Belvedere – Porto Alegre terá complexo comercial de R$ 850 milhões

Marchezan comemora projeto com investimento de R$ 850 milhões

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Projeto final foi apresentado nesta manhã  Foto: Luciano Lanes / PMPA

O prefeito Nelson Marchezan Júnior recebeu nesta quinta-feira, 16, os empresários André Meyer e Cristina Kisslinger, proprietários da Belvedere Empreendimentos Imobiliários. Eles apresentaram o projeto final do empreendimento de R$ 850 milhões. “Finalmente, após 20 anos, o projeto vai sair do papel”, disse Meyer. Cerca de 4 mil empregos diretos serão gerados durante a construção do empreendimento.

 

Marchezan afirmou que o Complexo Belvedere é um dos 89 projetos prioritários para a cidade. “Faz parte da nossa política de desenvolvimento para Porto Alegre, com a geração de emprego e renda”, afirmou o prefeito. No início da atual gestão, havia mais de 1.200 projetos em processo de licenciamento. Muitos, como esse, há várias décadas.

A partir do decreto 19.741, de maio de 2017, que dá prioridade a empreendimentos de relevante interesse social, cultural e econômico, o prefeito determinou que os projetos com impacto de gerar crescimento para a cidade tivessem sua análise acelerada. “A partir desta iniciativa que estamos conseguindo tirar da gaveta empreendimentos que irão mudar a cara da Capital”, destacou Marchezan.

“Nosso trabalho diário busca destravar os investimentos em Porto Alegre”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Leandro de Lemos. Também participaram da reunião o secretário municipal de Comunicação, Orestes de Andrade Jr., técnicos da prefeitura e representantes da empresa Belvedere Empreendimentos Imobiliários.

Torre, shopping e hipermercado

A torre comercial, com acesso pela rua Cristiano Fischer, terá 32.000m2 de área construída; 431 vagas de estacionamento; uma praça e uma loja de 4.000m2 com frente para a futura avenida que será construída entre a Senador Tarso Dutra e a Cristiano Fischer. A previsão de inauguração é 2021 e o investimento chega a R$ 200 milhões.

Segundo os empreendedores, o shopping terá 146.500m2 de área total e oito pavimentos, sendo cinco de empresas de serviços e estacionamento, três andares de shopping center, com lojas, cinema, área de lazer e alimentação. A expectativa é que sejam investidos R$ 500 milhões de reais. Com inauguração prevista para 2020 e investimento de R$ 150 milhões, o hipermercado terá área construída de 33.832m2, com dois andares de estacionamento.

Veja as imagens, divulgadas pela empresa

BelvedereShopping (1)BelvedereShopping (2)BelvedereShopping (3)

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Prefeitura de Porto Alegre

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Nota do Blog:

Um abismo separa o projeto atual do antigo projeto lançado na década de 1990.

Poderiam ter feito uma atualização no projeto antigo, e não lançado estes caixotes com arquitetura década de 70 ou 80.

Lastimável projeto.

Obs: o projeto fica localizado no bairro Petrópolis, e não no Jardim Botânico como divulgado em alguns veículos de imprensa.

Veja localização na imagem (clique para ampliar):

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Vejam o projeto original, de 1995:

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Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Economia da cidade, Economia Estadual, Outros assuntos, Shopping Belvedere, Shopping Centers

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18 respostas

  1. O projeto de 1995 era bem mais ousado, em especial com aquela torre/observatório. Concordo com os comentários sobre os blocões, deveríamos ter edificações mais claras e abertas, e não bunkers nucleares. Chamar aquele predículo ao lado de “Torre” é piada, e não espero muito, pois a turminha do atraso já disse que nada pode ser mais alto que a chaminé do Gasômetro. Estes estão certamente loucos depois que parte da orla foi privatizada pelo povo e os lolozentos tiveram que ir para outro lugar.

  2. Antes um projeto não tão belo quanto o esperado do que aquele matagal eterno.

  3. Esse projeto é muito bem vindo. Nós da vizinhança, já tínhamos perdido as esperanças.
    O projeto inicial, era com mais vidros, para visualização mais aberta, dando jus ao nome “Belvedere”.
    Espero que os arquitetos dessa grande obra, valorizem mais a natureza do local.

  4. No município de Porto Alegre não existe (ou não existia, não tenho certeza) IPTU rural. No município também não existe uma região para indústria e IPTU residencial torna inviável. Só o que sobre é serviço, ou seja, comercio e saúde. Não tem muito o que fazer… é shopping ou hospital.

  5. Ou é shopping, ou é “hub de saúde”. Acho que só isso é comercialmente viável nessas bandas pelo visto.

  6. que predio ( torre) mais feio. pelo jeito o arquiteto é filho do dono do zaffari. fazer predio bonito ou feio custa a mesma coisa zaffari. então faz bonito caramba. não tem um predio bonito em porto alegre. os caras tem grana e fazem essa coisa. parece qiue o IAB tem cadeira na administração do grupo

  7. a mania dos caixotões. bem que quem vem em porto alegre não ve nada moderno. até na russia que tinha uma arquitetura horrivel fez um modernissimo centro comercial. com prédios modernos. o grupo zaffari esta encaixotando a cidade

  8. Não gosto entrar no mérito do conceito comercial/imobiliário dos empreendimentos; não é minha área e como sempre digo, ninguém investe uma grana deste porte sem ter se assegurado a respeito a aceitação do mercado.
    Mas a verdade é que shopping – sendo para publico A, B ou C – não deixa de ser shopping. Shopping tradicional ou”com um mix diferenciado”- não deixa de ser shopping. De fato, teremos mais um shopping.
    A menos que o conceito de projeto arquitetônico seja totalmente diferente do que conhecemos em Porto Alegre, acho que teremos mais do mesmo…
    Mas algo é salutar – a envergadura do empreendimento. Não sei se todos têm idéia do que significam quase 200.000 m² de área construída. Para se ter uma noção, o Conjunto Nacional (primeiro shopping da América Latina inaugurado nos anos 50/60 em SP) tinha cerca de 111.000 m² de área total (comercial, serviços e residencial) e era uma das maiores edificações em área construída no Brasil (o conceito de usos do conjunto nacional, para mim, seria perfeito par o atual Pontal… opinião pessoal).
    Além de impressionar em tamanho, o aporte financeiro também se destaca..; R$ 850.000.000,00.. Isso é uma quantia que poucas vezes Porto Alegre teve oportunidade de receber em um empreendimento privado. O mercado local da mão de obra da construção civil, vai aquecer se esta obra iniciar e terminar no prazo estipulado.
    Um aparte… 850 milhões tu constrói uma torre comercial de alto padrão, constrói um mega shopping, constrói um hipermercado… mas mal termina a ponte do guaiba que tem custo estipulado em 720 milhões. O custo desta ponte esta mega-faturado..

  9. projeto terrível, parece uma fábrica.
    Caixotes brancos cercado de jerivas, invés de aproveitarem a mata nativa do terreno pra agregar ao projeto. Pelo visto o formato caixa Bourbon Wallig sera repetido pelo Zaffari, medo dos futuros empreendimentos com esse conceito ultrapassado de caixa de lojas.

    E já que farão uma nova rua, poderiam ja ter posto uma ciclovia no lugar dessa calçada gigante para pedestres.

    • Mata nativa? Como se algum arquiteto ou paisagista ou imobiliária soubessem o que é isso, toda a vegetação do pampa e da mata atlântica é reduzida unicamente nessa palmeira medonha e sorumbática: o jerivá. PAVOR. Uma verdadeira praga urbana, entre mais de mil espécies botânicas, a única lembrada e mais terrível, pobre e decrépita.

      • Além disso, desmatar uma nata nativa pra depois replantar “árvores nativas frutíferas”. Quando vocês lerem isso em qualquer empreendimento, preparem-se lá vai toda a bela vegetação pro chão em troca dum exército infinito de jerivás pra sugarem toda a beleza em troca da deterioração urbana típica de onde se planta esse coqueiro dos inferno. MENOS JERIVÁ, MAIS ARAUCARIA, IPE, JACARANDÁ.

  10. Com certeza é um investimento importante para esta cidade, e muito bem vindo. Agora tomara que essas imagens sejam apenas ilustrativas, uma ideia vaga apenas e que os investidores optem por um projeto arquitetônico mais rico, moderno e bonito esteticamente, daí sim! Me parece inclusive que há uma brecha em POA em termos de shoppings no tocante ao padrão alto luxo, e vemos que Sampa, Rio e até mesmo Recife contam com lojas de grifes internacionais em shoppings. Na região Sul mesmo Curitiba vejamos tem o seu Shopping Patio Batel, que abriga um pool seleto de lojas de grife, e a meu ver ao menos um andar inteiro desse novo shopping porto-alegrense deveria ser reservado para o alto padrão sim, que ainda não existe na capital gaúcha. Por si só isso seria um diferencial e também uma forma de manter dinheiro, um bom dinheiro diga-se, na própria cidade.

  11. O investimento e de bom tamanho, o que e bom para a economia da cidade.
    Duas questoes que gostaria de colocar:
    1. A cidade precisa de mais um shopping? Shoppings estao indo para extincao.
    2. Sera que nao caberia um investimento mais elaborado nessa area nobre da cidade? Talvez seja o momento de discutir o limite de altura dos predios em POA.

    Enfim, fico contente de saber que mais uma area que esta inutilizada vai passar a gerar impostos para o municipio, valorizar a regiao (o que gera mais impostos).

    • O shopping parece que vai ter um enfoque diferente, não totalmente varejo. Da uma olhada aqui neste trecho da matéria do Jornal do Comércio:

      “O anúncio é o último movimento em um projeto iniciado ainda em 1995, a princípio com a ideia de apenas um shopping center. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado pelos empreendedores em 2006, por conta da existência de reservas de águas subterrâneas que exigiram adequações no projeto. O contrato com o Zaffari, por exemplo, foi assinado ainda em 2000. As torres e o shopping ainda dependem de acerto com parceiros que construam e administrem os espaços, que estão em tratativas avançadas, segundo o diretor da Belvedere Empreendimentos Imobiliários, André Meyer da Silva. A demora fez com que o próprio projeto do shopping, inicialmente voltado 100% ao varejo, também tivesse de ser mudado. “Espaço para mais um shopping tradicional não há, então foi preciso construir um mix diferenciado que atenda o mercado atual”, argumenta Silva. A proposta do centro comercial será de uma oferta maior de serviços, lazer e espaços de saúde, aliados ao comércio tradicional. A empresa garante que as obras iniciais, como a limpeza do terreno para os três empreendimentos, começam assim que a Licença de Instalação for emitida. Segundo a Prefeitura, a previsão é de que a liberação saia em até 30 dias. – Jornal do Comércio (https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2018/08/644136-grupo-anuncia-complexo-com-hipermercado-zaffari-em-porto-alegre.html)

    • Discutir o limite de altura em Poá? Mas isso já é discutido faz anos, tanto é que não existe prédios altos na cidade. Haha
      Sobre shoppings, concordo, eu mesmo não gosto de ir em shopping, mas o gaúcho tem uma paixão por esse tipo de ligar, em Porto Alegre vale a pena, desde que seja bem projetado. Só não pode ser um Bourbon Wallig da vida.

      Sobre o projeto, as imagens não me parecem ser finais, são de longe sem muitos detalhes, ainda assim, prefiro o projeto antigo.

      Mas sabe como é, acho que é exigência para um projeto sair do papel em Poa, precisa pegar ele, tirar as atrações principais. Pontal do estaleiro que o diga.

    • Bruno, muito bem colocado. Claro que um investimento desse porte deve ser comemorado, PORÉM…mais um shopping? Pior, mais um caixotão? Pelo amor de Deus, onde estudaram os arquitetos que elaboraram isso? Fico com receio que o Grupo Zaffari, parceiro desse empreendimento, faça os mesmos caixotes futuramente na área ao lado do Praia de Belas que pertence a eles. Ou no Nacional da Encol (dizem que é deles também). Aquela área verde poderia ser melhor aproveitada. Olhem o sucesso da Orla. As pessoas querem lugares abertos, amplos, bem cuidados… e se houver lojas e residencias junto a espaços assim seria o máximo. Basta de construir “bunkers” de consumo! Só tenho a lamentar que continuem construindo estes blocos gigantes

      • sim, shopping! Na rua não tem como ficar, então que se tenha um lugar um pouco mais seguro. Pena a “torre” ser tão nanica… deveriam liberar a altura que quisessem em um projeto especial como este. Mas no fundo combina com a falta de visão da aldeia.

    • Faltou os limites do Bairro Jardim do Salso, do lado direito de quem sobe a Cristiano Fischer, que vai desde a Ipiranga até a rua Palestina. Os limites entre Petrópolis e Jardim Botânico também são um pouco diferentes do que na imagem. Mas o principal está certo, a área fica no Petrópolis.

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