Uma indústria em crescimento na crise, por Reni Puls

Porto Alegre. Foto: Gilberto Simon

Porto Alegre. Foto: Gilberto Simon

Com seguidos anos de crescimento, a indústria do turismo e entretenimento mostra força e sobrevive às crises econômicas em diversas partes do mundo.

O turismo é naturalmente a maneira de mostrar e projetar a imagem de um país, uma cidade ou região para milhões de turistas potenciais e para formadores de opinião em todo o mundo. A indústria do turismo é o negócio do futuro, cria oportunidades e impulsiona novos negócios em qualquer parte. Que o digam a China, a Costa Rica, os Emirados Árabes, a África do Sul, entre outros. Conforme a OMT – Organização Mundial do Turismo, o turismo é a maior fonte de divisas para 40% das nações, um dos cinco maiores geradores de riquezas para 83% dos países, é o responsável por 7% de todas as vendas externas e de 11 % da força de trabalho no mundo movimentando próximo de 2 trilhões de dólares.

O impacto economico do turismo é significativo e imediato. É a atividade que traz os maiores benefícios e impacta positivamente nos mais diversos setores econômicos. No local onde o viajante estiver os impactos se fazem sentir rapidamente. Ao abastecer no posto de combustível, no uso do telefone, nos restaurantes e bares, ao comprar em lojas, desde lembranças e souvenires a produtos de maior valor agregado. Tudo gerando impostos e empregos.

O dólar alto significa uma oportunidade para alguns setores da economia e o turismo está aí incluído. A diferença cambial favorece o turismo doméstico. O segmento é grande gerador de emprego e renda. Na situação presente o turismo terá o destaque e a importância merecidos. Conforme a Embratur o potencial interno do Brasil é de mais de 50 milhões de turistas. Segundo o Ministério do Turismo, 7 em cada 10 brasileiros pretende fazer turismo dentro do Brasil. Nesse universo o Estado gaúcho e Porto Alegre se destacam com uma rede hoteleira de excelente qualidade. Conforme o POA Convention & Visitors Bureau, a cidade é a terceira colocada do país em eventos e congressos. A cidade precisa de equipamentos e atrações diversificadas que complementem as existentes. Com mais atrações, os visitantes e turistas congressistas e de negócios estarão motivados a trazer a família aumentando o tempo de permanência e o gasto médio na cidade e na região. Para a cidade de Porto Alegre existem boas perspectivas.

A revitalização da Orla e as obras no Cais do Porto estarão prestes a mudar a paisagem da capital dos gaúchos dando ar de modernidade como aconteceu em cidades semelhantes ao redor do mundo. Novos equipamentos e atrações turísticas inovadoras funcionarão como destinos turísticos. Uma grande massa de viajantes veranistas e de negócios vindos de países vizinhos e de cidades da metade sul do estado passa nas estradas próximas com destino às praias e a outros estados, mas não param por aqui. Novas atrações motivarão milhares desses viajantes a visitarem Porto alegre em época de verão com milhares de pernoites inclusive quando a ocupação hoteleira é baixa. Eles vão causar impacto econômico no comércio, nos restaurantes e na hotelaria também das cidades vizinhas.

Atrações turísticas de qualidade funcionam como ícones e mexem com a imaginação e elevam a autoestima da população de cidades e países.

Reni Puls é empresário e consultor em Turismo

Publicação autorizada pelo autor / versão completa.

Atualizado às 19:30.



Categorias:Artigos, TURISMO

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4 respostas

  1. Mas a cidade é para os seus moradores ou para turistas?!!!!!as mudanças deve ser pensadas para a população a questão turística deve ser somente consequência,não o objetivo,já visitei algumas cidades turísticas só faltavam colocar uma cerca para limitar quem poderia ou não entrar em determinado local,no cais isso é certo que aconteça,o muro já existe.

    • Cara, uma coisa não impede a outra! Não é preciso polarizar entre “cidade para moradores” OU “cidade para turistas”.

    • “no cais isso é certo que aconteça,o muro já existe”
      Não viaja, meu filho.

    • Queria entender, qual motivo para proibirem a população da própria cidade de ir ao Cais.
      Não faz sentido algum investir tanto dinheiro para ninguém usar, ainda mais Porto Alegre, que não é nada turística.
      hahaha

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