Prefeito apresenta sistema de cercamento eletrônico das vias da cidade

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Marchezan falou sobre a importância do modelo para o serviço de inteligência  Foto: Cesar Lopes/ PMPA

“A partir de hoje todos os pardais de Porto Alegre, além de cumprirem seu papel na fiscalização de trânsito, estão captando as placas e mandando informações sobre veículos roubados ou furtados para Secretaria da Segurança Pública, Brigada Militar e Polícia Civil”, anunciou na manhã desta quinta-feira, 23, o prefeito Nelson Marchezan Júnior. A Prefeitura de Porto Alegre, juntamente com a Companhia de Processamento de Dados (Procempa), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Secretaria Municipal de Segurança (SMSEG), concluiu o sistema de cercamento eletrônico das vias internas da Capital. O anúncio foi realizado no Centro Integrado de Comando (Ceic), com a participação do secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer.

Com a implementação de funcionalidades nos controladores de velocidade, será possível identificar e rastrear veículos, suas rotas de fuga, contribuindo para o planejamento das ações de segurança com mais assertividade. O sistema começou a ser desenvolvido no ano passado e desde o início de 2018 os pardais vêm recebendo aprimoramentos, com a integração de câmeras com OCR (reconhecimento de placas) instalado nos equipamentos. São 140 faixas monitoradas em 45 locais (115 faixas Perkons + 25 câmeras Dome). Agora, ao todo, Porto Alegre conta com monitoramento em 70 locais, incluindo os pardais e as demais câmeras de videomonitoramento da EPTC.

A partir dessa tecnologia é possível oferecer imagens de melhor qualidade e visualização mais nítida dos números das placas.As câmeras leem a placa do carro e enviam as informações para o sistema, que consulta a base integrada do Estado à procura de irregularidades, como se o veículo é furtado ou roubado, ou se está com o licenciamento vencido. Em caso positivo, emite um sinal de alerta. O monitoramento é acompanhado em tempo real pelo Centro Integrado de Comando da Capital (Ceic) e pelo Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS).

O secretário Cezar Schirmer destacou o pioneirismo de Porto Alegre na integração do sistema. “Este modelo que está sendo apresentado aqui precisa ser replicado para todo Estado, tornando o Rio Grande do Sul a primeira Unidade da Federação totalmente cercada eletronicamente. Esta integração com o município é vital para a segurança pública”, disse.

A inteligência aplicada no desenvolvimento do software, via Procempa, e a integração com as câmeras do município e parceiros colaboraram para que este tipo de solução tenha alto potencial de uso e custos baixos para a adoção tecnológica.

O prefeito frisou ainda que a importância maior do sistema é o serviço de inteligência que será proporcionado. “Não podemos gerar a expectativa de que o cercamento eletrônico está completo. Também não estamos dizendo que todo veículo captado será abordado. A estrutura de monitoramento vai gerar inteligência capaz de elaborar um banco de dados com informações de onde os veículos são roubados, tipos de crimes praticados ou rotas de fugas. Porém, alguns veículos serão imediatamente abordados”, concluiu o prefeito.

Próximos passos – 47 câmeras em 25 novos pontos, com foco nas lombadas eletrônicas. Com a integração dessa etapa, as vias internas da cidade contemplarão 100% dos controladores de velocidade. Outra fase, que será ainda iniciada em 2018, contemplará as entradas e saídas de Porto Alegre. Além disso, para 2019, está previsto um incremento no videomonitoramento de veículos com a parceria de estacionamentos da iniciativa privada, além do uso da nova Área Azul para monitorar veículos irregulares.

Estiveram presentes no evento também o vice-prefeito Gustavo Paim, vereadores, secretária municipal de Segurança,Claudia Cristina Santos da Rocha; secretário municipal de Serviços, Urbanos Ramiro Rosário; secretário de Comunicação, Orestes de Andrade Jr.; secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Leandro de Lemos; diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti; diretor-presidente da Procempa, Paulo Miranda; coordenador do Ceic, cel. Solon Beresford; coordenador operacional do Ceic, cel. Antonio Osmar da Silva; chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt; comandante do 9º BPM, tenente-coronel Rodrigo Mohr; promotor de Justiça, Luciano Vaccaro; diretor técnico da Procempa, Alexandre Horn e o gerente do projeto Gabriel Meneghetti .

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Outros assuntos, segurança

15 respostas

  1. Pelo o que eu sei Londres é uma cidade toda vigiada,cameras privadas em determinados locais são ligadas a centrais de controle da policia,já que não se pode trancar os ladrões por mais tempo pois a lei não permite já que dizem que as cadeias tão cheias pelo menos isto pode atrapalhar um pouco os negócios desta gente.

  2. Este prefeito é um estelionatário. Caloteiro, não paga o trabalhador mesmo tendo dinheiro em caixa como amplamente demonstrado pelo TCE e pelo portal de transparência do município. Paralelamente, em conversa com amigos de longa data, inclusive amigos de família ligados à produção rural lá da região de São Gabriel e Santa Maria, confessou que há dinheiro para saldar os compromissos como servidores, terceirizados e fornecedores, mas disse que a estratégia da gestão é dizer que não há grana. Projetinho político muito sujo e desleal. Quer defenestrar o servidor da gestão. Cadê o plano de acabar com a buraqueira da cidade, por exemplo? Esse mentiroso travestido de prefeito tudo o que faz é apresentar programinhas tecno-fakes. Um gestor que não gere, um intendente que não governa. Um pseudo-alcaide mas uma verdadeiro babaca.

    • Se você entendesse de orçamento, saberia que dinheiro em caixa não significa autorização para gastar. Cada despesa tem que ser prevista na lei. Criticar é fácil, não é teu CPF que será processado por descumprir a lei de responsabilidade fiscal e a lei de diretrizes orçamentárias. Não sou fã desse prefeito, mas prefiro alguém assim, que tem uma postura mais cautelosa com o dinheiro público. Tá ruim? Vai falar isso pra quem tá procurando emprego….

  3. E a informação de circulação (data, hora, local) de todos os carros individualmente identificados, vai ser armazenada como? Vai ser vendida pra quem?

    Porque só alguém muito inocente acharia que isso não vai ser comercializado por baixo dos panos.

    • Não existe privacidade em espaço público e a informação das placas é informação pública. Muito mais perigosa é o CPF na nota, em que o governo rastreia as transações comerciais entre indivíduos. Qualquer um pode instalar uma câmera na janela de seu apartamento e rodar um OCR guardando as placas dos carros que passam. Não vejo problema nisso.

      • Mas o CPF para nota pelo menos ainda é uma coisa voluntária, enquanto que o das placas vai escanear geral.

        E sim, eu concordo, é uma coisa que você faz em público, em teoria não há expectativa de privacidade. Mas nossos conceitos de expectativa de privacidade ainda vêm de uma época onde não se imaginava a viabilidade de vigilância integrada nessa escala, nem tampouco as consequências imprevistas disso – hoje é o marketing invasivo, amanha serão perseguições étnicas? Eu penso que é justamente por isso que a União Europeia já saiu na frente e legislou o assunto com a GDPR.

        • Exagero e não é porque é voluntária que é menos perigosa. As informações que a Facebook tem de ti é muito mais perigosa que as câmeras da prefeitura e ninguém é obrigado a entrar no Facebook.

          Afirmar que as câmeras identificando o número das placas vai se transformar em perseguição étnica, principalmente no Brasil onde não há preconceito étnico e sim socioeconômico, é muita piração.

    • Eu já aceito que o que faço na rua pode ser monitorado, que meus dados de movimentação, compras, exercícios, etc, tudo isso já é mercadoria. Espero que no futuro eu possa ser remunerado por isso de alguma forma, mas com pouca esperança. No mais eu quero saber quantos carros roubados são identificados vs quantos desses carros identificados são recuperados por um determinado período. Mas obviamente a nossa prefeitura nunca vai divulgar a incompetência do próprio sistema.

  4. o prefeito que se vendeu como todo tecnologico só agora esta conseguindo fazer isso?

    • O prefeito pode ser tecnológico, mas a máquina pública está muito longe disso. Me surpreende que ele tenha conseguido fazer algo assim tão rápido…

      • Guilherme, o problema não é a máquina pública, é a gestão!!! Sempre foi problema de gestãoe continua sendo! A Procempa conseguiu fazer isto para a prefeitura a um custo menor que o setor privado. Informe-se!

        • Eu concordo contigo, inclusive acho que menos de dois anos entre ele assumir o cargo e implementar o sistema um tempo bom. E independentemente de gestão, tudo esfera pública leva em geral mais tempo, é a forma como funciona o direito público.

        • Discordo. O problema é a máquina pública e não a gestão. Já passou tanta gente pela prefeitura e é improvável que todos exerçam exatamente a mesma gestão.

        • Bobagem! Se ela praticou preço menor, por acaso ela rateou todos os custos dela no preço, fixo e variaveis. A procempa vive do próprio subsidio da prefeitura, provavelmente por isso praticou preço mais baixo. Põe ela para vender serviços no mercado e sobreviver só da venda e vamos ver o real custo dos produtos desenvolvidos.


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