Prefeito pede ação do MP e do Estado contra bloqueio de vias

Fortunati foi recebido pelo procurador-geral e pelo secretário de Segurança   Foto: Ricardo Giusti/PMPA

Fortunati foi recebido pelo procurador-geral e pelo secretário de Segurança   Foto: Ricardo Giusti/PMPA

O prefeito José Fortunati esteve reunido na manhã desta segunda-feira, 14, com o procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, e com os secretários estaduais de Segurança, Wantuir Jacini, e de Direitos Humanos, César Faccioli. O encontro foi solicitado pelo prefeito com o objetivo de compor ações para prevenir transtornos à população em virtude de protestos populares. No último dia 7 de dezembro, moradores indignados com uma decisão judicial de reitegração de posse trancaram as avenidas Mauá e Julio de Castilhos, na entrada de Porto Alegre. O protesto congestionou dezenas de vias na cidade durante toda manhã. Também acompanhou o encontro o subprocurador-geral de Justiça, promotor Fabiano Dallazen.

As manifestações tomaram outro perfil nos últimos anos, na avaliação do prefeito. Se, há algumas décadas, os protestos consistiam em grandes caminhadas por uma das vias da avenida João Pessoa até o Centro, por exemplo, atualmente são adotadas estratégias mais agressivas que, por consequência, atingem toda a população. “Hoje um grupo de 50 ou 60 pessoas, por motivos que vão desde falta d’água até reintegrações de posse, prejudicam milhares de outros”, destacou. Fortunati referiu-se não só aos moradores de Porto Alegre e da Região Metropolitana que foram prejudicados na vida funcional, perdendo consultas e tratamento médico, como também a crianças de colo, que são levadas pelos pais para as manifestações, como uma tentativa de sensibilização à causa.

A partir do encontro de hoje, serão definidas ações em conjunto, de forma a preservar o direito de ir e vir da população e a segurança de todos. “Com o respaldo do Ministério Público, Segurança Pública, poder público e Direitos Humanos em consonância, agiremos com respeito a todos os lados”, definiu o prefeito. O procurador-geral agradeceu a presença dos demais participantes e garantiu a parceria do Ministério Público. “A ocupação de estradas e ruas não tem guarida do Ministério Público. O direito ao protesto de pequenos grupos não pode causar prejuízos a uma cidade”, enfatizou.

Na próxima quarta-feira, 16, a convite do secretário de Segurança, o prefeito participará da reunião do Gabinete de Gestão Integrada, onde o assunto será discutido com a presença também de representantes da Brigada Militar. “A posição do prefeito vem ao encontro do nosso pensamento. Os protestos não podem ser feitos em qualquer lugar”, disse Jacini.

Prefeitura de Porto Alegre



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7 respostas

  1. Pra isso o senhor secretário de segurança acha homens, pra colocar na rua pra nos proteger dos assaltantes ele diz que não tem efetivo.

  2. Concordo que protestos por mais justos que achem, não devem intervir nas rotinas da Ciadade, também os moradores da zona sul esperam algum dia ver a avenida guaiba ter sua continuação após a copacabana, o que resolveria os engarrafamentos na wenceslau escobar, devolveria a orla do guaiba a população da cidade, pois hoje parece que estamos vivendo em florianópolis, onde só se ten acesso a orla por poucos becos ” ficando tudo privatizado “” afinal de contas a despoluição do guaiba é paga pela população de toda cidade “” será exclusiva de poucos invasores “””

  3. Já to vendo o pessoal falando que isso é um ataque a tal “democracia”.

    Pode ser protesto de esquerda, direita, rico ou pobre, podem protestar, mas que não afetem tanto a vida de quem quer trabalhar.

    Pô, em plena semana, cidade pulsando, e me decidem trancar tudo?

    • Concordo plenamente.

      Acho um porre quando tem passeata de meia dúzia na rua bloqueando TODAS as pistas (como ocorreu uma vez quando eu ia de ônibus ao Mãe de Deus, junto à minha esposa, para exames de pré-natal).

      Todos têm direito de protestar e fazer valer suas opiniões, mas precisa prejudicar todo o mundo com isso? Custa ter um pouco de racionalidade e bloquear apenas parte da pista?

  4. Finalmente se toma uma atitude contra essas absurdos.

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