Cuthab debate implementação de nova linha do catamarã

Cuthab ouviu opiniões sobre nova linha.  Foto: Guilherme Almeida

Cuthab ouviu opiniões sobre nova linha. Foto: Guilherme Almeida

A Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) promoveu nesta terça-feira (5/5) uma reunião para falar sobre a implementação da nova linha do catamarã. No encontro, foram debatidas as ações estratégicas dos governos municipal e estadual para a construção da nova rota. Segundo o presidente da comissão, vereador Engenheiro Comassetto (PT), é preciso discutir os entraves legais da obra, efetuar estudos de viabilidade e consultar a comunidade porto-alegrense sobre os locais que a nova linha deve abranger.

Comassetto destacou ainda que o debate serve como uma preparação para a implementação da nova linha do catamarã. “É uma necessidade que requer um trabalho bem feito uma preparação logística”, disse. O vereador ressaltou que é preciso haver mobilidade pública em Porto Alegre, abrangendo um sistema integrado e eficiente. “Está claro que não podemos abrir mão das potencialidades do transporte hidroviário”, disse.

O representante da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Antônio Vigna, destacou que o processo de implementação do catamarã em Porto Alegre iniciou em 2011 e, desde então, a gestão pública municipal teve a oportunidade de entender como é a infraestrutura de uma hidrovia. “A EPTC construiu, junto ao poder municipal, o processo necessário para atender a demanda da população que precisava de uma nova opção de transporte”, disse. Vigna destacou que a construção de uma nova linha do catamarã envolve todos os gestores públicos devido aos processos burocráticos envolvidos. “As novas estações hidroviárias devem, sobretudo, possuir licença ambiental e documentações específicas para uma hidrovia. Este processo demanda tempo e empenho de todos os envolvidos”, afirmou.

O representante da Procuradoria Geral do Município (PGM), Lieverson Perin, afirmou que, atualmente, a tarifa de transporte do catamarã é expressivamente alta, causando a falta de atração da população por esta opção de transporte.”Contudo, se a nova linha interligar lugares que estão dentro do perímetro de Porto Alegre, é o município que irá determinar o preço da passagem, podendo torná-la mais atrativa para os porto-alegrenses”,disse.

Perin destacou que será preciso haver uma licitação para a nova linha, no intuito de que todas as empresas que prestam serviços hidroviários tenham a possibilidade de se candidatar. “As linhas hidroviárias são de alto custo mas estão tendo um resultado positivo, com um bom número de passageiros”, afirmou. Perin ressaltou que a PGM considera o catamarã uma alternativa de transporte viável e que a Procuradoria irá oferecer todo o suporte necessário para a construção de uma nova linha hidroviária.

O arquiteto urbanista da Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb), Marcelo Allet, ressaltou a necessidade de oferecer uma nova funcionalidade para o trânsito da Capital. “Temos diversos problemas envolvendo a mobilidade urbana em Porto Alegre, no entanto, temos sorte por ter uma hidrovia com potencial para desafogar o trânsito viário”, disse. Allet ressaltou que o processo de construção de novas estações hidroviárias possui variáveis técnicas, burocráticas e tecnológicas, bem como um viés politico, contemplando a opinião pública no processo. “O papel dos agentes políticos será fundamental para ordenar as discussões e as divergências de opiniões entre os cidadãos”, ressaltou.

Para o vereador Cassio Trogildo (PTB), é preciso intensificar o debate sobre a construção de uma nova linha do catamarã. “Estamos apenas no começo do processo mas ele tende, a partir de agora, a evoluir e se estruturar”, disse. Trogildo questionou os representantes dos governos municipal e estadual sobre a existência de estudos de viabilidade econômica para a nova linha e como ela pretende desenvolver o transporte integrado.

O vereador Carlos Casartelli (PTB) destacou que o transporte hidroviário já é uma realidade em todo o mundo e que o debate que antecede este tipo de intervenções urbanísticas faz parte da busca por um conceito de excelência em todo o processo. “Contudo, para que o transporte hidroviário seja viável, acredito que será necessária a união dos poderes municipal e estadual para que a implementação da nova linha beneficie a todos”, destacou.

Estiveram presentes na reunião os vereadores Cláudio Janta (SDD), Séfora Gomes Mota (PRB) e Delegado Cleiton (PDT).

Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Câmara Municipal



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5 respostas

  1. A quantidade de comissões que temos nessa cidade é impressionante. Daqui a pouco vai esgotar a combinação das letras do alfabeto para tanta sigla de comissão.

  2. Até pra isso eles querem consultar a população, ver se vai matar alguma formiga albina, entre outros.

    Transporte publico é sempre bom.

  3. Mais uns 2 governos pra sair essa nova linha.

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