Taxistas organizam passeata contra Uber nesta terça

Representante de entidade disse que objetivo é “exterminar aplicativo” de Porto Alegre

Taxistas organizam passeata contra Uber nesta terça | Foto: Guilherme Testa / cp

Taxistas organizam passeata contra Uber nesta terça | Foto: Guilherme Testa / cp

Taxistas e apoiadores devem participar de uma passeata contra a regulamentação do aplicativo Uber em Porto Alegre nesta terça-feira, a partir das 14h. O grupo irá mobilizar-se em frente ao Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa, antes do deslocamento até o ginásio Gigantinho, na zona Sul da cidade, onde ocorrerá uma audiência pública sobre o tema. A reunião aberta, promovida pela Câmara de Vereadores da Capital, está prevista para começar às 19h no local.

De acordo com a União dos Taxistas Auxiliares e Permissionários de Porto Alegre (UnitaxiPoa), associação dissidente do Sindicato dos Taxistas (Sintáxi), a ideia é percorrer a avenida Borges de Medeiros a pé, com apoio de táxis da região Metropolitana, uma van escolar e um ônibus.

O representante da entidade, Marcos Magalhãoes, ressalta que o protesto é contrário a qualquer tipo de transporte considerado clandestino. Eles exigem a retirada do projeto de lei elaborado pela Prefeitura de Porto Alegre para regulamentar o transporte de passageiros em veículos particulares e cobram intervenção do governo do Estado no debate.

“Hoje, nosso problema é a Uber. Mas nosso problema maior é o carro clandestino. Então, queremos mostrar nessa passeata que o problema deixa de ser municipal e se torna estadual. Já que a gente não está conseguindo flexibilidade junto aos vereadores e ao prefeito, em época de eleição, vamos tentar conversar com o governador. Não temos interesse em pressionar Prefeitura, vereadores e muito menos o sindicato. Até porque essas emendas são colocadas pelo sindicato, e não pelos taxistas de Porto Alegre. Nosso trabalho é na tentativa de acabar com o projeto, de exterminar esse aplicativo”, explicou Magalhães.

Sem paralisação de serviço

Magalhães garantiu que não haverá pressão para que os motoristas paralisem o serviço de táxi na Capital durante a mobilização. Há duas semanas, na data prevista inicialmente para a realização da audiência pública, cerca de metade da frota de 3,9 mil táxis da cidade participou de uma carreata contra a Uber.

A Câmara Municipal transferiu a data e o local da realização do debate devido à grande demanda por participação das entidades ligadas aos taxistas. Mais de 5 mil lugares estarão reservados ao público no Gigantinho, mediante cadastro antecipado. Durante o evento, 20 pessoas terão direito a fala: 10 contrárias e 10 favoráveis ao projeto. Um esquema de segurança foi montado para evitar confrontos entre os dois lados: taxistas acessam o ginásio pela avenida Padre Cacique, enquanto os condutores da Uber entram pela avenida Edvaldo Pereira Paiva.

Polêmicas impedem tramitação de projeto

A tramitação do projeto de lei na Câmara está parada devido às polêmicas geradas antes da audiência pública. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa ainda não votou a aceitação do PL para votação, devido a pedido de vistas do vereador Claudio Janta (SDD). O relator do texto, Mauro Zacher (PDT), garante que vai pedir urgência para a votação caso o debate se prolongue por mais de 45 dias.

Bibiana Borba / Rádio Guaíba / Correio do Povo



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3 respostas

  1. Noffa! Elas estão descontroladas!

  2. Me parece que os sindicatos, querem continuar com monopólio dos táxis. Sou à favor do TAXIUBER. Mais motoristas trabalhando, o preço cai consumidor e inovação no serviço.

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