Publicado edital para venda de terrenos do Ginásio da BM e da Academia do Corpo de Bombeiros

Venda será feita em lote único no valor total de R$ 125.888.000,00

Terrenos são propriedade do governo do Estado em Porto Alegre | Foto: Juliana Roll / Ascom / Smarh / Divulgação / CP

Foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira o edital para a realização de procedimento licitatório, na modalidade concorrência, dos terrenos do Ginásio de Esportes da Brigada Militar e da Academia do Comando do Corpo de Bombeiros, ambos propriedade do governo do Estado em Porto Alegre. A venda será feita em lote único no valor total de R$ 125.888.000,00.

O lote do Ginásio de Esportes da Brigada Militar, que fica na rua Felipe de Oliveira, tem lance inicial de venda no valor de R$ 40.522.000,00. A área é de 9.849,17m². Já o terreno onde funciona a Academia do Comando do Corpo de Bombeiros do RS está localizada na Rua Silva Só e compreende uma área de 24.788,56m². O valor inicial de venda é de R$ 85.366.000,00.

Conforme a Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos (Smarh), que realizou a publicação do edital por meio da Central de Licitações, parte do pagamento do valor ofertado no lote único ficará condicionada à execução de áreas construídas, por parte do comprador, onde deverão ser instalados os empreendimentos para o Complexo do Comando-Geral, a Academia de Bombeiro Militar e o Complexo de Educação Física da Academia de Polícia Militar, no limite de R$ 34.996.309,72. Outra parte será feita por meio de caução, em uma parcela de 5% sobre o valor da avaliação, entregue no dia da concorrência.

O saldo restante será quitado em duas vezes: 50% no prazo de 30 dias, a contar da publicação do resultado final da homologação no Diário Oficial do Estado. Os outros 50% serão pagos no ato de assinatura do contrato de promessa de compra e venda e permuta por área construída, mediante apresentação de guia de arrecadação.

A permuta por área construída prevê as futuras instalações do Complexo do Comando-Geral e da Academia de Bombeiro Militar na área onde funciona o Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), que terá sua utilização maximizada, e do Complexo de Educação Física da Academia de Polícia Militar em área localizada na Avenida Coronel Aparício Borges. Os dois terrenos são propriedade do Estado na Capital.

Para o titular da Smarh, Raffaele Di Cameli, esta alienação permitirá que o Estado entregue ao Corpo de Bombeiros e à Brigada Militar “edificações novas, modernas e adequadas ao desempenho de suas atividades. Bem como investir uma grande soma em segurança pública, construindo mais presídios para diminuir o déficit existente no Estado”. “Isto é gestão de patrimônio em favor das necessidades urgentes da sociedade”, afirma.

Os interessados deverão apresentar suas propostas em dois envelopes: o primeiro contendo a documentação exigida para a habilitação e, o segundo, com a proposta. Os mesmos deverão estar fechados, indevassáveis e entregues no dia e hora marcados para a abertura do certame, na Sala de Abertura da Central de Licitações – Celic, localizada na Avenida Borges de Medeiros, nº 1501, 2º andar do prédio do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre.

Correio do Povo



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34 respostas

  1. Um mega empreendimento ali numa zona central irá atrair tráfego, mas irá reduzir a necessidade de pessoas se deslocarem de mais longe até lá. Empreendimentos geram tráfego, mas não construir gera mais ainda, pois as pessoas vão construir em locais distantes e terão que se deslocar muito mais.

    • não necessariamente, um empreendimento tem mais o sentido de unificar o que esta distribuido pela cidade e deixar num ponto unico, e não diminuir distancias. Quem ira alugar la não esta na zona rural, já esta na mesma zona mas quer algo mais apresentável.

      • Então algo menos apresentável na mesma zona ficará vago e alguém de mais longe poderá se mudar para lá. O resultado é o mesmo: reduzir viagens.

  2. CÊs tao sonhando? Obviamente não haverá interessados em comprar estes terrenos nestes termos e valores.


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  3. O trânsito desse cruzamento (Ipiranga x Silva Só) já é caótico sem ter praticamente nada nele, imagina tendo algo grande. Quero dizer, longe de mim me opor a novos empreendimentos imobiliários mas, considerando a localização, e o potencial para algo de grande porte, cabe a pergunta: que tipo de compensação urbana se vai pedir disso? Vão dizer “constrói meio quilômetro de ciclovia e tamo acertado”? Ou pior, vai ser um “alarga umas ruas aqui e ali e pronto”?

    Talvez seja hora de pensar em um novo modelo de compensação urbana: quer construir um mega empreendimento em um ponto estratégico da cidade? Beleza, constrói, mas ajuda a financiar alguns quilômetros de aeromóvel/BRT/bonde/metrô/etc na região. Poderíamos até considerar aumentar os limites construtivos (i.e. altura) para empreendimentos que entrarem no esquema. Na Av. Ipiranga, particularmente, está cheio de pontos com parco desenvolvimento predial onde isso poderia ser aplicado.

    • Pelo o que eu li a um tempo atras um quilometro de rodovia custa um milhão de reais,se aplicarmos a construção de uma via dentro da cidade o mesmo raciocinio custaria o mesmo,Metro em Porto Alegre é ficção bonde então mais ainda e aeromovel também deve ser caro e ao meu ver não esta nos planos de ninguem construir um,tirando o do aeroporto.Portanto o empreendedor ao meu ver não vai querer gastar muito se houver necessidade de compensação,provavelmente vai ser um alarga rua e pronto.

      • Renato,

        Tudo depende do tamanho do empreendimento, e os parâmetros que definimos para a cooperação. Não estou propondo que um empreendimento só banque todo o sistema de transporte do eixo; cada empreendimento banca um pedaço, e o conjunto dos vários empreendimentos no eixo acabaria ajudando a baratear o custo total.

        No caso em tela, estamos falando de um empreendimento onde só o terreno custou R$ 128 milhões. Considerando que o terreno tem 30 mil metros quadrados, e supondo o maior índice de aproveitamento construtivo permitido hoje (3.0), teríamos 90 mil metros quadrados comercializáveis. Assumindo um preço médio do metro quadrado de R$ 5 mil, esse empreendimento poderia render algo como R$ 450 milhões. Considerando a margem de lucro da construção civil girando entre 15% e 20%, sobrariam uns R$ 230 milhões para a construção do empreendimento E aporte ao sistema de transporte. Se considerarmos uns R$ 30 milhões para o aporte, sobram R$ 200 milhões para o empreendimento (uns R$ 2200/m2 – praticamente o CUB máximo atual).

        Dependendo do modal escolhido, esses 30 milhões já fariam milagres. Isso poderia virar quase um quilômetro de bonde ou de aeromóvel, ou talvez uns 4 ou 5 de BRT.

        Como eu disse, há outras áreas de baixo desenvolvimento no eixo da Ipiranga que poderiam entrar nessa operação.

        Um exemplo é a área ao norte do Hospital Ernesto Dorneles, no triângulo formado pela Azenha, João Pessoa e Ipiranga, que tem hoje 160 mil metros quadrados. Aquilo ali tem uma ocupação extremamente baixa, apesar de ser uma localização extremamente privilegiada na medida que está perto de 4 eixos de deslocamento. Com um mecanismo similar, envolvendo permissão de aumento do índice construtivo para um empreendimento de grande porte, poderíamos liberar outro trecho do sistema de transporte.

        Existem tantas outras áreas mais: todo o quadrilátero do Hospital São Pedro quase 200 mil metros quadrados de área a densificar. Espaço similar oferece o terreno logo ao seu lado, que hoje sedia dois quartéis do exército. Posições urbanamente estratégicas, privilegiadíssimas no que tange ao transporte, mas que não são aproveitadas ao seu potencial pleno.

    • A prefeitura inventa uma sandice do tipo ciclovia estaiada sobre o Dilúvio que custando 300 milhões o quilômetro e tá feita a compensação.

      • atualmente é fácil essas contrapartidas, tu compensa 2 quadras de ciclovia orçando mais de meio milhão de reais pra isso ahaha

    • Fmbous, todo novo pólo gerador de tráfego gera um estudo de impacto. Com este estudo se define o que será necessário para mitigar as alterações do tráfego naquela região.

      Essas alterações são feitas no entorno do novo empreendimento.

      • A prefeitura já arrecada via impostos quando se constroi e se instalam os empreedimentos. Se eles realmente atraírem muita gente e atividade econômica vai gerar mais imposto pra Prefeitura. Ela então que construa as obras viárias necessárias. Penalizar quem empreende com um monte de exigências só traz burocracia e afugenta o progresso.

    • Este ponto já não pede um viaduto a muito tempo?
      Não que um viaduto resolva todos os imbróglios urbanos da área, mas ajudaria bastante a minimizá-los.
      Assim me pareceria coerente que o Edital já previsse do gênero em termos de contrapartida.

  4. Apenas desejamos que quem adquira tais terrenos saiba escolher arquitetos competentes, antenados com o que há de contemporâneo mundial e que possuam senso estético mais refinado, para fazerem prédios novos dignos de uma capital, algo por favor que seja o oposto do padrão medíocre que prevalece em Porto Alegre por enquanto e infelizmente.

    • Acrescento:
      Que sejam arquitetos locais, comprometidos com o resultado urbano para a cidade ao longo do tempo.
      Não estou dizendo que não existam bons arquitetos ou a possibilidade de bons projetos vindos de fora, estou apenas ressaltando que aqui temos capital humano e capacidade intelectual para também produzirmos algo grandioso.
      No mais, as experiências de importar projetos de “escritórios buffets” de fora da cidade (e do Estado) para empoleirar gente, tem se mostrado bastante deficientes com o comprometimento destes projetos com o entorno urbano. Construtoras como Rossi, MRV, Tenda (e outras) têm este terrível costume de tentar repetir o mesmo projeto para condições sociais/urbanas/culturais/climáticas/geográficas/etc.totalmente distintas.
      Isto é Execrável (no meu ponto de vista).

  5. Maravilhoso terreno com potencial fantástico, mas infelizmente acho que não vai ser fácil encontrar propostas ao nível do esperado:
    1) valor elevado em um momento de recuperação financeira não consolidada no ramo da construção civil;
    2) ano de eleição com cenário incerto;
    3) incertezas por parte “daquela galerinha do contra” que gosta de boicotar este tipo de iniciativa “capitalista” que se “apropria” dos bens do Estado que são “privatizados”;

    Mas, estou torcendo para que tudo dê certo pois a cidade só tem a ganhar com a oportunidade de ali ser consolidado um bom projeto arquitetônico.

  6. Falando em terrenos da prefeitura, eu não entendo por que não pegam aquele baita terreno na Erico Verissimo entre a Alcides de Oliveira Gomes e a Praça Garibaldi onde ficam EPTC e Metroplan e não propõe para uma Melnick o seguinte: vocês pegam o terreno, constrói um conjunto de prédios comerciais e residenciaiais e a prefeitura fica proprietária de 5 andares nesses prédios e uma loja no térreo para atendimento da EPTC. Alocaria todo o pessoal que fica naquele espaço e ainda ganha uma grana,

    • E de contrapartida, poderiam colocar calçamento na praça S.I. Internacional e iluminar a Praça Garibaldi. Seria uma pechincha e mudaria a cara daqueles espaços…

  7. Se houver interessados em participar da LI, será um ganho fenomenal para o estado e para a área atual! Esse contrato foi bem formulado por defender a construção, pela empresa vencedora, de espaços e complexos novos, o que, em tese, diminui as chances do governo receber o dinheiro da venda prometendo construir os espaços e acabar por não fazê-lo.
    Resta esperar pelos próximos capítulos…

  8. Bolão: Zaffari ou Melnick Even?

  9. Um terrenão desses tem lance inicial menor que a dívida da Carris, 60 milhões por ano. Ou a dívida da Carris é absurda ou o terreno está muito barato

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