Ciclovia em marcha lenta: em um ano, Porto Alegre ganhou só 3,8 km de novas ciclovias

Em velocidade média, um ciclista levaria 15 minutos para percorrer os 10% que foram construídos de 50km prometidos

Prefeiutra de POA enfrenta problemas na implantação das vias créditos: Ricardo Duarte

Prefeiutra de POA enfrenta problemas na implantação das vias.  créditos: Ricardo Duarte

Uma cena sobre duas rodas ilustra o ritmo da construção de ciclovias em Porto Alegre: em velocidade média, um ciclista levaria 15 minutos para percorrer tudo o que a prefeitura conseguiu aprontar em um ano de obras. De maio de 2014 até maio deste ano, a colcha de retalhos formada pelas ciclovias e ciclofaixas da Capital ganhou menos de quatro quilômetros. Não chega a 10% da meta da prefeitura para o período, 50 quilômetros. Menina dos olhos da Empresa Pública de Transporte da Circulação (EPTC), a ciclovia da Ipiranga não cresceu nenhum centímetro nos últimos 12 meses.

“Nós fomos muito otimistas. Tínhamos uma expectativa de evolução significativa, mas acabamos tendo uma redução em função de questões externas”, justifica o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari. Para Cappellari, o imponderável é o principal fator para o atraso na implantação do Plano Diretor Cicloviário, existente desde 2009 – dos 495 quilômetros previstos no projeto original, apenas 24,735 estão prontos. A demora das contrapartidas de empreendimentos imobiliários, que representam boa parte dos recursos a serem investidos em ciclovias, além de obras “casadas” com projetos da Copa que não saíram do papel, seriam responsáveis pelo atraso em, pelo menos, quatro obras: Voluntários da Pátria, Avenida Tronco, Severo Dulius e Ipiranga, que conta com apenas 2,8 dos 9,4 quilômetros de seu projeto.

Portal Mobilize Brasil / Zero Hora – clique aqui para ler a matéria integral



Categorias:Bicicleta, ciclovias

Tags:, , , , ,

20 respostas

  1. Não esta na marcha lenta… esta na velocidade normal de como andam as coisas na cidade, estado e pais… ciclovia, iluminação público, aumento da segurança, manutenção de calçadas no centro, manutenção de ruas e avn, etc… ta tudo na mesma velocidade… manchete seria se estivesse tudo na velocidade planejada.

    • Neste caso nem plano tem. Quer dizer, deram uma data para a ciclovia da Ipiranga, mas como ela está mais lenta que qualquer outra obra de mobilidade (mesmo que penses o contrário), simplesmente pararam de dar datas.

  2. Acabem com os estacionamentos nas principais vias da cidade e teremos espaço suficiente para se fazer milhares de kms de ciclofaixas sem alterar nada nas vias

    • E além de liberar espaço para ciclofaixas melhora o trânsito. Tem vários lugares que tranca tudo e tem carro estacionado.

    • Ah pois é, mas não precisamos liberar estacionamentos. O trânsito está ótimo, não temos engarrafamentos, as vias estão com espaço sobrando, por isso deixamos as pessoas estacionarem suas caixas de metal na rua, de graça. Se tivéssemos problemas de engarrafamento talvez deveríamos discutir alternativas para LIBERAR as ruas, como proibir os estacionamentos, mas não precisamos disso. 8c)

  3. Talvez não construam porque simplesmente não existe demanda. Pra que construir algo se ninguém irá usar?

    • Não usa porque não presta. A não ser que o José tenha alguma teoria absurda que é só os porto-alegrenses não usam a bicicleta.

    • Demanda induzida, já ouviu falar/

    • Sempre defendendo o chefe. Acho bonito.

    • vou te dar um exemplo de outro meio de transporte… a avn Cel Massot era aquela mistura de paralelepípedo com asfalto que existem em várias ruas da cidade… a mais ou menos 1 ano colocaram asfalto novo em toda ela… adivinha o que aconteceu? mais carros passaram a usar… ou seja… construa algo bom que as pessoas usam… seja pra carro, bicicleta ou pedestre…

    • “Perguntei para vários prefeitos, bruxelas, copenhage, bogotá, ny… o que veio primeiro: o ciclismo ou a malha cicloviária. Todos responderam que a malha cicloviária.” -Haddad

  4. Bicicleta não consome petróleo, não envolve lobbys multimilionários de empresas estatais e privadas, logo não interessa a ninguém do poder público.

  5. #Demorou vai demorar!

  6. Tem aquele fundo para construção de ciclovias também, mas não estão com pressa de nomear os burocratas que cuidam dele. http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/04/nomeacoes-atrasam-inicio-do-fundo-cicloviario-de-porto-alegre-4742163.html

  7. o ponto é: não é do interesse da prefeitura fazer ciclovias/faixas… o negócio deles é duplicar ruas, fazer viadutos… o negócio deles é o carro… para eles carro é sinonimo de modernidade e tudo mais… eu sei como é até pq eu já pensei assim tbm antes de me esclarecer mais sobre as ciclovias/faixas…

  8. Acontece que em POA se decidiu que a cidade só pode ter ciclovia se tiver construção de shoppings. Como a prefeitura sempre foi lenta para conceder licensas mesmo, o plano cicloviário está condenado a andar em passos de tartaruga. Para andar rápido o investimento tem que ser direto.

    Isso quando a prefeitura quer executá-lo né, pois houve obras “da copa” que deviam ter ciclovia de acordo com o plano e nada feito.

  9. Por isso de certa forma eu apoio o Haddad
    Pega e faz, e depois, bom, vamos resolvendo os problemas.

    Agora, nesse ritmo vamos estar todos mortos de velhice e a ciclovia não vai ter chegado ao 50 km

  10. Cerca de 10m por dia. Isso é mais lento que uma lesma. Uma lesma rasteja 130m por dia.

  11. E aquela verba que deveria vim das multas de transito aplicado pela EPTC?
    O que eu tenho visto é que todas as ciclovias feitas ultimamente são contrapartida de algum empreendimento privado.

Faça seu comentário aqui: