Comtu referenda proposta de aumento de tarifas em Porto Alegre

Protesto teve confusão no lado de fora da reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos

Protesto teve confusão no lado de fora da reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos | Foto: Guilherme Testa

Protesto teve confusão no lado de fora da reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos | Foto: Guilherme Testa

Após protesto e confusão, o Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) referendou – por 12 votos a favor e quatro contra – o processo tarifário feito pela prefeitura de Porto Alegre. Segundo Executivo, a reunião foi convocada para demonstrar a participação do Comtu na fixação do valor. A Procuradoria Geral do Município e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) tentam reformar a decisão judicial que determinou, liminarmente, a suspensão da nova tarifa do transporte coletivo de Porto Alegre e a imediata retomada do valor de R$ 3,25 para ônibus e R$ 4,85 para o lotação.

A prefeitura fez uma explanação aos conselheiros sobre a composição do preço estabelecido. Durante o encontro do conselho no auditório da EPTC, também houve discussão. Um dos conselheiros, o presidente Erick Dênil Machado Pimentel, disse que o reajuste não foi discutido com a sociedade. “Isso é um absurdo. Será o maior aumento tarifário do Brasil.”

Enquanto a EPTC justificava o cálculo da tarifa de ônibus para o Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), manifestantes e a Brigada Militar entraram em confronto. Cerca de 200 estudantes, professores e representantes de movimentos sociais bloquearam parcialmente a avenida Ipiranga. Uma bomba de efeito moral foi lançada para dispersar o grupo.

O professor de filosofia do Colégio Júlio de Castilhos Osmar Tonini foi atingido e teve o casaco e a calça queimados, mas não se feriu. Pelo menos, cinco adolescentes teriam ficado feridos. “Havíamos decidido sair da via e, quando estávamos deslocando, eles atiraram. Eu estava orientando a saída e eles miraram em mim”, disse o professor. Os jovens atiraram pedras contra a polícia e os agentes de trânsito.

Conforme o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, um soldado foi atingido na perna por uma pedra. Ele disse que a BM seguiu o protocolo de segurança. “A ação é normal para assegurar a integridade física das pessoas”, declarou.Ele explicou que após a EPTC não conseguir desobstruir a via, a BM precisou intervir.

Depois da confusão, os manifestantes se reuniram em um posto de combustíveis na avenida Ipiranga e seguiram ao Colégio Júlio de Castilhos, onde dispersaram. A integrante do Grêmio do Julinho Barbara Vuelma, 18 anos, disse que o protesto foi pacífico e havia muitos menores de idade participando. “Nós só estávamos buscando nossos direitos”, disse.

Antes do início da reunião, o grupo já estava reunido em frente à EPTC fazendo pressão aos conselheiros para evitar um novo aumento da passagem de ônibus. Um tumulto chegou a ser registrado e um jovem caiu no chão. O coordenador do DCE da Ufrgs e integrante do movimento Juntos, Julio Câmara, solicitou a entrada de representantes dos manifestantes. O presidente do Comtu, Jaires Maciel, afirmou que permitiria a entrada de três. “Posso liberar até três para manter a ordem, mas eles querem cinco”, disse.

Correio do Povo / Karina Reif



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5 respostas

  1. As prefeituras, os governos estaduais e governo federal, deveriam ter vergonha na cara e buscar redução de custo do transporte público no Brasil, ou seja reduzir a carga tributária e quebrar “monopólios” do empresários. Os manifestante tem que fechar a prefeitura e câmara municipal, apertar e fazerem trabalhar para o povo.

  2. O negócio é torcer para nao chover e usar bastante a bike

  3. Eu tentei apostar com todo mundo que o Comtu iria referendar, mas ninguém quis…

  4. Muito legal saber que a tarifa estava correta em seus calculos.

    Mas nesta manha gostei mais ainda da parte em que brigadianos sairam de dentro da eptc a paisana para se juntar aos participantes e iniciar a baderna para o choque ter motivo para correr todos dali da volta da empresa

    • A conta é claro que está certa, o problema são as váriaveis utilizadas no cálculo, esse é o problema.
      Quanto a fórmula do cálculo não há o que discutir.

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