Missão CAF avalia projeto do trecho 3 da Orla do Guaíba

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Imagem do trecho 3 do Projeto de Revitalização da Orla

O prefeito em exercício Gustavo Paim recebeu, na manhã desta terça-feira, 27, equipe de representantes da Corporação Andina de Fomento (CAF) do Banco de Desenvolvimento da América Latina. O encontro faz parte da chamada Missão CAF, que envolve o acompanhamento do trecho 3 da Orla Moacyr Scliar, área entre o Anfiteatro Pôr do Sol e o Parque Gigante do Sport Club Internacional, que deverá dispor de espaços de lazer e locais para a prática de esportes. A Missão CAF também inclui a verificação do andamento e qualidade de outros projetos já em execução na Capital.

A equipe da CAF, composta pelo diretor executivo da instituição, Diego Vettori, e pelo especialista técnico da Diretoria de Projetos e Desenvolvimento Social, Paulo Rodrigues, reforçou o apoio na continuidade do trecho 3 e exaltou o impacto positivo do trecho 1 da Orla dentro da Corporação. “O trecho 1 tornou-se um case de sucesso para toda a CAF. Temos profissionais realizando estudos no Uruguai, Argentina, Colômbia e Peru sobre o que foi feito aqui em Porto Alegre. Com certeza, é a maior extensão de intervenção urbana que engloba aspectos sociais e econômicos da história de projetos da CAF”, afirmou Rodrigues.

Para Paim, a execução do projeto do trecho 3 é uma das prioridades do Executivo municipal. “Até aqui percorremos áreas essenciais e já temos experiência do que deu certo e errado. A equipe técnica trabalhará com todo o empenho possível para superar as dificuldades financeiras e burocráticas e repetirmos as notícias positivas da primeira entrega.”

A agenda de reuniões da Missão CAF segue até esta quinta-feira, 29, com uma revisão geral do Programa Orla POA, que prevê requalificação da orla do Guaíba, do Centro Histórico e de vias urbanas.

GVP - Representantes da Colombia e da Bolívia, do Banco de Desa

CAF reforçou o apoio na continuidade do trecho 3 e exaltou o trecho 1 da Orla  Foto: Ricardo Giusti/PMPA

Programa Orla POA – O valor total de financiamento com a Corporação Andina de Fomento (CAF) é de US$ 92 milhões, que se divide em: 11% para desenvolvimento institucional, 83% para infraestrutura, revitalização da Usina do Gasômetro e áreas do Centro Histórico, obras de mobilidade urbana e recuperação de vias, 5% para gestão do programa com auditora e apoio técnico e 1% para outros gastos como comissão de financiamento. Atualmente, o saldo existente é cerca de US$ 45 milhões.

Também participaram da reunião os secretários municipais de Planejamento e Gestão, Juliana Castro, da Cultura, Luciano Alabarse, da Comunicação, Orestes de Andrade Jr., adjunto da Infraestrutura e Mobilidade, Alcimar Arraes, adjunto da Fazenda, Rogério Rios, adjunta interina da Procuradoria-Geral, Clarissa Bohrer, e o diretor da EPTC, Marcelo Soletti.

Melhorias em Porto Alegre:

 

Trecho 1 Orla Moacyr Scliar – Com investimento de R$ 71 milhões, financiado pela Corporação Andina de Fomento – Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a prefeitura entregou, em  29 junho deste ano, 1,3 quilômetro de Orla revitalizada. Pela Lei 12.402, de 23 de abril de 2018, o trecho foi batizado em homenagem ao médico e escritor porto-alegrense. O espaço conta com ciclovia e passeio público, mirante, quadras esportivas, ancoradouro para barcos de passeio turísticos, quatro bares e um restaurante panorâmico. A obra foi projetada pelo arquiteto Jaime Lerner.

Parque Urbano da Orla do Lago Guaíba – O Parque totaliza 56.700 metros quadrados. O segundo trecho planejado, entre a chamada Rótula das Cuias e o Anfiteatro Pôr do Sol, deverá contar com espaços de lazer. O terceiro compreende o trecho entre o Anfiteatro Pôr do Sol e o Parque Gigante do Sport Club Internacional e deverá dispor de áreas de lazer e espaços para a prática de esportes. Está previsto ainda um quarto trecho até o Arroio Cavalhada.

Requalificação de vias – Com R$ 54 milhões em recursos provenientes de financiamento do Banco de Desenvolvimento da América Latina – Corporação Andina de Fomento (CAF), estão sendo executadas obras de pavimentação, drenagem e passeio público em um conjunto de sete lotes, contemplando 39 vias.

Prefeitura de Porto Alegre

 



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Orla Moacyr Scliar, Outros assuntos, Projeto de Revitalização da Orla

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18 respostas

  1. Acho tudo muito legal. E assim, não se trata de barrar a vista do Guaíba, longe disso, mas prever um, APENAS UM, espaço para você ver a paisagem protegido pela sombra seria bacana…Não é pedir muito.

  2. Fala Gilberto, já tem alguma especulações sobre data de início do trecho 2??? E negociação com o Grêmio, devido ao CT do cristal, no trecho 4???

    • O Grëmio finalmente vai devolver o espaço, enquanto o isso o Internacional vai fazer uma cerca verde pra impedir que se veja os campos a partir da avenida.
      Não sou contra a existencia do chamado “Parque Gigante”, só acho que o acesso deveria ser livre.

  3. Espero que o pessoal da militância da arquitetura entenda definitivamente o porquê de se contratar alguém por “notório saber”, ao invés de se fazer concursos de estagiários. Hoje em dia quem questiona o trabalho do Jaime Lerner? A orla virou um case de sucesso e não foi por acaso. Parabéns ao Fortunati, por ter bancado o início de tudo, e ao Marchezan, por estar tratando a continuação como prioridade.

    • Perfeito. Valeu cada centavo do investimento! Agora falta só arrematar os detalhes. Na frente das quadras tem umas torneiras aonde deveriam existir chuveiros na área externa aos vestiários. Se arrumar esses detalhes, fica perfeito.

    • Não sou da área da arquitetura, mas eu preferiria ter visto um concurso para conhecer outras propostas. Não acho nada especial a reforma que foi feita. O que a torna especial é o contraste com o abandono que estava antes. Não saberemos, portanto, se a reforma foi cara ou barata.

      • Sem dúvidas, eu também prefiro concurso.
        Não tiro os méritos do trabalho do arquiteto Jaime Lerner e seu escritório (inclusive, dos estagiários que passaram horas detalhando e desenhando este projeto), mas sempre serei a favor do concurso público nestes casos.

        Não acho que o concurso de arquitetura vá obrigatoriamente gerar um mal resultado, como alguém escreveu acima, afinal é uma seleção embasada em critérios técnicos em que escritórios e profissionais de “notório saber” podem concorrer com os demais.
        Concurso também é menos suscetível a politicagens, sendo um processo de escolha mais transparente e muito mais democrático com a verba pública e o anseio da população (não quero dizer que concurso é isento de falcatruas ou resultados não satisfatórios, mas sim que é menos suscetível a ambos).

        Concurso de arquitetura é modalidade reconhecida e utilizada no mundo todo.
        Acrescento que sede da Fundação Iberê Camargo, projeto premiadíssimo internacionalmente elaborado pelo arq. português Álvaro Siza, é fruto de um concurso interno realizado por entes privados.

        Pergunto: se o resultado da obra não fosse o esperado… Alguém sustentaria opinião contraria a concurso?

  4. Andando pela Orla se percebe a quantidade de Skatistas circulando. É bastante gente praticando um esporte saudável e utilizando um equipamento ecologicamente correto para mobilidade.
    Certamente uma área para a prática deste esporte seria bem vinda nesta região.

    • Até para evitar maiores conflitos e uso inadequado do lugar, como já aconteceu.

    • Está prevista a construção de uma grande pista de skate, no trecho 3, ainda maior que a do Parque Marinha. Se não me engano será a maior do Brasil.

      • Me informaram que será a maior da America latina.
        Eu já vi as imagens do projeto (não sei como se chama, não são renders, são desenhos técnicos, sei lá), vai ser realmente enorme.

      • Que bom saber !
        Uma observação.
        Tentei pedalar na ciclovia da nova orla domingo.
        Impraticável !
        E não é por falta de espaço para as pessoas ou por mal planejamento da ciclovia. É falta de noção mesmo. As pessoas caminham em grupos (casais, famílias, amigos, etc) na ciclovia e não estão minimamente preocupados em possibilitar que o ciclista tenha chance de circular também.
        Pais brincam com as crianças sobre a ciclovia sem se dar conta do mal exemplo que passam aos filhos.
        Gente senta na ciclovia em rodas para tocar violão ou tomar chimarrão…
        Tudo isso acontece ao lado de um espaço maravilhoso de permanência do cidadão.
        Já faz tempo que venho passo por isso, mas pensava que era coisa de orla lotada apenas.
        Fica o desabafo.

        • Fui la no domingo a tarde e percebi isso também.
          Fiquei indignado.
          Falta orientação ou alguma campanha pra orientar as pessoas. Se bem que não precisaria se as pessoas pensassem um pouco né…

  5. Queria saber de quem foi a brilhante ideia de apresentar uma proposta com dezenas de campos de futebol kkkkkkk

    • Creio que já existem vários campos (precários) ali Thiago. E sempre são muito utilizados. Seria uma melhoria do que já existe e criação de outros equipamentos. Não entendi o motivo da crítica. Por acaso tu já foi naquela área ?

      Outra coisa: não são dezenas, pelo que vi são uns 5.

    • No Aterro do Flamengo no RJ existe uma área parecida. São campos de grama sintética mantidos pela prefeitura. É muito legal, tu passa as 3h da manhã e tem gente jogando futebol lá. Se criar os espaços públicos certos, eles são ocupados.

  6. Ótimo, mas… espera-se que seja feito algo grande e de destaque e que não privilegiem tanto o tal futebol, aproveitando bem a área e garantindo usos para outras modalidades de esporte e lazer, sejam tradicionais ou alternativas. Algo para tornar essa orla esportiva tri bacana, diferenciada e com isso destacá-la até mesmo em nível internacional. Nada de pequeno e comum com esse padrão essa mesmice aí de campos de futebol, não só isso por favor, ainda mais em uma área com tamanho potencial.

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