Obra parada. Governador Eduardo Leite demonstra preocupação com a possibilidade de o projeto se alongar ainda mais na capital
A demora de oito anos desde a assinatura do contrato do governo do estado com o consórcio Cais Mauá do Brasil chegou a um limite. O governador Eduardo Leite decidiu se envolver, e há possibilidade até mesmo de rompimento no contrato. Mas a situação não é tão simples. Ontem, após reunião com um grupo de trabalho que avaliou o cenário, Leite decidiu encaminhar o caso à PGE (Procuradoria Geral do Estado), que analisará o que pode ser feito.
A empresa tem dificuldades para realizar as obras. O dinheiro do fundo de investimentos que foi criado para financiar os trabalhos parece ter evaporado, prejudicando investidores – entre eles fundos de pensões espalhados pelo país, inclusive o IPE (Instituto de Previdência do Estado). Dos R$ 130 milhões captados, R$ 47 milhões foram empregados até o momento em projetos arquitetônicos, obtenção de licenças e custos operacionais, como de segurança patrimonial. Parte do total – não informada – está bloqueada judicialmente, e o destino do restante é apurado pela Polícia Federal.
Até agora, de concreto, só a apresentação do chamado marco zero, para o próximo dia 22. Será um projeto-piloto da área. Assim mesmo, o governador tem receio, por enquanto, de desfazer o negócio. “Precisamos ter segurança jurídica, seja qual passo iremos dar. O Cais é um local estratégico não só para a capital como todo o estado e, por isso, não podemos correr o risco de estender ainda mais as obras”, afirmou Leite, sobre a necessidade de se começar o projeto do zero, incluindo a tramitação de licenças que consumiram vários anos. Depois que o relatório passar pela PGE, Leite garante que tomará uma decisão. Antes, ainda se reunirá com representantes do consórcio.
Contrato
O vice-prefeito Gustavo Paim se manifestou sobre o assunto, pedindo que o processo seja resolvido o quanto antes. Já a empresa informou, em nota, que pediu audiência com o governador “para fins de debate e formalização de um acordo de repactuação contratual”. A empresa já deve R$ 6 milhões ao estado pelo arrendamento da área.
Categorias:Outros assuntos, Projeto de Revitalização do Cais Mauá
Quem vai ou quem deixa de executar é algo resolvível. Leva tempo, causa transtorno, esfria os ânimos… mas se resolve.
Problema é voltar a abrir caminho e dar ouvidos àquela galera que nada faz e de tudo reclama. Àquela galera que põe ideologia politiqueira e polemiza tudo que não for de seu agrado, como se somente sua opinião valesse (reitero que o debate deve existir, mas debate técnico e não ideológico).
Ontem na rádio Bandeirantes já havia um vereador que iniciou filosofando sobre este assunto da incompetência do Consórcio Cais Mauá e terminou polemizando entre capacidade do setor público e do setor privado no que tange à execução de grandes obras públicas…
Tanto setor público como setor privado, provado ao longo da história e dos fatos, têm corpo técnico competente para qualquer obra civil deste porte – somos um país com profissionais maravilhosos e que logrou façanhas no campo da engenharia/arquitetura que poucos países conseguiram no mundo.
Este tipo de polêmica a esta altura do campeonato em nada acrescentam e só municiam gente que fala bem e age mal.
Independente de como se desenrolará a história, é importante que não se perca a boa vontade já angariada em uma parcela da população e das entidades representativas sobre o tema.
Estas pedras no caminho, tão prejudiciais a todo o processo, não podem arrefecer os ânimos daqueles que querem para o Centro de Porto Alegre um futuro urbano melhor.
Que se aprenda e se evolua com estes percalços, mas que não se deixe de buscar os objetivos já traçados.
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Olha isto cheira a mutreta e das grandes,quem é que liberou dinheiro do IPE para este pessoal?
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Ediçao de um jornal com varias colunas defendendo com unhas e dentes o consórcio e em nenhum momento levantando o prejuízo causado por deixar o espaço fechado por tanto tempo e os constantes atrasos na obra. Parece até coluna patrocinada.
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