O projeto de melhorias da infraestrutura do Porto Alegre Airport, no Rio Grande do Sul (RS), engloba uma grande gama de ações em todo sítio aeroportuário – desde as áreas de acesso público, como estacionamentos e parte dos terminais de passageiros (denominadas landside), como as áreas com acesso restrito, tais como pátios de aeronaves, taxiways, pistas de pouso e decolagem, vias de serviços, sistemas de auxílio a navegação, muros e guaritas (chamadas de airside).
As obras atendem o acordo de concessão firmado em 2017 entre a Fraport Brasil e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). À frente dos trabalhos está o Consórcio HTBM, integrado pelas empresas HTB, Tedesco e a Construtora Barbosa Mello.
Maior conforto, mobilidade e serviços – landside
As ações previstas para o terminal de passageiros estão concentradas no Terminal 1, que contará com a expansão do espaço, reforma do edifício existente (retrofit), construção de um novo píer e incremento da área comercial, resultando em mais serviços à disposição dos usuários.
Estão previstas também intervenções no modo operacional, visando uma maior capacidade de processamento de passageiros e bagagens, eficiência nos fluxos e mais conforto para os passageiros.
Na área externa do aeroporto, será construído um novo edifício garagem, ao lado do prédio atual, e novos bolsões de vagas que irão atender a demanda de usuários que promete aumentar.
Segundo o Acordo de Concessão, o aeroporto deverá prover pelo menos 4.300 vagas.
As áreas destinadas para o transporte público também passarão por adequações e melhorias, garantindo maior fluidez e segurança ao trânsito de pedestres e veículos.
Eficiência e maior capacidade operacional – airside
De modo a viabilizar a operação de voos de maior duração – com mais carga e combustível – será realizada a extensão da pista de pouso e decolagem em 920 m, representando um incremento de quase a metade da atual, que contabiliza 2.280 m. Esse prolongamento envolve não apenas os serviços de obras civis relacionadas à pavimentação, mas também a adequação dos sistemas de macro e microdrenagem do aeroporto, melhorando o funcionamento das áreas operacionais e o entorno imediato do sítio aeroportuário.
Nesse sentido, haverá adequações nos sistemas de balizamento, sinalização (vertical e horizontal) e navegação aérea, redes de fibra ótica, implantação de áreas de escapes (RESAs) nas cabeceiras 11 e 29 da pista, bem como o nivelamento da faixa preparada – região no entorno da pista que tem por objetivo garantir a segurança operacional do aeroporto.
A capa asfáltica também será recuperada, de modo a atender ao novo mix de aeronaves que o aeroporto receberá, especialmente as aeronaves código E.
Para garantir a segurança do sistema elétrico e o atendimento a todas as normas e legislação vigente sobre o assunto, está sendo implantada uma subestação de energia de 69Kv, com entrada de medição, novos equipamentos e ramais de alimentação. Essa subestação visa não somente melhorar a infraestrutura instalada, mas também unificar as entradas de energia do sítio aeroportuário, viabilizando o aumento de carga e atendendo às ampliações previstas tanto em landside quanto em airside.
O valor das obras de expansão, reforma e melhorias do Porto Alegre Airport, assinado com o Consórcio HTBM é superior a R$ 1,0 bilhão. Com início no começo de 2018, os trabalhos devem prosseguir até meados de 2021.
Ficha técnica – Melhorias no Porto Alegre Airport (RS)
Gerenciadora: Intertechne Projetos de engenharia e estrutural,
Construção e montagem: Consórcio HTBM (HTB, Tedesco e Barbosa Mello)
Andrea Pal, CEO da Fraport Brasil, na época da assinatura do contrato para assumir o Aeroporto de Porto Alegre, destacava o compromisso da operadora em dar mais eficiência ao terminal, além de se voltar para melhoria dos serviços para o passageiro.
Principais volumes e dimensões da obra
- Movimentação de terra: 4.000.000 m³
- Concreto estrutural: 60.000 m³
- Vidro: 180.000 m²
- Cabos: 1.400.000 m
- Estacas: 150.000 m
- Asfalto: 30.000 m³
- Grama: 900.000 m²
Fonte: Revista OE
Categorias:Aeroporto Internacional Salgado Filho, Outros assuntos
O que seria aeronaves código E?
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São as de grande porte, excetuando o Airbus A380 e o Boeing 747-8.
Ou seja, são exemplos da categoria E o Airbus A340-300, o Boeing 747-400, o Boeing 777-200, Boeing 777-300 e o MD-11. Importante salientar que essas aeronaves já pousam eventualmente no Salgado Filho mas sem tanques cheios ou sem carga completa. Com a nova pista, poderão sair carregados com carga completa até destinos intercontinentais.
Se alguém quiser complementar as informações, fique a vontade.
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