Lixeiras da cidade ganham bituqueiras

Cilindros em forma de cigarro ficam afixados ao lado das lixeiras   Foto: Luciano Lanes / PMPA

Cilindros em forma de cigarro ficam afixados ao lado das lixeiras   Foto: Luciano Lanes / PMPA

Conscientizar o fumante de que ponta de cigarro é lixo e deve ser corretamente descartada é o foco do projeto Poa Sem Bituca, lançado na manhã desta quarta-feira, 4, pela Prefeitura de Porto Alegre. Com a colocação das primeiras 39 bituqueiras – cilindros em forma de cigarro afixados ao lado das lixeiras – no Centro Histórico, o projeto deve se estender por toda a cidade, totalizando 10 mil equipamentos. A instalação da primeira delas, em frente ao Paço Municipal, foi acompanhada pelo prefeito José Fortunati e o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), André Carús.

Porto Alegre é a Capital do país com o maior número de fumantes. São 250 mil usuários de tabaco, que geram cerca de 5 milhões de pontas de cigarro todos os dias. Boa parte deste volume acaba no chão, dificultando a limpeza da cidade pelos garis e contaminando o solo. O prefeito também acrescentou que, além de sujar a cidade, elas prejudicam o escoamento na rede pluvial. “Na Orla do Guaíba é triste ver a quantidade encravada na grama. O projeto vai ser um diferencial para a limpeza e para o cuidado com a cidade”, comentou Fortunati, ao revelar que nunca fumou. “Esta bituqueira eu não vou inaugurar”, disse, brincando. A missão de descartar o primeiro cigarro ficou para a servidora municipal Mara Luciane Dias. Fumante há cinco anos, Mara aprovou a iniciativa, revelando constrangimento ao ter que descartar na rua. “Se colocarem no meu trajeto entre o lotação e o trabalho, eu vou usar”, garantiu.

imagem143367Mapa das Bituqueiras – As bituqueiras demonstrativas serão instaladas em frente ao Paço Municipal (quatro); em frente ao prédio da Prefeitura na Siqueira Campos (quatro); no entorno do Mercado Público (sete); na avenida Borges de Medeiros, entre a Prefeitura e a Esquina Democrática (11) e no calçadão da rua da Praia, entre as ruas Caldas Júnior e Vigário José Inácio (13).

De acordo com o diretor-geral do DMLU, os descartes serão recolhidos e encaminhados para gerar energia na produção de cimento. Também foram distribuídas bituqueiras portáteis para automóveis ou bolsas. “O projeto faz parte do Reciclapoa, de educação ambiental. Começamos por este eixo, onde há maior concentração de pessoas”, explicou Carús.

Convênio – Para viabilizar o projeto, o DMLU firmou convênio, sem custos, com a empresa Eco Prática. O departamento autorizou a instalação em qualquer lixeira do tipo bolinha, o seu recolhimento e a destinação adequada do resíduo. A empresa buscará parceiros comerciais para a manutenção da operação e equipamentos. De acordo com o proprietário da Eco Prática, Flávio Costa Leite, a empresa pretende estender o projeto para outras cidades do país. O Poa Sem Bituca é inédito no Brasil, sendo o primeiro projeto que tem como estratégia a instalação de bituqueiras em toda a cidade e o recolhimento das pontas de cigarro a partir de parceria com o poder público.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:bituqueiras, Meio Ambiente

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15 respostas

  1. Quanto tempo se passará até que essas bituqueiras sejam vandalizadas?

    • Se vandalizarem, que façam manutenção, substituam ou o escambau.

      Se for pra pensar em quanto tempo vai levar pra vandalizar, então o jeito é não fazer nenhuma obra na cidade.

  2. E terminar a zona que está a Praça XV?? E terminar a Ponte de Pedra?? É o maior e pior prefeito que a Capital já teve, sem dúvidas!!

  3. Preferem os prefeitos que nem lixeiras botam na cidade, né?
    haha

    Ta certo.

    • Que lixeiras ele botou? A licitação está suspensa das lixeiras, ou tu diz daqueles coletores “lindos” cheio de água podre ao redor, ou impedindo trânsito de pedestres nas ruas??

  4. minha nossa, que prefeito importante! inaugurando lata de lixo! que evento, e que político ocupado!

  5. Quando eu penso que não tem como piorar o Fortunatti vai e inaugura uma bituqueira.

  6. Tá certo, em vez de desestimular o fumo em locais públicos, vamos instalar cinzeiros nas ruas pra animar ainda mais os fumantes.

    Pelo menos agora não vão mais ter desculpas pra jogar as bitucas no chão.

  7. Pra ficar melhor, MULTAR quem jogar no chão.

  8. Não existe nenhum profissional em POA em design e urbanismo, com especialidade em equipamentos públicos capaz de criar algo mais contemporâneo do que esta bolota laranja, que grita como algo muito modesto e brega mesmo, agregador de feiura ao espaço público.

    • Eu até acho que as cores são úteis para visualização de longe. Se está numa praça (tons de verde) ou ruas (tons de cinza) o azul e o laranja se destacam o que facilita para quem “está procurando um lixo”. Convenhamos que alguns tem preguiça de “procurar” por mais alguns segundos.
      Entretanto, o visual é horrendo mesmo e nada prático. A falta de cobertura na entrada do lixo facilita a entrada de água da chuva e é comum vermos essas lixeiras sem fundo pois a ferrugem da água corrói facilmente esse metal.

    • Sabe que eu tive uma reunião um dia desses com o pessoal da Sinergy que trata de mobiliário urbano e perguntei o motivo pelo qual eles não entrava no mesmo sistema de SP, com paradas de ônibus, lixeiras, relógios, etc, visto que o trabalho desempenhado por eles é bem interessante com as bancas de jornais, chaveiros e lotações, a resposta foi: pq a prefeitura tem preguiça de licitar, preguiça de criar um projeto. É triste.

    • Exato, é como se nossas lixeiras tivessem que ter o formato e o aspecto do lixo. Usar uma lixeira no formato de cigarro parece mais propaganda pro consumo.

  9. “Se colocarem no meu trajeto entre o lotação e o trabalho, eu vou usar”… não sei se era previsto ela ser a primeira, mas se a prefeitura chamou ela, orientaram ela mal… se não tiver ela vai jogar no chão então? Eu sou ex fumante a 8 anos e jogava no chão quando não encontrava lixeira… e convenhamos… tem cada vez menos lixeira no centro de POA…

    • aliás, eu conhecia fumantes mulheres que tinha seu próprio lixo enquanto não encontravam um.. elas usavam aquelas latinhas que vendiam/vendem chicle que tem mais ou menos o tamanho de uma carteira de cigarro.

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