Prefeitura entrega licença para obras do Pontal nesta quarta

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Empreendimento abrange restaurantes, lojas, centro médico e praça pública  Foto da maquete exposta no show room no local.

O prefeito Nelson Marchezan Júnior e o secretário do Meio Ambiente e da Sustentabilidade, Maurício Fernandes, entregam nesta quarta-feira, 18, às 16h30, a licença de instalação para início das obras do Complexo Pontal, localizado na avenida Padre Cacique, 2.893, bairro Cristal, zona Sul de Porto Alegre. No local funcionou até 1995 a empresa Estaleiro Só, construtora de navios, fundada em 1850.

A licença de instalação refere-se ao empreendimento que abrange lojas, restaurantes, hotel, salas de escritórios, centro médico, centro de eventos, sala de cinema e serviços, totalizando 114.389,72 m² de área a construir, conforme projeto arquitetônico. O documento estabelece condições e restrições quanto à poluição hídrica, atmosférica e sonora, além de cuidados com a fauna silvestre. A licença garante o cumprimento de exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para preservação do patrimônio histórico existente no local e também estabelece a obrigatoriedade de medidas operacionais para carga e descarga.  Os serviços de terraplenagem, drenagem superficial e contenções foram descritos em projeto já apresentado à Smams e contam com responsável técnico devidamente habilitado, assim como o projeto de gerenciamento de resíduos da construção civil.

Praça provisória no local do empreendimento. Fotos: Alexandre Janicsek

O Pontal é um empreendimento da Melnick Even e BMPar. O aporte financeiro é de R$ 375 milhões, totalmente da iniciativa privadaO empreendimento foi objeto de consulta popular em 2009, quando houve a autorização para implantação de prédios exclusivamente comerciais (a construção de prédios residenciais não foi autorizada).

Contrapartidas – Entre as principais responsabilidades do empreendedor está a doação e a urbanização de área que será destinada a um praça pública, com 700 metros lineares, ao longo da orla. O parque deverá contar com arquibancadas e mirantes, píer, pista de caminhada, playground, um memorial do Estaleiro Só e 52 vagas de estacionamento. As obras do parque devem ser concluídas até dezembro de 2020, e as demais, até agosto de 2021.

O empreendedor também deverá destinar recursos de apoio à implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, em valor equivalente a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, com vistas ao atendimento da obrigação constante no Artigo 36, da Lei 9.985/00.

Todos os termos de compromisso referente a grandes empreendimentos firmados pelo Município estão publicados no site da Procuradoria-Geral do Município. Para conhecer a íntegra do termo referente ao Parque Pontal, clique aqui.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, ORLA, Outros assuntos, Parque Pontal, Prédios

11 respostas

  1. Estive este final de semana no estande do empreendimento, no Pontal do Estaleiro. Conversei rapidamente com um corretor associado a respeito do futuro empreendimento.
    Não vou entrar no mérito sobre a real necessidade (ou não) de mais um shopping naquela região, afinal os investidores devem ter avaliado isso. Também não vou escrever aqui o que eu já escrevi em outro post – que ali estarão as vagas de estacionamento e o depósito de materiais de construção com a melhor vista de Porto Alegre.para abrirem ao público antes de iniciar as obras. Coisa simples. Esta área aberta ao público não tem nada de mais em termos de estrutura (até diria que é bem pobre), mas no subconsciente da população faz toda a diferença.
    O corretor que me atendeu estava bem informado, tanto sobre o objeto da comercialização, quanto sobre os benefícios trazidos à região pelo empreendimento. Ele foi treinado para rebater aquelas perguntas do tipo “vão privatizar a orla?”. A explicação sobre os imóveis a venda era tão detalhada quanto referente ao parque público.
    Achei o design externo da base (volume do shopping e estacionamentos) comum, sem nada atrativo ou inovador. É mais uma caixa fechada em si, com um mínimo de portas ou janelas abrindo para o logradouro. Na tentativa de amenizar isso, foi inserida vegetação em canteiros verticais (paredes verdes), mas a caixa segue ali. Na face voltada para o rio há mais permeabilidade, sobretudo no pavimento da praça de alimentação, mas mesmo assim não vi espaço para mesas ao ar livre ou uma praça integrados ao shopping que, por sua vez, não tem ligação direta com o parque da orla – pedestre para ir do shopping a orla tem que cruzar uma via de veículos (me pergunto se realmente esta via deveria estar ali. Acho que faltou essa integração, que transforma um grande empreendimento em um grande parque, amenizando seu impacto no entorno – aqui temos o clássico caso shopping/parque independentes, com relação mais ou menos similar ao que ocorre entre praia de Belas e Marinha.
    Quando olho a maquete e vejo toda aquela laje plana na cobertura penso “que área fantástica perdida”. O projeto pede um pouco mais de verticalidade. Não há novidade para nós – uma caixa opaca servindo de base para uma torre de vidro… mais do mesmo…
    A torre de vidro tem uma bela volumetria e vai ter um trabalho de led inovador em suas fachadas.
    Pelo que conversei a respeito do programa, achei bem interessante algumas estratégias adotadas, muito similares a outros HUBs de saúde, o que me leva a crer que os consultórios médicos em geral (dentistas, fisioterapeutas, clínicos, laboratórios, etc) vão começar a atender um padrão de infra estrutura ao ponto de, com o tempo, se tornarem cada vez mais raros aqueles profissionais atuando em salas comerciais que tanto podem servir para um advogado quanto para um médico.
    A área pública está fantástica, tendo o cuidado de manter a mesma linguagem visual e de equipamentos aditada na parte já requalificada da orla. Vai ficar show !
    Acho que de maneira geral o empreendimento, como um todo, vai somar à cidade ao mesmo tempo que trará um espaço público de qualidade. Foi pensado para não desagradar aqueles que querem que o terreno seja acessível a toda a população – o que não está dentro da edificação é público. De minha parte, de longe a implantação e o programa do projeto anterior (aquele vetado pela população) eram mais adequados ao local (prédios mais baixos, permeáveis entre si como se fosse em meio a um parque e com uma gama maior de atividades em seu programa.
    Um grande defeito sem dúvidas é a inexistência de habitações. Olhando o projeto eu me pergunto “O que beneficia a cidade a inexistência de moradias ali? Como pode passar pela cabeça de alguém achar que não existir gente vivendo no local é algo bom para a cidade? Que prejuízo à cidade traria se ali houvesse gente morando?”.
    São perguntas que faço quando penso nas possibilidades perdidas… quando penso em novos empreendimentos que podem surgir para melhorar nossa qualidade arquitetônica e urbana… e quando penso como vai ser aquela área a noite.

  2. Porto Alegre merece isso, bom urbanismo e edifícios mais belos. #E que venha muito mais disso!

  3. Estou com medo de acabar gostando do governo do Marchezan.

    • se voce trabalha com geometria e b alanceamento ou vende pneus deve estar amando

      • Até parece que as crateras da cidade surgiram há 12 meses. Desde que me lembro por gente porto alegre tem um asfalto horrível, com remendo até em rua de paralelepípedo. E sim, tem uma diferença de postura e de atitude bem nítida do atual prefeito. Não morro de amores, não engulo essa teimosia em aumentar imposto via IPTU, especialmente existindo empresas públicas deficitárias que deveriam ser vendidas como a Carris. Mas é evidente o trato dele em destravar investimentos que tavam atolados, desde procedimentos burocráticos até amarras ideológicas. Refrescando a memória da mentalidade que vigeu a cidade por muitas e muitas décadas (cujo governo ficou pulando de PT pra PDT) já que o povo parece tê-la curta, nunca sabiam de nada, “só deus sabe”: http://i17.photobucket.com/albums/b91/latinohunk/26RSnews/fort.jpg~original

        • Mas aí quando lembro que esse demo do parmesão quer aumentar imposto me dá raiva, essa postura de “todos devemos cooperar” quando quer dizer: paguem mais imposto, me dá raiva. Enfim, quanto aos projetos pra cidade ele não tá fazendo mais que a obrigação, que é destravar e não barrar (que foi justamente o oposto das gestão PT e PDT por isso POA tá hoje tão atrasada em relação a própria cidades do interior do país). Mas pra POA não atrapalhar já é um grande avanço, já que a população e quem tem interesse de investir aqui vai ajeitando a cidade sozinha. Ou seja, entre mortos e feridos, a gestão dele tá mais positiva que negativa, o que é um feito histórico entre os desgovernos que essa cidade já teve. Falando nisso, grata surpresa, morava antes próximo a protásio no santa cecília, e um ano atrás a quadra inteira tava com placa de aluga-se, com exceção duma sorveteria e uma farmácia de manipulação. Hj passei de ônibus ali e vi que o centrinho comercial entre a joão guimarães e a alcidez cruz tá todo ocupado, com bastante movimento. A protásio ainda sofre pra se recuperar da crise, mas as placas de aluga-se tão diminuindo, assim como no restante da cidade. É bom ver que POA tá se movimentando de novo.

        • Semana passada uma militante enrustida começou a chorar no meu ouvido que não tinha árvores na Orla e que ia ser quente no verão, coitada das pessoas, olha o que esse prefeito fez… Daí eu perguntei se ela já tinha ido na Orla e ela me disse que não. Na hora eu soltei um “Bah, essa gente do contra nem foi na Orla e já está reclamando”.

          O projeto não é da b-sta do Marchezan, não foi iniciado na administração do b-sta do Marchezan… Na verdade ele não fez nada, só deu sorte de ser eleito quando já estava bem encaminhado e mesmo assim essa gente tacanha faz de tudo para puxar a brasa para um lado ou para o outro.

          Por isso que não tem gente boa na política, porque qualquer um que apareça, independentemente de ser um gênio ou um b-sta sempre vai ter 50% contra e 50% a favor. Não faz diferença nenhuma… bota qualquer um! Uma hora um é eleito, outra hora é o outro que é eleito.

          • “Sorte de ser eleito quando já estava encaminhado”. Olha, esses projetos – orla, cais, mesmo as obras da copa – tão rolando na cidade há mais de 15 anos, quando POA teve gestão contínua entre PT e PDT muitas vezes conchavados. E nada saiu do papel. NADA. Então muita calma nessa hora, o fato das obras estarem acontecendo é também porque mudou a gestão que tem outra visão a respeito dos investimentos na cidade, essa é uma hipótese de impossível que nada garante se tivesse permanecido o mesmo grupo político no poder as coisas estariam acontecendo, porque elas não aconteceram antes. Como falei, o povo tem memória curta, mas vai ler as reportagens de 2010, 2012 sobre esses investimentos. Toda hora um problema licitatório, um documento extraviado, uma audiência pública faltante, um embargo, uma falta disso e daquilo, um molha mão aqui, outro ali, uma licença ambiental que não sai, uma festa pra alimentar a linha de terra arrasa da mídia tradicional gaúcha, tanto que se arrastou nas gestões passadas sem nada sair do papel. Então não é bem assim, é também fácil pro Fortunati ficar aparecendo em todas as inaugurações de projetos que iniciaram na gestão dele (umas até anterior) sendo que se ele as tivesse feito ele próprio teria se reeleito. E não dá pra esquecer que enquanto todas as grandes cidades tiveram o metrô aprovado na primeira década POA não se mexeu. É nítido que a mudança de gestão fez bem à cidade, o poder executivo em POA tava extremamente aparelhado pra ineficiência, porque ineficiência é cara e sempre exige mais verbas, ou seja, ela é lucrativa pra quem opera a própria ieneficiência. Não contaram era que alguém, com pouca base na própria camara, iria assumir o executivo. Então não, o Marchezan tá tendo seus méritos sim, nem tudo são flores, mas se ele não tivesse essa postura aguerrida em relação a esses investimentos então nada sairia do papel, quando se há má vontade sempre encontra-se motivos de embargo, seja uma desculpa ambiental, seja de que não foi debatido suficientemente com os grupos políticos organizados que atuam na cidade em militância, e assim por diante, porque essa foi a história de POA dos últimos 20 anos, tanto que a última grande obra da cidade foi a terceira perimetral.

  4. que beleza! pelo fim da orla dos matagais cheios de lixo.

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