
OTÁVIO FORTES/DIVULGAÇÃO
Que os parklets são destinados a uso público não é novidade. A instalação de um desses equipamentos urbanos por uma empresa que não é um café, bar ou restaurante é que destoa do comum. Foi o que aconteceu na rua Carlos Trein Filho, 551.
A incorporadora Melnick Even colocou o parklet com o objetivo de ampliar a “cumplicidade da empresa com a cidade”. O investimento foi de aproximadamente R$ 85 mil.
Jornal Metro – POA – 18/04/2019
Categorias:Outros assuntos, Parklets
Penso ter sido um tiro no próprio pé. Essa esquina já é caótica por natureza. O trânsito no local é bastante intenso e nos dias em que fazem os famigerados eventos de vendas de imóveis que mais parece uma liquidação da Rua 25 de Março em São Paulo, o local torna-se intransitável. Isso tudo agora aliado a esse Parklet. Porto alegre realmente não é para amadores.
Acrescentar taxas burocráticas, valor de projeto, mobiliário…
Parece algo barato e simples , mas não é.
Bom interessante a iniciativa e a proposta.
Reparem que ele, o parklet, se adapta ao desnível da rua, conformando patamares. Por outro lado, pela imagem, não consigo perceber a maneira da acessibilidade a cadeirantes que é questão fundamental na cartilha de diretrizes sobre parklets em POA – se bem que pela inclinação que a caixa de rua parece ter, nem mesmo o passeio público é naturalmente acessível. Pelo menos o piso tátil está ali.
Pode não parecer, mas isso é uma questão bastante interessante pois, ao que tudo indica, houve uma flexibilização por parte do poder público quanto às exigências de acessibilidade. Talvez estejamos diante de uma situação de bom senso em uma questão delicada em que, como tudo que trata temas de minorias no Brasil, é muito difícil existir raciocínio para além da fria escrita da Lei (claro que nestes casos a lei é o resultado de anos de luta na busca por condições dignas, mas nem sempre ela é viável de aplicação prática).
A norma NBR 9050 diz rigidamente que o equipamento público deve ser acessível universalmente, mas pergunto: e quando o ambiente urbano para acessar ao equipamento não é acessível universalmente, de que adianta adianta o equipamento ser?
Quem lida com setores intransigentes de aprovação sabe como são descabidas algumas exigências e, por uma visão cega e não lógica de “inclusão” as vezes criamos absurdos.
Mas, enfim, comento apenas para não deixar passar…
Parabéns ao pessoal da Melnick por mais esta iniciativa de aproximar a cidade a equipamentos públicos de qualidade, amenizando um pouco o impacto urbano de seus empreendimentos.
Melnick? kkkk Tenho cada coisa pra contar….
Primeiro parklets da cidade que integra o verdadeiro sentido dos parklets
85mil num parklet?? achei que isso custasse no maximo 10 mil
Madeira custa uns R$200,00 o m2, sem mão de obra, sem verniz/pintura, prego/cola… O preço é esse mesmo para a madeira ficar ao ar livre.