O PIB gaúcho cai mais 3,4%

O PIB gaúcho recuou 3,4% no terceiro trimestre do ano, demarcando a sequência de seis trimestres seguidos de queda. Segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE), os dados indicam o aprofundamento da recessão. Mesmo assim, os economistas lembraram que a economia brasileira chegou a cair mais, 4,1% no mesmo trimestre.

As seis quedas sucessivas do PIB trimestral repetem o que ocorreu entre 2004 e 2005, quando o Estado teve uma das maiores estiagens da história.

Se o PIB cair no último trimestre de 2015, que é dado como certo, será a maior sequência de recuos da série apurada desde 2002 pela FEE.

A fundação qualificou como “aprofundamento da recessão” o momento da atividade. O quadro de recessão costuma se configurar entre duas a três quedas seguidas do PIB trimestral. “Poucos conseguiram perceber, mas o quadro de recessão começou a se desenhar no segundo trimestre de 2014 e agravado pela queda em renda e maior desemprego”, advertiu ao Jornal do Comércio o coordenador de Núcleo de Contas Regionais, Roberto Rocha.

A indústria de transformação foi de novo o patinho feio do indicador, com -9,4%, seguido por serviços, com -2,4%, frente ao mesmo trimestre de 2014. A agropecuária manteve o desempenho positivo de 18,4%. Já a arrecadação de impostos caiu 7,4%. Os níveis de renda (em baixa) e desemprego (em alta) turbinaram o comportamento das taxas de julho a setembro, segundo o coordenador do núcleo. Nos serviços, o comércio é o que mais caiu, em 12,5%, taxa negativa puxada pela má fase da venda de veículos (-29,2%).

Affonso Ritter



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4 respostas

  1. Indicando a marca do RS como um estado agropastoril.

    • Isso também, mas também são os resultados da política da tragédia colocada em prática desde o começo do ano começando a aparecer.
      Espalhe as piores noticias sobre a sua situação, ponha a economia em desconfiança e aumente os impostos. Voilà!

      • Que bobagem, como se uma política econômica tivesse efeito imediato, como se não estivessemos sofrendo efeitos da desastrada política econômica do governo Dilma?

      • Quando a burocracia e a cascata de impostos torna-se insustentável, só o que resta é vender hortifrutigranjeiros. Qualquer um que queira trabalhar com tecnologia ou indústria da transformação não consegue, pois vai ter que arcar com uma tonelada de impostos na compra, outra cacetada de impostos na venda e mais uma porrada de impostos para manter a empresa ativa, sem contar a imensidão de licenças e alvarás. Isso até não inventarem o imposto do sol, porque imposto da terra já tem e em muitos lugares tem imposto da água.

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