O dissídio dos rodoviários – uma das variáveis para a definição do valor da tarifa do transporte público municipal – tem data-base em 1º de fevereiro, próxima quarta-feira. Mas para buscar negociação que impacte o mínimo possível na tarifa, o prefeito Nelson Marchezan Júnior chamou antecipadamente os dirigentes da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) para dialogar sobre o reajuste da passagem. Marchezan também determinou à equipe da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) a realização de cálculos técnicos baseados no que está previsto nos contratos da licitação do transporte.
O chefe do Executivo garantiu ainda que, pela primeira vez, uma equipe do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acompanhará desde o início as tratativas para definição do novo valor. Conforme Marchezan, o objetivo é buscar a tarifa mais justa. “Essa é uma negociação que precisa ser absolutamente transparente, respeitando usuários e trabalhadores, e preservando o equilíbrio do sistema de transporte diante do cenário econômico de crise. Vamos fazer uma discussão com a sociedade para apontar o que é prioridade, como isenções e benefícios que hoje pesam no valor da passagem”, afirma o prefeito. Marchezan anunciou para os próximos dias uma consulta pública sobre itens que impactam no preço da passagem, como benefícios, gratuidades e descontos.
De acordo com o cálculo prévio apresentado pela ATP, em reunião na sexta-feira, 27, no Paço Municipal, a tarifa técnica seria de R$ 4,30. O preço técnico calculado pelas empresas tem como base a licitação realizada em maio de 2015 (Concorrência Pública 01/2015), que regulamenta o serviço. Respeitando os itens determinados na licitação, o valor total da passagem tem atualmente a seguinte composição: 49% de despesa com pessoal; 22% de despesas variáveis (combustível, lubrificantes, pneus e recapagens); 9% de lucro; 6% de depreciação de capital (renovação da frota); 5% com a manutenção da frota; 5% em tributos (alíquota federal lei 12.715/12 e custo de gestão da Câmara de Compensação Tarifária); e 4% com despesas administrativas.
Já a EPTC apresentou três estudos: o primeiro cenário é sem reajuste dos rodoviários, ficando em R$ 3,95 a tarifa; caso haja reajuste de 5,15% parcelado em duas vezes (em fevereiro e agosto), o valor seria de R$ 4,00; e, em caso de reajuste de 5,15% pago de forma integral em fevereiro, o valor seria de R$ 4,05. Ainda de acordo com a EPTC, o dissídio dos rodoviários foi estimado em 5,15% baseado na projeção do INPC de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017.
Etapas – Após o acerto sobre o dissídio dos rodoviários, com data-base em 1º de fevereiro, a ATP encaminhará a solicitação de reajuste da tarifa de ônibus à EPTC. Com o pedido protocolado, a empresa realizará os levantamentos necessários para determinação do valor da tarifa técnica, cumprindo os contratos de licitação e a legislação vigente. Depois de concluído o cálculo, o processo de reajuste será encaminhado ao Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu). Os conselheiros do Comtu terão sete dias para avaliar o estudo e votar a aprovação ou não do novo valor da passagem. O resultado da votação será encaminhado ao prefeito para sanção e publicação do decreto no Diário Oficial.
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Aproveitando o topico, gostaria de solicitar a ajuda de todos usuários a também fiscalizar as empresas.
Ainda que a fiscalização das empresas funcionasse, também é papel do usuarii fiscalizar
Eu uso ônibus 4X por semana e no mínimo em metade delas vejo irregularidades.
Hoje por exemplo o onibus que peguei da viva Sul edtava com os pneus traseiros carecas e na mesma viajem duas pessoas não deficientes, não idosas e não mortas de fome mendigas entraram com permissão do motorista pela porta de trás do veículo.
O mais comum é presenciar os cobradores usarem cartões de idosos que sentam na frente para passarem pelas roletas pessoas que pagam em dinheiro e obviamente “embolsar” o dinheiro do pagante.
As denúncias podem ser feitas pelos telefones 156, 118 e pelo app colab.re
Vou dar um exemplo diario de que pessoas entram nos onibus pela porta de tras, pega os onibus da viva sul que sobem os cemiterios, é batata acontecer, e o mais engraçado é que acham lindo ainda, outro detalhe é que o povo quer onibus com ar condicionado, so que quando o ar ta ligado, tem janela aberta no onibus, ai eu pergunto se abrem as janelas por que ar condicionado ?, e os cobradores não falam nada, os consorcios que adquirirem os proximos onibus, peguem aqueles que tem a janela inteira, como tinha na carris a um tempo atras, ai quero ver o povo abrir a janela. peguei o numero do whats app que tinha num onibus da MOB para denunciar e vou denunciar mesmo, chega dessas maladragens que ocorre aqui em porto alegre
Não podemos esquecer que antes da licitação, para composição do preço da passagem se usava o igpm do diesel e com a licitação passou a ser usado o valor de nota fiscal, algo muito mais fácil de se falssificar.
Resolvi ver quanto custa o cobrado, como peso morto dentro de ônibus, e segue os resultados para a Carris.
Média 1861988 km por mês (procempa.com.br). 30 linhas (wikipedia): 1861988km / 30linhas = 62066 km por linha, por mês
Consumo de combustível ao transportar um cobrador (http://www.nrcan.gc.ca/energy/efficiency/transportation/cars-light-trucks/buying/16755) é de cerca de 0.0045 l por km a mais por transportar um cobrador + roleta, cadeira, plataforma… mais ou menos uns 100kg.
Isso é equivalente a 0.0045 * 62066 = 279.2970 l a mais por mês ao transportar um cobrador
Usando o preço do diesel 254.4706 l * R$ 2.40 = R$ 670.31 Por linha por mês.
Só na economia de combustível de transportar peso morto, já dá para dar um aumento considerável para o motorista.
É interessante ver que 49% do custo é com pessoal, dessa porcentagem, quantos são cobradores? Se retirassem os cobradores e adicionassem catracas duplas, uma para quem paga em dinheiro e é isento ou beneficiário e, portanto, precisa de validação do motorista e outra para VT e PA.
Já que o motorista teria que cobrar também seria interessante dois valores e tarifa, uma social, para quem tem o bilhete eletrônico, com valores “quebrados”, como R$ 3,83, R$ 4,07, e quem paga em dinheiro dentro do coletivo pagaria valores “redondos” como R$3,75, R$ 4,00 ou R$ 4,50, sempre mais alta que a tarifa eletronica afim e agilizar o troco e estimular o uso da bilhetagem eletronica.
O salário atualmente é de R$ 2.168 para motoristas e R$ 1.306 para cobradores (Rádio Guaíba 05 janeiro 2016 – 11:03)
1.306 / (2.168+1.306) = 0.3759
Os cobradores representam 37,6% do custo com pessoal ou 37,6*0.49 = 18.42% do custo final da passam.
Se fosse possível eliminar todos os cobradores, sem transformá-los em vendedores de passe eletrônico ou fiscais, a passagem custaria R$3,26 ao invés de R$4,00.
Eu diria que dava até pra ser mais agressivo no valor da tarifa paga em dinheiro, com um valor mais redondo: R$ 5,00. Cinco reais é fácil de pagar, fácil de dar troco, não precisa moeda, enfim, funciona. E a tarifa paga com o cartão TRI seria o valor ditado pelo cálculo. Dá pra manter isso por uns anos até a inflação empurrar os valores mais pra cima e atrapalhar, mas nesse ponto até poderíamos considerar eliminar pagamento em dinheiro completamente. Nesse interim, se arma um sistema de venda do cartão que seja simples e imediato, como por exemplo venda em banca-de-jornal/lotérica/padaria/supermercado. Várias cidades mundo afora já têm isso.
Olhando a composição da tarifa percebo que:
22% despesas variáveis – diretamente proporcional ao tempo;
6% depreciação de capital – diretamente proporcional ao tempo;
5% manutenção da frota – diretamente proporcional ao tempo;
Ou seja, 33% do valor da tarifa é diretamente proporcional ao tempo, mas o usuário paga cada vez que passa pela roleta e não por um período de tempo, como na maioria dos países desenvolvidos.
Essa insistência de usar tarifa a cada vez que o usuário passa pela roleta e toda a gambiarra para transformar tudo em IPK é só para manipular o valor da tarifa.
É que a roleta é uma relíquia antiga é feita de ouro e que requer lágrimas de unicórnio como lubrificação. Por isso pagamos cada vez que giramos ela!
Transporte público que transporta os mais necessitados, é uma caixa-preta. Quero ver um macho para abri-la.
De acordo com a licitação, TEM QUE HAVER RENOVAÇÃO DA FROTA ANTES DO AUMENTO ENTRAR EM VIGOR! São 211 novos ônibus a serem adquiridos pelas empresas privadas (aqui não conto a renovação da Carris, que é mais burocrática porque depende de licitação). Até o momento, nenhum ônibus está pronto (baseado na falta de fotos em sites especializados, no ano passado os ônibus ingressaram na frota em fevereiro e já havia conhecimento das encomendas no final de dezembro), talvez não haja nenhum encomendado. Então falam que a licitação prevê aumento, o que é fato, mas até agora não se tocou no assunto da renovação da frota! E não é qualquer renovação, são 211 ônibus com ar condicionado que devem entrar!
Corrigindo: 215 carros.
Trevo 22 carros
VTC 22 carros
Belém 18 carros
Tinga 16 carros
–> Viva Sul 78 carros
Navegantes 11 carros
Nortran 32 carros
Sopal 32 carros
–> MOB 75 carros
VAP 8 carros
Estoril 5 carros
Presidente Vargas 7 carros
–> Via Leste 20 carros
Gazômetro 9 carros
Sudeste 33 carros
–> MAIS 42 carros
Total: 215 carros
Considerados os que entraram em circulação em 2005, 2006 e 2007, que completam ou já completaram 10 anos em 2017.
Fonte: http://viacircular.com.br/site/?page_id=11
Vish, to vendo que teremos problemas.