Porto Alegre seguirá sem relógios de rua por tempo indeterminado

Nenhuma empresa apresentou propostas à licitação nesta quarta-feira

Porto Alegre seguirá sem relógios de rua por tempo indeterminado | Foto: Rodrigo Celente / Especial / CP

Porto Alegre seguirá sem relógios de rua por tempo indeterminado | Foto: Rodrigo Celente / Especial / CP

Desativados em julho do ano passado, os relógios de rua seguirão fora de operação, por tempo indeterminado. A falta de expectativa se dá porque nenhuma empresa entregou proposta para instalar e manter o mobiliário urbano da Capital. A Comissão de Licitação previa receber nesta quarta os envelopes.

Com a licitação deserta, o prefeito José Fortunati deve se reunir com a comissão que trata do assunto para definir se vai ou não publicar um segundo edital. Não há prazo para que isso ocorra. O assessor jurídico da Prefeitura Arnaldo Guimarães esclarece que não há possibilidade de realizar contratação sem processo licitatório.

O mobiliário urbano é formado por relógios de rua e placas com nomes das vias – cujo déficit, hoje, é de 14 mil unidades. Além disso, abrange cerca de 1,1 mil paradas de ônibus, que conforme o edital terão de ser modernizadas, com proteção contra vento e chuva e sinal de wi-fi. A concorrência também prevê que sejam instalados pontos com chuveirinhos para banho na orla e de abastecimento de água para chimarrão.

Em contrapartida, a empresa vencedora fica apta a comercializar anúncios digitais, pelo prazo de 20 anos. Parte do tempo de informação dos anunciantes que explorarem o serviço de mídia digital deve ser reservado para que a população tome conhecimento de atividades culturais e do trânsito, por exemplo.

O que compõe o mobiliário

Abrigos de ônibus: Porto Alegre soma cerca de 4 mil paradas cobertas e com cadeiras. O edital ainda pode prevê a troca imediata de mil desses abrigos.

Mupis: cerca de dez equipamentos estão espalhados pela cidade. São estruturas como pontos de abastecimento de água para chimarrão, chuveirinhos na Orla do Guaíba e mapas de parques, como Redenção e Marinha.

Relógios digitais: Porto Alegre soma, hoje, 50 equipamentos, todos desligados. A ideia é de que o vencedor da licitação multiplique por três esse total.

Totens: Foram instalados cerca de 180 estruturas na cidade. Em maioria, são equipamentos fixados em paradas de ônibus para informar o itinerário dos coletivos, por exemplo.

Placas de rua: Segundo a Prefeitura, o déficit, hoje, é de 14 mil placas com nomes de rua na Capital. Além dessas, outras seis mil terão de ser trocadas em função do desgaste do tempo ou por terem sido alvo de vandalismo. A administração pública garante, contudo que todas as vias da cidade dispõem hoje de pelo menos uma placa de identificação. Porém, em determinadas avenidas, o déficit passa de 50 unidades.

Samantha Klein / Rádio Guaíba / Correio do Povo



Categorias:Mobiliário Urbano

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3 respostas

  1. Há algo muito errado com essas licitações. Eu estava ouvindo no rádio que a empresa que venceu a licitação da reforma da parte queimada do Mercado Público desistiu da estrutura de metal, telhado e toldo. Essa prefeitura quando é para exigir é uma avó de neto único e quando é para deixar livre para a empresa fazer como ela bem entende, enche de empecilhos.

  2. Licitação do mobiliário público: deserta. Licitação dos ônibus: deserta. Licitação das bicicletas: deserta. Parece que alguém está fazendo algo errado, nunca dá certo na primeira vez.

  3. Porto Alegre, cidade do futuro!!!! #sqn

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