Primeiro parklet da cidade é inaugurado no bairro Moinhos de Vento

Foto: RICARDO GIUSTI/PMPA

Porto Alegre inaugurou ontem seu primeiro parklet, um pequeno espaço público de convivência montado na faixa de trânsito destinada ao estacionamento. O investimento na estrutura foi feito pelo restaurante Poke’s, em frente ao local, que fica na rua Hilá- rio Ribeiro, próximo à esquina com a Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento.

O parklet é um deque de madeira com bancos e mesas feito para o convívio social. Ontem, devido ao mau tempo, o novo espaço foi pouco utilizado, mas alguns moradores do bairro pretendem frequentar o local, como o jornalista Gustavo Buss, 33. “É superbem-vindo por mim, vou vir bastante aqui. Diminui as vagas de estacionamento, mas a cidade precisa pensar outras formas de mobilidade urbana”, opina.

Atualmente, há mais 12 parklets em fase final de liberação que devem ser instalados nas próximas semanas em Porto Alegre. A legislação atribui a colocação dessas estruturas à iniciativa privada, que também será responsável pela manutenção dos espaços.

Queixas

Proprietários de estabelecimentos da rua, que não quiseram se identificar, não ficaram de acordo com a iniciativa. Não houve qualquer tipo de consulta do proprietário do restaurante, responsável pela iniciativa, nem da Prefeitura de Porto Alegre, com os demais comerciantes sobre a colocação do equipamento.

Segundo eles, um dos principais problemas do bairro é a falta de estacionamento. “O bairro tem muito comércio e serviço e não há muitos estacionamentos privados”, argumenta um deles. Segundo o cálculo que fizeram, o parklet ocupa um espaço onde cabiam de três a quatro carros.

METRO POA



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13 respostas

  1. Eu gosto de carros, principalmente se for a diesel e 4×4, daqueles que poluem bastante mesmo, mas acho esses parklets uma excelente ideia, faz parecer até que a cidade é civilizada.

  2. Muito legal! Acho muito positivo essas iniciativas para embelezar minimamente a cidade. São coisas simples e baratas que melhoram muito o aspecto da região.

  3. Fora do escopo da matéria, mas tenho essa dúvida.
    Os bares podem ampliar seu espaço colocando mesas na rua (calçada), como vemos em vários lugares do centro, maior exemplo disso é na rua da praia. Acho bacana a iniciativa, porém com bom senso para não atrapalhar os pedestres. Pode!
    O casa do mercadinho quer colocar uma placa de PROMOÇÃO na calçada em frente ao estabelecimento, ou a caixa de verduras ficou 30 cm para fora, ocupando espaço na calçada. Vem a SMIC e diz que atrapalha o fluxo de pedestres. Não pode!
    Qual o senso lógico disso?

  4. Estão certos os moradores. Não existem vagas; os estacionamentos pagos são caros, mas estamos vivendo uma época onde o “bonito” é decidido pelo interessado e fim! Não existe integração, não existe análise de viabilidade real das coisas. Esse é o mundo que estamos criando. O tempo do exclusivismo. Só enaltece quem não olha um pouco alem do que esta vendo.

    • Solução: não use carro. Simples.

      Existe várias alternativas se alguém quiser frequentar o bairro: bicicleta, uber, ônibus, táxi.

      • A resposta não é tão simples assim amigo, infelizmente.
        Existem pessoas com mobilidade reduzida ou problemas de locomoção (tenho amigos idosos e obesos) e sei da dificuldade que têm em poder pegar um transporte público, pagar por táxis ou mesmo caminhar. Nem todos são como nós que podem subir numa bicicleta e sair caminhando por aí. Eu, particularmente, ontem fui buscar minha companheira no Femina e penei para conseguir estacionar num estacionamento privado na redondezas pois ela não conseguia se locomover direito devido à cirurgia (vagas públicas por perto, nem pensar).
        As vezes tenho algumas obras pra visitar por essa região e, como venho do interior, sou obrigado a fazer o trajeto de carro quando tenho que levar funcionários ou ferramentes (quando sou apenas eu, estaciono o carro e me desloco de bike).
        Infelizmente o carro, embora seja uma comodidade para alguns, é um meio de socialização e, muitas vezes, de sobrevivência para outros tantos – uma necessidade.
        Sou a favor dos parklet’s e acho que 3 vagas não vão piorar significativamente um problema que já existe em nosso trânsito – a falta de vagas. Também penso que o espeço público de uma rua é muito caro de se construir e importante demais urbanisticamente para ser privatizado e subutilizado com apenas vagas para veículos.
        Cabe sim ao Poder Público pensar em soluções para isso. Eu já fiz um post aqui a respeito, sugerindo que se observassem cidades como Buenos Aires (estacionamentos privados subterrâneos a praças e avenidas) ou outros locais que incentivam no Plano Diretor a construção de vagas de estacionamento.
        Há que se encontrar um meio termo.

        • Não acho que o poder público deva gastar milhões de reais pra fazer um estacionamento subterrâneo. Acho que o poder público deve mais é justamente retirar os carros da rua, incentivando o transporte público.

          Se as pessoas não precisassem usar seus carros para ir trabalhar (deixando o carro ocioso durante 10 horas, estacionado), talvez quem realmente tivesse urgência no uso, como no teu caso, arranjasse uma vaga para estacionar.

          • José…
            Nem eu acho que deva.
            Inclusive, em meu texto deixo claro onde utilizo corretamente as expressões:
            “Cabe sim ao Poder Público pensar em soluções”
            “estacionamentos privados subterrâneos”
            Veja bem, quando falo em “pensar”, me refiro que o Poder Público deve incentivar, orientar, regrar e fiscalizar…
            Quando escrevo “privado”, significa investir, construir, gerenciar e lucrar…
            Para que não hajam dúvidas e/ou má interpretações.

    • Se estacionamento está muito caro, os donos dos estacionamentos devem estar ganhando muito dinheiro. Está aí uma oportunidade de montar estacionamentos, um pouquinho mais barato, atrair mais clientes e ganhar dinheiro também, forçando a tarifa para baixo…

      Uma dúvida honesta a todos: Se um carro é deixado em um estacionamento e sofre um arranhão, o dono do estacionamento é obrigado a pagar. Se um carro está estacionado na rua, onde tem parquímetro, e sofre um arranhão, o estado é obrigado a pagar?

    • ‘o tempo do exclusivismo’. Disse quem usa 4 metros das ruas para andar sozinho em sua caixa de metal.
      E com ou sem parklet, quem vai no moinhos de vento esperando estacionar na rua é burro, nunca há lugar. Devem ser carros dos comerciantes que estacionam de manhã, não de quem vai lá para consumir ou reside, visto isso uma vaga a mais ou a menos não interfere no ciclo do consumo de lá.

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