Sim, há crise no empreendimento do Cais Mauá, admite Luiz Eduardo Franco de Abreu, presidente da NSG Capital, fundo detentor de 39% das ações do consórcio que tenta avançar com a obra.
– O projeto enfrenta dificuldades, a situação do Brasil inviabiliza qualquer operação de crédito, mas vamos vencer essas dificuldades – disse Abreu à coluna.
ATRASO NAS OBRAS
“A licitação ocorreu em 2010. O desembolso começou em 2012, com o investimento dos espanhóis (GSS) no projeto conceitual. Parou porque a Antac (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) entrou na Justiça por entender que tinha de participar. Depois de dois anos, houve acordo, com um aditivo em que a Antaq passou a ser representada pela Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). Entramos (no consórcio) no final de 2012, com pequena participação, depois aumentamos. O licenciamento foi entregue à prefeitura em 2014 porque precisávamos ver como a estrutura se comporta nas quatro estações. Entregamos o EIA/Rima em julho de 2015.”
PENDÊNCIAS
“Em situação normal, há um orçamento que vai liberando dinheiro à medida que marcos são alcançados. Ficamos sem esses marcos. Existe a situação em que a empresa recorre ao mercado financeiro e cobre com empréstimos de longo prazo. O problema é que, de um ano para cá, a situação financeira impede que se pegue dinheiro novo. Tem alguns protestos, algumas cobranças. Algumas empresas compreendem, outras não. É lamentável para o projeto. Mas a empresa já gastou, sem licença, e está há seis anos à espera. Não dá para ficar mais seis anos colocando dinheiro. Se nos derem a licença, a obra vai começar. Sem licença, não posso colocar mais dinheiro.”
PERSPECTIVAS
“O importante é que a gente está trabalhando para conseguir atender às exigências do EVU (Estudo de Viabilidade Urbana) ainda este mês. Se ocorrer, haverá liberação orçamentária. Com o EVU liberado, resolveremos mais da metade das pendências. Somos investidores. A partir da licença, a empresa vai, com as pernas dela, buscar capital de giro de curto prazo que hoje não está conseguindo, justificadamente.”
PORTO ALEGRE
“Na cidade há características que não existem em outras. É triste, fica um clima de que o investimento foi ruim. Não foi, está demorando. A rentabilidade vai diminuir? Pode ser, mas pode aumentar. Não temos R$ 700 milhões para construir as torres, mas temos para a reforma dos armazéns.”
Da coluna de ZH de Marta Sfredo
Categorias:Projeto de Revitalização do Cais Mauá
Realmente,quando algo esta nas mãos de governo fica parado quando alguem da iniciativa privada mete a mão eles avacalham.Brail Porto Alegre Ame -o ou deixe
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