Começa a ser instalada a nova Área Azul de Porto Alegre

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Região central concentra 33% das vagas de estacionamento e 38% dos parquímetros  Foto: Divulgação / PMPA

O Centro Histórico de Porto Alegre começou a receber nesta terça-feira, 18, a nova Área Azul da cidade. O prefeito Nelson Marchezan Júnior visitou nesta manhã a rua Sete de Setembro, na altura do número 555, local onde foi instalado o primeiro equipamento e realizada a pintura da sinalização horizontal. O prefeito observou que Porto Alegre está desde 2010 operando os parquímetros de maneira transitória e agora poderá entregar para a população um serviço de qualidade. “A Área Azul democratiza o espaço público e movimenta o comércio. É uma forma de melhorar a vida das pessoas que precisam estacionar e daquelas que querem ver seus comércios lotados”, disse.

A região central concentra 38% dos 220 parquímetros de Porto Alegre e 33% das cerca de 4,2 mil vagas de estacionamento da cidade. Na primeira etapa, chamada de Centro I, serão 726 vagas e 50 parquímetros. O número de vagas representa 18,30% do total das ofertadas em toda a cidade. A previsão é que a etapa seja concluída em 40 dias. Enquanto isso, os antigos equipamentos da região central foram desligados e os agentes de fiscalização orientados sobre a suspensão da cobrança no local.

A empresa Zona Azul Brasil, que vai explorar a área, também realizou a pintura das faixas de segurança, que não fazia parte do contrato, mas foi um pedido especial do prefeito Marchezan. O diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, destaca que o serviço está sendo realizado para beneficiar a população: “Esta é uma entrega para Porto Alegre. Teremos uma cidade mais limpa e melhor cuidada”, explicou.

O diretor da empresa, Claudinei Barduque, explicou que Zona Azul Brasil está dando prioridade para sinalização do local e que os cronogramas de entrega devem ser cumpridos: “Uma nova etapa só começa quando termina a anterior. A prioridade é sinalizar o local e deixar em pleno funcionamento. A previsão é entregar o sistema completo em março do ano que vem”, disse.

Funcionalidades:

 – Pagamento no equipamento por meio de cartões de crédito, débito, moedas e também por aproximação, conhecida pela sigla NFC (Near Field Communication), dependendo da plataforma bancária do usuário.
– Pagamento por meio de aplicativo gratuito para smartphone com cartões de crédito, débito e boleto bancário. O aplicativo Digipare – Área Azul Digital – é simples e intuitivo. O usuário cadastra os dados pessoais e dos veículos; seleciona o período de estacionamento desejado de acordo com a sinalização local; consulta créditos e bônus que possui; pode utilizar um alarme no App para avisar quando o período comprado irá vencer e, se precisar estender o tempo e as regras da via permitirem, pode comprar novos créditos, sem a necessidade de voltar no veículo.
– Haverá postos de venda credenciados que aceitarão dinheiro para a emissão do tíquete avulso do rotativo.
– Os valores adquiridos nos parquímetros ou pontos de vendas poderão ser ativados por SMS gratuito ou pelo telefone pela central de relacionamento.
– A fiscalização também se atualizou. Agora será realizada de forma eletrônica pela consulta das placas.

Prefeitura de Porto Alegre



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11 respostas

  1. Esse texto abaixo demonstra muito bem porque a zona azul é inconstitucional.

    http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/cobran%C3%A7a-em-zona-azul-uma-poss%C3%ADvel-inconstitucionalidade

    Se o objetivo é evitar que um carro fique muito tempo ocupando o espaço, basta não exigir dinheiro para impressão dos tickets.

    Se o objetivo é arrecadar, se trata de tredestinação.

  2. Cada vez mais difícil vir trabalhar de carro no Centro. E o pior é que não oferecem alternativas adequadas. Só entraves para desestimular.

    • sim, os gênios querem tudo vazio, vão matar de vez o centro. Onde passa carro camelô não monta banca!

    • Sinceramente eu não consigo entender como alguém usa carro para ir trabalhar/passear no centro. Qualquer meia hora que tu precisar colocar teu carro num estacionamento tu já paga a ida e a volta do Uber, ou a passagem de ida e volta do ônibus. Até a passagem da lotação é possível ser paga, apenas com meia hora de estacionamento privativo.

      No mais, o centro simplesmente não comporta carros. Qualquer faixa de pedestre tu precisa esperar alguns minutos pra deixar todos os pedestres atravessarem. Não faz sentido usar carro no centro.

      • José,

        O que mais me intriga é que (na minha observação pessoal e portanto limitada) esse tipo de posição vem de gente que se diz de direita e pró-livre-mercado. Ora, se o espaço para estacionar é um recurso escasso, nada mais natural que ele tenha preço.

        Permitir estacionamento gratuito junto ao meio-fio em áreas centrais é justamente o oposto do que o livre mercado apregoaria, e no fim das contas teríamos a sociedade como um todo arcando com um custo (o espaço que o carro gasta) para o benefício de poucas pessoas.

        Pra falar bem a verdade, eu acho que a área azul como está hoje vai contra o livre-mercado, pois pratica um preço muito abaixo e, no limite, é uma arrecadação que se perde. Para mim, não deveria haver estacionamento gratuito em nenhuma rua do Centro Histórico, e o preço deveria ser pelo menos o dobro do que é hoje em algumas partes.

        • Concordo contigo. Por mim, a princípio, não teria que existir estacionamento na rua no centro. Justamente para diminuir o uso de veículos por lá. Porém, se é pra ter, que seja pago.

          O que não consigo entender são as pessoas que veem essa situação (poucas vagas, preço alto de estacionamento, dificuldade para se locomover de carro) e mesmo assim optam pelo carro.

        • Discordo do trecho “vem de gente que se diz de direita e pró-livre-mercado”. Acho que a maioria dos meus amigos são de esquerda e eles criticam a área azul acusando a cobrança de estacionamento de “ganância capitalista”.

          No mais concordo em absoluto com tudo.

        • Espaço para estacionar deveria ser gratuito em toda a cidade. Isso é apenas mais um achaque ao cidadão. O espaço é público, mas vc não tem liberdade de utilizar. Se o objetivo é aumentar a rotatividade dos carros, para que exigir dinheiro? Imprima gratuitamente o ticket com um limite de tempo. Se vc passou do tempo, é multado. Mas cobrar é uma limitação as liberdades constitucionais de livre locomoção.


          https://polldaddy.com/js/rating/rating.js

    • Acredito que vá ajudar quem precisa trabalhar de carro no centro, pois com a cobrança muitos que não precisam optarão por usar ônibus ou Uber.

    • Acho que há razões em ambas as linhas de pensamento – em quem depende do carro e naqueles que creem que o centro deve priorizar o pedestre e o transporte público acima de tudo. Pessoalmente me identifico mais com a segunda opção.
      Mas de certo modo temos que reconhecer que as áreas de estacionamento privativo no Centro são, além de insuficientes e caras, muito precárias. Comecem a reparar na “qualidade” do espaço edificado pelos estacionamentos centrais. Reparem no “profissionalismo” dos responsáveis pelo atendimento. Reparem na “formalidade” do registro de checkin e prestação de nota fiscal. Vejam as condições de acesso e manobrabilidade do lugar. Agora pense o quanto se paga para utilizar um espaço de 12 m² (quando muito) nestas condições. Temos que convir que, ao passo que muitos queremos que se retirem as vagas das áreas centrais, também precisamos oportunizar que novas vagas sejam criadas a partir da iniciativa privada.
      Dentro deste contexto seria importante que o Poder Público incentive que a iniciativa privada invista nessa área, crie espaços de qualidade para atrair o particular, retire os veículos das ruas e gere impostos – sim, gere impostos, como qualquer serviço prestado !
      Como incentivar?
      Bom, aí entra numa seara que o setor técnico da prefeitura pode resolver. Talvez incentivando índice construtivo, flexibilizando taxa de ocupação do terreno, descontando IPTU para imóveis com este uso, disponibilizando subsolo abaixo de áreas públicas (esta para mim é a melhor), etc.
      Possibilidades existem e todos podemos ganhar com isso.
      Mas a verdade da qual não podemos fugir é – o Centro está intransitável, desconfortável e inseguro no que tange à relação veículoxpedestre, e a circulação e o estacionamento de automóveis na região contribuem em muito para isso. Algo precisa mudar.

  3. Gosto dessa inovação, mas honestamente eu preferia que houvesse um plano para eliminar as vagas de rua nas regiões centrais, com o espaço físico sendo revertido para os pedestres e mobiliário urbano.

    Em Santiago do Chile, as comunas mais centrais praticamente não têm mais vagas de rua, e a principal opção pra estacionar passou a ser estacionamentos subterrâneos construídos sob ruas e avenidas através de concessão à iniciativa privada. Pra mim, é uma ideia bem razoável e que pode ser estudada.

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