Prefeito disse que o muro do Cais do Porto criou uma metáfora para outros obstáculos difíceis de se derrubar na Capital

Foto: Joel Vargas/PMPA
O prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior, em discurso na apresentação do Cais Embarcadero, realizado na noite de segunda-feira, afirmou suas intenções para a retirada total do Muro do Cais Mauá. Marchezan disse que o muro do Cais do Porto criou uma metáfora para outros obstáculos difíceis de se derrubar na Capital.
O mandatário da cidade afirmou o interesse: “Eu quero derrubar o Muro do Cais da Mauá, eu gostaria de ser o piloto do trator que irá derrubar o muro. Temos muitos muros que deveriam ser derrubados, mas que não são por medo.
O Muro da Mauá, considerado necessário pelo corpo técnico da prefeitura para conter eventuais cheias como a de 1941, propôs um substituto mais baixo ou alguma outra saída com menor impacto.
O corpo técnico da prefeitura de Porto Alegre propôs uma outra alternativa ao muro, uma construção mais baixa, ou uma saída de menor impacto aos cofres do município.
Categorias:Outros assuntos, Projeto de Revitalização do Cais Mauá
marchezan tá desviando as atenções pra poder aprovar aumento do iptu
CurtirCurtir
“Ou então, percebendo que não vai conseguir entregar a revitalização do cais antes do final do mandato, resolveu trazer o assunto polêmico do muro à baila de novo, de modo a se “vacinar” por eventual incompetência.” (Enrico)
Este é o ponto. O prefeito quer encobrir um projeto falido, através da REcriação da polêmica do muro. Puro desvio de foco (premeditado). Para tal, convocou um vereador estafeta para gargantear a público, e um advogado amiguinho para sustentar a necessidade da remoção do muro no jornalzinho amigo do prefeito (ZH), através de um artigo publicado ontem no referido meio de comunicação. Marchezan mandou a campo os seus lacaios de aluguel.
CurtirCurtir
Algumas reflexões:
1) Se o projeto do Cais Mauá (Embarcadero) tivesse saído do papel, como era o compromisso da empresa vencedora do certame, e tivéssemos aquela área ocupada, com restaurantes, cafés, comércio, áreas para atividades culturais, a questão do muro não estaria assim tão no centro das discussões.
2) Não sei absolutamente nada dos bastidores das negociações, mas o fato de esse tema do muro ter voltado aos holofotes, trazido pelo prefeito, não duvido que tenha sido resultado de uma conversa dos administradores do consórcio com o Jr.
3) Ou então, percebendo que não vai conseguir entregar a revitalização do cais antes do final do mandato, resolveu trazer o assunto polêmico do muro à baila de novo, de modo a se “vacinar” por eventual incompetência.
4) Infelizmente, o tema da segurança pública ainda está longe de ser resolvido na cidade. Não é de se duvidar que, mesmo conseguindo derrubar o muro, os futuros administradores do cais erguessem um outro tipo de cerca, alambrado ou aqueles muros de concreto vazado mesmo. Vai saber…
5) O sistema de diques e casas de bombas que temos na cidade toda é uma obra COLOSSAL de engenharia, que circunda praticamente a cidade inteira. Tentem imaginar o custo absurdo de uma obra como essa, meio século atrás. Agora tentem imaginar o trauma pelo qual a cidade passou, a ponto de aceitar e decidir fazer uma intervenção dessa magnitude. Certamente, não foi pouca coisa. Eu diria que é uma tragédia que pudesse ser comparada atualmente ao que foi o Katrina, em New Orleans, ou algo assim. Não é só o transtorno das chuvas em si, dos alagamentos, mas o comprometimento de estruturas, prédios, fundações, os danos a estruturas elétricas, eletrônicas, lógicas, de telefonia, de dados, isso sem falar em saques, depredações, desabrigados, e todo o caos social proveniente disso. Seria um impacto tremendo na economia e na estrutura social da cidade, haveria impactos até nos valores dos imóveis. Não é pouca coisa.
Eu acho o muro feio, e com certeza que há um impacto negativo importante naquela região, em termos urbanísticos. Mas será que a emenda não periga ficar pior do que o soneto?
CurtirCurtir