Custo com indenizações a trabalhadores teria condições de chegar até a R$ 50 milhões
Com a extinção de fundações, o governo Estado projeta demitir até 1,2 mil servidores, que hoje estão empregados nos órgãos que deixarão de existir, caso o pacote de austeridade do Piratini seja aprovado pela Assembleia Legislativa. Como há medidas de urgência no pacote, o Parlamento deve analisar o projeto até o fim deste ano. O custo para demissão de servidores será entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões, segundo números do próprio Piratini.
Para o secretário-geral do Estado, Carlos Búrigo, a redução do tamanho do Estado faz-se necessária como medida contra a crise. “Não podemos mais viver em um estado que não tem condições de pagar os seus funcionários todo o mês. Por isso que o governo anunciou as medidas duras e difíceis”, ressaltou. Caso o projeto avance, o Piratini terá seis meses para definir a forma como se darão as demissões.
Por aí que passou a decisão de extinguir fundações: “Temos queter um Estado que não seja mínimo nem máximo, mas necessário”, afirmou. “O mundo evoluiu, a sociedade evoluiu, mas o Estado ficou parado. Temos um Estado ainda da década de 70”, disse o secretário.
Ele ressaltou que o governo deve se focar em áreas consideradas essenciais: “Que o Estado tenha foco em suas atividades: segurança, saúde, educação e infra-estrutura”, frisou. Quanto às privatizações, o governo prevê um prazo de seis meses para a prospecção de interessados na compra de CEEE, Sulgás, CRM e CESA.
Extinções, fusões e privatizações
Conforme o projeto, serão extintas nove fundações: Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação Cultural Piratini (FCP-TVE), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF), Fundação de Zoobotânica (FZB) e undação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regionalização Administrativa e dos Recursos Humanos (Metroplan).
Entre as autarquias, a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento será modificada. Ela passará a se chamar Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP) e integrará a estrutura da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. A Superintendência de Portos e Hidrovias será extinta.
Entra as companhias, a Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag) será extinta. Já a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) e a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) serão federalizadas ou privatizadas.
De acordo com a Secretaria da Fazenda, a estimativa de ganho real dos projetos será de R$ 6,7 bilhões em quatro anos, com “um ganho no fluxo financeiro de R$ 2,6 bilhões”. O número de secretarias, com quatro fusões, passaria para 17.
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Categorias:Economia Estadual
A questão não é “se importar em pagar mais imposto”, isto é uma desculpa imoral! Tentar criar um welfare no Brasil é uma piada, um país MISERÁVEL igual o nosso tem é que ter capitalismo, de preferência bem selvagem, sem salário mínimo e com benefícios trabalhistas opcionais, onde 300 empresas privadas sejam inauguradas por dia e absorvam a nossa mão de obra. A questão que DEVE ser ordem do dia é como pagar MENOS imposto, nem se discute ineficiência na máquina pública, o que é um pleonasmo.
Trensurb a 4,75 teria o seu impacto, isso eu concordo. O subsídio talvez se justifique pelos benefícios, mas os prejuízos são socializados a nível nacional e estadual. Há pessoas em Itaqui pagando trensurb sem jamais terem andado nele.
Existem certas coisas que doem na sociedade, mas precisam ser feitas, porque é justamente o cara mais fodido financeiramente que é mais assaltado pelo Estado. Não, e eu não sou dono de Banco, morador do Moinhos ou freguês do Iguatemi, ao contrário de muitos esquerdistas quem vem aqui criticar o blog por uma suposta defesa da onda azul que está tomando forma.
Esse assunto da bastante pano pra manga.
Na verdade todas emrpesas de onibus de poa estao dando prejuizo.
Pelo meno é isso que elas proprias alegam. http://wp.clicrbs.com.br/estamosemobras/2016/09/05/prejuizo-de-r-40-milhoes-faz-empresas-de-onibus-da-capital-pedirem-revisao-de-contrato/?topo=52,1,,,171,77
O prejuizo da Trensurb é facilmente explciado.
Se levar em conta que a trensurb é, sempre foi e tomara que sempre seja subsidiada pelo governo Federal justamente para economizar em outros aspectos.
O ultimo aumento de tarifa foi em 2011 quando saiu de 1,50 para 1,70.
Se compararmos a trensurb faz cerca de 45Km e cobra 1,70R$ e uma linha de onibus do t5 que faz 10 cobra 3,40R$.
Na verdade creio que se todas empresas de transporte tivessem a pontualidade da Trensurb, ninguem se importaria em “pagar imposto para andar de transporte coletivo.
Na Europa se faz muito isso, se subsidia o transporte publico para nao se investir em obras de viadutos, recapiamento asfaltico, cancer de pulmao (causada por poluiçao) e é claro, mortes e invalidez no transito….
Compicado mesmo é pagar 3,40 para ir do Praia de belas ao Aeroporto, sem pontualidade, as vezes sem ar condicionado e com prejuizo.
Thierry, destas empresas reclamarem de prejuízo é HOJE, uma questão de crise, menos pessoas empregadas utilizando transporte público, me refiro ao longo dos últimos anos, a Carris SEMPRE (ou quase sempre, não tenho dados..) deu prejuízo pros cofres públicos, em quanto as outras, nunca vi reclamar de prejuízo. A Metroplan já fez uma apresentação muito positiva pra mudar o transporte coletivo da cidade, não sei porque não passou… https://www.youtube.com/watch?v=TmHMogy0iNc&feature=youtu.be
Eu já tive um pensamento mais “privatiza tudo!!” Mas hoje eu acredito que o unico meio de pagarmos menos impostos, é empresas de grandes faturamentos, darem lucro pros estados.. que é o caso da CEEE, Corsan… Cara… EU NÃO ENTENDO ! Como pode existir QUATRO empresas de onibus em Porto Alegre, e SOMENTE A CARRIS DA PREJUÍZO? Como pode o Trensurb, que atende HUMONTE de populações (trocadilho) dar prejuízo? Acho que o estado deveria atacar essas empresas, fazer um pente fino.. caramba ontem fui lá na estação Mercado fazer meu Sim, tinha um cara lá pra fazer e tal, ninguém na fila.. Imagina a demanda de trabalho desse cara por dia.. deve ser um estagiário que ganha R$ 500 pila.. mas ainda assim… tem um cara desse de manhã e outro a tarde, tem um na Rodoviária, e tem nas outras estações grandes… imagina se atacasse só nesse caso, reduzir a carga horária pra 1hora e apenas dentro de uma estação central, ia reduzir por mês uns 5mil, além de poder alugar pra lojista o ponto que eles ficam… Sabe.. falta uma gestão eficiente nessas empresas, que pense em dar retorno pra cidade.
Não sou contra cortes os em si, mas é absurdo acabar com órgãos como a FEE e a metroplan enquanto são mantidos o BADESUL, FOSPA, FADERS, FTSP, entre outros.
e IRGA
Ola Joao!
Concordo que alguns orgaos nao precisam ser extintos (como FEE). Em relacao a Metroplan, acredito que o estado pode passar o controle para uma associacao dos municipios da RMPA. Nao vejo problemas da CEEE, Sulgas, e CORSAN (que nao foi citada) serem privatizadas.
Espero que com essa e outras medidas o estado possa sair da falencia.
O que realmente gostaria de ver eh uma revisao da distribuicao dos recursos federais aos estados. Bahia recebe mais do que RS e PR juntos, por exemplo.
Thiago, porque a Bahia recebe mais, você sabe?