Na rua Doutor Flores, no centro de Porto Alegre, uma mudança chamou a atenção dos transeuntes e comerciantes: ao lado da calçada, no início da rua, uma parte foi separada do resto da via por uma faixa branca. O espaço para estacionamento de carros, motos e parada de táxi foi transferido para o lado dessa faixa, que parece uma pequena ciclovia, mas é voltada para pedestres. A “pedestrovia” (brincadeira com as palavras pedestre e ciclovia) faz parte de um projeto que busca tornar o Centro mais acessível às pessoas que o frequentam a pé, tirando a prioridade dos carros.
A iniciativa é apenas a primeira fase do projeto Rua Para Pessoas, que começou a ser discutido em um grupo de trabalho que se reúne desde o ano passado. Com a presença de secretarias da Prefeitura e entidades da sociedade civil, o GT foi uma iniciativa da ONG Mobicidade, com o objetivo de “Privilegiar ao máximo o trânsito de pedestres, visando conforto e segurança, e o atendimento às condições de acessibilidade universal, com especial atenção às áreas de cruzamentos viários”.
Por enquanto, a mudança causou estranhamento aos trabalhadores e frequentadores da região, que afirmam não terem sido consultados ou informados sobre a “pedestrovia” antes de sua implantação. A falta de explicações a respeito da iniciativa foi uma das críticas feitas por eles, que disseram que a faixa apareceu “da noite para o dia’.
Essa faixa, entre as ruas Voluntários da Pátria e General Vitorino, é a primeira de várias do tipo que serão pintadas. Nas ruas paralelas à Doutor Flores, o modelo se repetirá: na Marechal Floriano Peixoto, no trecho entre a Avenida Otávio Rocha e a rua General Vitorino, e no mesmo trecho da rua Vigário José Inácio. A ideia é formar um “quadrilátero”, que tenha a rua dos Andradas como ponto central, onde o pedestre seja priorizado.
O integrante da Mobicidade Marcelo Kalil pondera que “o ideal seria que proibissem a circulação de carros” na região, mas a “pedestrovia” foi o que foi possível, por enquanto, a partir do diálogo com a Prefeitura. “Hoje em dia, muita gente caminha ali no meio da rua. O que conseguimos no momento foi ampliar o espaço do pedestre”, explica, refletindo que a humanização da cidade está indo “a passos de formiguinha”.
Tombos?
Sem saber do objetivo do projeto, que incluiu sociedade civil e poder público, muitos trabalhadores da região levantaram a hipótese de que isso tenha sido feito devido aos problemas com a calçada, que é muito escorregadia, onde pelo menos uma pessoa cairia por dia, segundo vários comerciantes. “Deve ser por causa dos tombos. Alguém deve ter ligado para a Prefeitura e reclamaram, porque realmente é muito escorregadio”, avaliou Isis Peres, que trabalha em um mercadinho na rua. (…)
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Categorias:calçadas, Revitalização do centro
Já separaram a pintura com olhos de gato, e ano que vem virá a calçada. Saiu na ZH.
É preciso também retirar o excesso de mobiliário urbano de cima das calçadas. è muito poste, placas, lixeiras, etc que só atrapalham o deslocamento dos pedestres sem falar na inumera quantidade de placas de lojas com propaganda de suas promoções as quais são irregulares.
Que coisa tosca.
Típico de Porto Alegre.
Faz coro com corredor de ônibus novo, feito na nobre Borges de Medeiros, que tem paradas de onibus constrangedoras.
Essas calcadas sao na Siria?
Que horror!
Na Siria são melhores, assim como os indices de desenvolvimento deles.
Assim, ao menos quando taxi abre a porta, não tranca metade daquelas estreitas calçadas. Estender a calçada seria bem mais óbvio mesmo!!!
Estender a calçada seria uma solução muito óbvia, no Brazil o pessoal pensa fora do quadrado (e da casinha também).
Sim, somos tão pobres que agora a calçada é uma pintura no chão.
“Pãodurice” de nao aumentar a calçada, por que dinheiro para duplicar ruas sempre tem e até para criar ciclovias tem! Ai se vê que a prioridade de poa esta longe de ser o pedestre.
Nestas ruas do centro, com calçadinhas de 1 a 1,5m de largura é visivel a disparidade entre o enorme fluxo de pedestres em relaçao ao de veiculos.
Espero que em breve seja dado um segundo passo melhorando fisicamente as calçadas ou entao a iniciativa sera fardada ao fracaço, como a iniciativa feita em decadas passadas para “aumentar a calçada” em esquinas fazendo apenas pinturas e colocando taxoes no asfalto.
Em porto aalefgre hoje temos muitos exemplos como as pinturas para “educar” os motoristas nao funcion, se os mesmos nao forem educados
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Por fim, ainda é louvavel esta pintura feita no centro.
Achei legal a iniciativa mas nem tachões para demarcar a área? Só tinta não tem efeito nenhum sobre nossos motoristas. E ainda pode estacionar ali em pleno centro? Isso é como cobrador de ônibus, só aqui mesmo.
Espaço pra uma pessoa, com partes de veículos bloqueando o caminho. Tomara que evolua pra uma calçada.
A ideia é boa.
Como as pessoas já andam pela rua no centro, poderiam por aquele esquema de via lenta (se bem que as ruas automaticamente já são assim) e por os pedestres junto com os carros.
Tipo, deixa a calçada no nivel da rua, demarca o que é para carros e o que é para pedestres, e ta feita a festa.
Acho que daria certo.
quero ver as lotaçoes que passam voando obedecerem essa de nao correr