Obra da Plínio aguarda nova desapropriação

Impasse. Prefeitura tenta reintegração de terreno para execução de trincheira, mas empresário afirma que sua saída não é necessária

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Dono de borracharia que funciona no local busca na Justiça manter o negócio | BRAYAN MARTINS/PMPA

Após a desapropriação do terreno onde havia uma revenda de carros, no cruzamento da avenida Plínio Brasil Milano com a Terceira Perimetral, agora é uma borracharia que impede o início dos trabalhos para a construção de uma passagem de nível entre as avenidas, segundo a prefeitura. No entanto, o proprietário da oficina entende que a questão não é técnica, acusando a prefeitura de atender a interesses de um segmento da população.

Carlos Boeckel, 55 anos, é o dono da borracharia, que opera no local, conforme ele, há 32 anos. Boeckel entende que a prefeitura está tentando a desapropriação do terreno para atender aos interesses de “gente influente”, como ele classificou. “A única coisa que eu tenho é isso aqui. Agora querem me tirar por interesse, porque eu acho que é isso.”

Boeckel admite que não tem a escritura do terreno, mas está em processo judicial para adquirir a posse por usucapião. Ele conta que a sua família está fixada no local há 43 anos e que ele permanece por entender ser sua herança.

O dono da borracharia afirma já ter recebido a procuradoria do município no local e estabeleceu uma negociação com o poder público. “O procurador veio aqui e eu me comprometi a doar os 6m2 que aparecem no projeto. De uma hora para outra, mudaram de planos.” Questionada, a prefeitura afirma desconhecer tal acordo.

O empresário lembrou da existência de outro estabelecimento, um posto de gasolina que fica do outro lado da avenida. “Por que do posto ninguém fala? Nada contra o pessoal do posto, mas só querem me tirar daqui por interesse”, reforça.

O Metro Jornal enviou questionamentos à prefeitura sobre a necessidade de executar a desapropriação para a obra, como pretendia realizar o processo, sobre irregularidades no local, se há outra desapropriação necessária, entre outros. O Executivo municipal se manifestou por meio de nota, na qual responde que há uma ação de reintegração de posse tramitando desde janeiro de 2014 e que já obteve decisão favorável e, agora, está aguardando o mandado judicial.

Carlos Boeckel diz não ter planos caso seja obrigado a deixar o espaço onde trabalha, mas não pretende desistir de manter o seu estabelecimento. “Vou até o fim.”

Caso da revenda de carros

O terreno onde funcionava a revenda de carros já está sob posse da prefeitura. Foram 12 anos de disputas judiciais para que houvesse a reintegração de posse. A Procuradoria Geral do Município destaca que não há como a reintegração de posse ser revertida, já que o cumprimento do mandado não se deu por liminar na Justiça, mas como procedimento de final de processo.

Jornal Metro POA – 24/09/2018



Categorias:Outros assuntos, Trincheiras e passagens de nível

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5 respostas

  1. Se houvesse real intenção de fazer logo este viaduto, a obra ja teria começado e ele seria construido em módulos, por exemplo no sentido centro bairro ja poderia haver a pista, afinal aquele trecho alem de ter espaço nao depende de desapropriaçao.

    As vezes parece que ninguem quer que essa obra aconteça…

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    • fica evidente na imagem de satélite que tanto o prédio atras da borracharia quanto o do sinduscon, do outro lado da rua, já são alinhados com as futuras alças da rotula. Mas o Borracheiro se acha no direito de dar uma de engenheiro de tráfego e dizer que não precisa sair dali. Só nesta terra sem lei chamada Brasil…

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