Central e do projeto Monumenta. Os estabelecimentos foram transferidos para o andar térreo.

Correio do Povo



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25 respostas

  1. O Mercado Público em seu formato original, tinha telheiro em cruz, com 4 enormes enormes elementos vazados na vista de topo. Eu, como sou bem velhinho, muito frequentei os passadiços descobertos do segundo piso.

    • Pode olhar para cima, mas não vai enxergar o telhado de cerâmica do mercado, ou bem pouco dele. Se nem o telhado danificado tem mais as telhas originais, para que serve um projeto especificando telhas fora de comércio?

  2. O Nepal vai ficar arrumado antes que o mercado público. Alguém deve estar ganhando com essa demora. Não vejo outro sentido nisso. E mais : 20 milhões de despesa? Com esse dinheiro dá para construir uns dois espigões. Afinal, o que realmente está acontecendo?

    • A demora (oficialmente, frise-se, não sei até onde é real) se deve à dificuldade de encontrar as telhas utilizadas no Mercado, pois poucas indústrias ainda a produzem atualmente (como disse o Felipe X, o telhado do Mercado não comum, de brasilit).

    • E é bem sabido que reformar prédios antigos é mais caro que fazer um novo, nada de estranho.

      • A cobertura do Mercado Público não tem nada de antiga. Foi feita nos anos 90. Não é objeto de preservação histórica, pois o antigo Mercado não tinha cobertura de telhas. Além do mais, a nova cobertura não tem necessidade alguma de ser sequer igual ou similar dos anos 90, podendo ser reconstruído sob o prisma de um projeto totalmente novo, se assim o desejasse a PMPA.

        • Falando no popular, essa desculpa, ou culpa, que dão ao tipo de telha é pura frescura, porque as mesmas não são visíveis do interior do mercado, e a vista por fora é quase irrelevante, pois não há doido que caminhe pela praça Parobé olhando para cima.
          Algo errado deve haver alí. Ouvi de pessoa que trabalha em comércio no mercado, que recentemente a prefeitura pagou 500 mil reais numa reforma de quatro banheiros.
          Deste jeito, é bem fácil chegar aos 20 milhões de que falam.

      • Que seja, querem manter a aparência da restauração feita nos anos 90, e as telhas usadas naquela época (da qual já se vão 20 anos, um bom tempo) hoje em dia são difíceis de se achar.

        Ou prefere que coloquem brasilit, mesmo?

      • Oscar, dá uma googleada que vais achar fotos preto e branco com as telhas lá, na borda. O que foi posto nos anos 90 foi a cobertura metálica que tem no “miolo”, pois ele não era coberto naquela parte mesmo. Exemplo:

        Como sempre digo, tem que pensar um pouco. Sério, já cansei de vcs.

        E sobre olhar para cima na praça Parobé, eu faço. Eu e qualquer pessoa que gosta de prédios antigos, urbanismo, etc.

  3. Aí o segundo edifício mais alto do mundo, com 125 andares em espiral em Xangai. País ditatorial, opressor com uma economia fraquinha e sem investimentos em infraestrutura pesada. Coitadinhos dos trabalhadores escravos. É muito atraso. Bom é aqui. Vadiozinho adora liberdade.

    http://www.engenhariacivil.com/segundo-maior-edificio-mundo-xangai

  4. Essa do fornecimento de telhas faz sentido. O tufão de Xanxerê fez a demanda crescer muito. quá quá. O interessante é que a cidade catarinense levará entre 6 meses e um ano para ser reconstruída. Aqui, a falta da cobertura do Mercado Público está completando o segundo aniversário…e quanto à recuperação do lago dos açorianos, sabe-se lá quanto tempo vai demorar. Uma vez várzea, sempre varzea.

    PS. Essa é pra humilhar a aldeia; na China, cidade de Changsa, construíram um prédio de 52 andares em 19 dias.

    • Fico feliz em saber que moro num país onde a reconstrução de casas é mais rápida (e portanto prioritária) que prédios públicos.

      Sobre as telhas que ridículo. Até parece que vão por brasilit no mercado.

      • Pelo que eu li anteriormente, a dificuldade é que hoje em dia poucas fábricas produzem o tipo de telha utilizado quando da construção do Mercado. Daí a dificuldade.

      • Exatamente…ainda mais, porque o destelhamento de Xanxerê ocorreu 20 meses depois do incêndio do Mercado…e como o poder público tupiniquim é precavido e bem planejado, trancaram o telhado do Mercado já prevendo o tufão de Santa Catarina. A cada dia os teus posts ficam mais desconectados do tempo-espaço.

      • Nossa oscar, tu tá delirando. Como o Vagner desenhou (daí até tu deve entender), os materiais são outros, a prioridade é outra… nada mais natural. Mas claro que o mais fácil é ficar sendo trolzinho idiota e dizer que tudo é uma merda.

    • Estado ditatorial com trabalho escravo não pode ser utilizado como comparação. Tenta outra, Oscar.

      • Pois é…esses estados ditatoriais…como funcionam mal. Bom é aqui…sem trabalhador escravizado, onde as obras e o estado todo flui que é um espetáculo.
        Quem nasce pra jumento, come alfafa até morrer.

      • Que pegar tempo de duração de obras na União Europeia, Japão ou Estados Unidos, que são estados democráticos, para efeito de comparação?

        China não é parâmetro pra nada. De estado ditatorial e escravocrata eu quero distância.

        E eu não disse que aqui funciona tudo às mil maravilhas.

      • Que tal pegar…

  5. Será que dessa vez vão colocar sprinklers para minimizar a chance de alastrar um incêndio pelo mercado?
    Se houvesse esse tipo de equipamento para combate de incêndios, quase certo que o estrago teria sido minimizado, talvez somente no princípio do incêndio.

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