Projeto-piloto do Cais abre no 2º semestre

Novo atraso. Estrutura temporária terá restaurantes, lojas e opções de entretenimento com estacionamento para 600 veículos

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Projeto do chamado marco zero, que abriria no dia 26 | CAIS MAUÁ DO BRASIL/DIVULGAÇÃO

O marco zero do projeto de revitalização do Cais Mauá tem um nome: Embarcadero. Ele já está em obras e será aberto ao público no início do segundo semestre. A estrutura temporária chegou a ser anunciada pelo prefeito Nelson Marchezan Junior para a próxima terça-feira, junto à celebração do aniversário de Porto Alegre. O diretor-presidente da Cais Mauá do Brasil, Eduardo Luzardo, explicou que não houve tempo hábil para a construção da estrutura, visto que a licença só saiu em 8 de março.

O projeto custará cerca de R$ 5 milhões, ancorado pelas empresas Estapar, DC7, SafePark e Tornak. A estrutura ficará ao lado da Usina do Gasômetro e abrangerá a área até o armazém mais próximo, o A7. A ideia é inaugurar restaurantes, lojas, opções de entretenimento e, possivelmente, salas de faculdades e de coworking. Junto ao armazém, às margens do Guaíba, serão instalados de oito a dez opções gastronômicas. Outras seis ficarão no restante da área. Perto da Usina ficará um estacionamento 24 horas para 600 carros, já em construção.

A área, de 20 mil metros quadrados, funcionará por aproximadamente quatro anos – período em que o consórcio prevê reformar os armazéns. “A gente começa a trazer olhares de atratividade para investidores. Haverá demanda, e ela exigirá mais armazéns”, declarou Luzardo.

No futuro, o armazém A7 será demolido – é o único não tombado pelo patrimônio histórico. A ideia, enquanto isso, é usá-lo como depósito e, ocasionalmente, como espaço para eventos.

Recursos

Dos R$ 130 milhões captados via fundo de investimento para o projeto de revitalização do Cais Mauá, R$ 47 milhões foram empregados até o momento. Luzardo, que está à frente do projeto desde outubro, informou que os recursos foram gastos em projetos arquitetônicos, obtenção de licenças e custos operacionais, como de segurança patrimonial (que custa R$ 100 mil por mês). Parte do total – não informada – está bloqueada judicialmente, e o destino do restante é apurado pela Polícia Federal. Desde junho do ano passado, o fundo de investimento é administrado pela LAD Capital.

O investimento total no complexo é estimado em R$ 500 milhões, contemplando a reforma dos armazéns e a construção de torres comerciais e de um shopping a céu aberto. Com a instalação do marco zero, ao menos um passo para o projeto completo estará sendo dado.

JORNAL METRO POA – 22/03/2019



Categorias:Outros assuntos, Projeto de Revitalização do Cais Mauá

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13 respostas

  1. Surreal ! Deprimente ! Como uma cidade e uma sociedade permite que se ghegue a uma situação destas …. justaamente na sua área urbana mais representativa….. Meu Deus…. Olhem só “Nossas Façanhas”… ” De modelo à toda Terra” !!!! Enquanto perdurar esta Esquisofrenia Cultural, conviveremos com vexames como este !

  2. Estacionamento pra 600 carros? Onde cabe uma monstruosidade dessas?

  3. A qualidade dos renders dão uma boa noção de como está sendo tratado este trabalho.
    Imagine você, querendo agradar a população com algo que ainda gera certa polêmica – primeiro passo é providenciar belos renders que vendam e façam as pessoas desejarem que aquilo se concretize.
    Não parece ser este o caminho adotado quando se larga na imprensa este tipo de imagem.

    • Exatamente Josiel. Render não da uma noção exata de como vai ficar. Outra coisa: o povo não quer plano piloto. Quer resultados definitivos, quer o projeto original pronto. Isso aí é só pra enganar. Por mim, cancelava esse contrato e fazia nova licitação. Mas antes, faria concurso para projeto arquitetônico.

  4. Já chamam de projeto piloto porque daqui um tempo vai pelos ares.
    Mais uma ilusão pra justificar esse consórcio fajuto continue com a concessão.

  5. Por que estou com a impressão de que vai ser uma tapeação? Me veio até em mente a banca que vende bolinho de peixe frito, na frente do terminal Parobé.

  6. Estapar e SafePark… as operadoras de estacionamento já estão definidas, enquanto as das lojas e das operações de gastronomia. Vê-se o objetivo do projeto, é explícita a intenção.

  7. Mais uma vez prometendo a entrega de uma obra e que certamente não vai ocorrer.
    Torço sempre para estar errado, mas cada vez fica mais fácil acertar quando as promessas são vazias

  8. Nada contra a utilização temporária do espaço. Acho super válida. Porém o que me preocupa é termos uma empresa com licença para ocupar e administrar toda a área do cais, envolvida em um ação da polícia federal e com valores bloqueados por ação judicial. Isso acaba preocupando qualquer futuro investidor e adiando cada vez mais o projeto de revitalização do centro.

    • Essa da ocupação temporária é incrível. Me faz lembrar a baita falcatrua que são os quiosques “temporários” nos shoppings. A alegação < fajuta > é de que são temporários. Porém é uma burla descarada à aprovação do projeto original no quesito área de locação bruta. Aprovam com x m² de ABL e colocam mais um bocado de adensamento locável sem pagar por esse excedente. Essa é uma malandragem que o poder público não tem culhão pra regularizar e faz vista grossa há décadas.Isso se chama renúncia fiscal. Ah,e só pra lembrar: o projeto Cais Mauá já morreu há mais de um ano. Velado e sepultado.

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