Ciclovia da Ipiranga oferece riscos

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Ausência de proteção lateral oferece risco de queda no arroio Dilúvio | FOTOS: JOÃO MATTOS/ESPECIAL

Sob as atuais condições da ciclovia da avenida Ipiranga, há dúvidas se é mais seguro pedalar nas pistas exclusivas para bicicletas ou entre os carros nas faixas de trânsito comum. Ao longo do percurso, o ciclista enfrenta uma série de riscos. Em um trecho, o pavimento está tomado por rachaduras. Em outro, falta proteção contra quedas no arroio Dilúvio.

Os problemas foram constatados pela reportagem do Metro Jornal, que percorreu a ciclovia de bicicleta entre a rua Santana e a avenida Salvador França. No trecho mais antigo, a pista oferece risco de queda devido ao surgimento de rachaduras. Em algumas partes, raízes já aparecem expostas como obstáculo.

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Em trechos da parte mais antiga da ciclovia, o piso está tomado por rachaduras ou deformado por raízes de árvores

Em abril deste ano, o Ministério Público notificou a Smim (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana) para que fosse feita uma listagem de trechos a receberem manutenção. Segundo a Smim, reformas são feitas a partir de solicitações da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), do MP ou dos próprios usuários.

De acordo com a Smim, no dia 7 passado foram feitos trabalhos de conservação do asfalto em três trechos: junto ao Palácio da Polícia e na altura das ruas Gomes Jardim e São Manoel.

Outro perigo que os ciclistas enfrentam é a falta de guarda-corpos junto ao Dilúvio no trecho mais novo da ciclovia. Há proteção na parte entre a Silva Só e a João Guimarães, mas a partir deste ponto, até a Lucas de Oliveira, o risco de queda aumenta, principalmente nos locais onde a pista fica afunilada por conta de postes da rede de alta tensão. Segundo a EPTC, o trecho não está liberado oficialmente, mas não há como isolar o local.

Antonio Vigna, coordenador de projetos cicloviários da EPTC, justifica a ausência da proteção pelo processo de construção das ciclovias, que são feitas a partir de contrapartidas da iniciativa privada. “Possivelmente, os guarda-corpos sejam instalados no primeiro semestre do ano que vem. O que a gente pode fazer é priorizar onde a pista fica mais estreita.”

A ciclista Camila Zacche, 34 anos, aponta ainda outra situação perigosa: quando o sinal está verde na Ipiranga, os carros podem converter sobre a ciclovia. Mesmo que o sinaleira esteja fechada para as bicicletas, a diferença de fluxos confunde.

Para finalizar a ciclovia na avenida, há ainda 1.700 metros a serem construídos entre a Lucas de Oliveira e a av. Salvador França. METRO POA Ipiranga. Falhas no pavimento e falta de guarda-corpos são os principais perigos que ciclistas enfrentam na via Ausência de proteção lateral oferece risco de queda no arroio.

Jornal Metro Porto Alegre – 17/12/2018

Publicado sob licença.



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9 respostas

  1. é a velha cultura de so construir ciclovia de maneira que nao atrapalhe mais ninguem nem nada

  2. Pra lembrar: essa obra começou em Setembro de 2011 e até hoje não está pronta.

  3. Ainda assim é beeeem menos arriscado que ao longo da via. Não é a toa que ao longo da Ipiranga há um trilho na grama onde não tem ciclovia.

  4. alguns semáforos da ciclovia não funcionam, travaram no vermelho há meses.
    Mas a parte mais perigosa da ipiranga é a falta da iluminação, fica bem perigoso pedalar lá a noite, não da pra ver os buracos da ciclovia

    • Quanto aos semáforos: eles não abrem para ciclistas enquanto tu não pressionar o botoeira. Mesmo acionando a botoeira eles não abrem?

      • Não sabia dessa, pois os outros funcionam sem isso. Esses que estão sempre vermelhos notei só em um da ipiranga, e outro na josé do patrocínio.

        • Alguns podem funcionar sem pressionar a botoeira por estarem ligados ao de pedestres, mas quando é somente para ciclistas, a travessia só é acionada com a botoeira. Tente fazer um teste nesse da Ipiranga (esquina da Santana?) e da José do Patrocínio.

          • É isso mesmo. A botoeira fecha a sinaleira exclusiva para conversão a esquerda, para os carros que vem pela Ipiranga sentido centro bairro. Além da botoeira, há placas sinalizando para o ciclista apertar o botão. Em outros cruzamentos, não há necessidade de botoeira pois o semáforo para carros já dá conta.

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