Com alto índice de desocupação, o antigo 4º Distrito de Porto Alegre, na zona norte, conta com diversas propostas que visam a sua renovação e melhor utilização. Uma delas, do Studio Proxima, chama atenção pela ousadia, mas não tem expectativa de sair do papel.
Fruto do meio acadêmico, o projeto foi criado por Matheus Ciarlini. O então estudante de arquitetura quis produzir algo que fosse inovador e, ao mesmo tempo, provocativo. Surgiu o Loop, que funcionaria como parque suspenso, estrutura pensada às margens da avenida Castello Branco. Com 10.000 m², prevê lojas e restaurantes.
A ideia está atrelada a um problema que, de acordo com o arquiteto, chegará em breve ao cotidiano: a recarga de carros elétricos. O processo não é rápido como abastecer a gasolina, e, por isso, um local para carregamento de veículos elétricos explica a necessidade de um ambiente para passar o tempo. “Enquanto o carro carrega, o motorista tem a opção de fazer atividades do cotidiano nos aplicativos, ou subir para o parque e aproveitar uma atmosfera verde”, comenta Ciarlini. Ele ainda destaca que o Loop é desmembrável, o que permite modificar sua área ou trocá-lo de local.
No momento, o projeto está sendo aprimorado pelo Studio Proxima. É uma provocação para o futuro, que comprova o potencial da área e, por consequência, da inovação na capital.
Jornal Metro Porto Alegre – 23/05/2019
Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Outros assuntos, Revitalização 4º Distrito
Há muitos anos atrás Camboriú não era muito diferente de Barra do Sul em SC, uma cidade perdida no litoral, até que o prefeito da época viabilizou uma marina e um atracadouro próximo à cidade. Pessoas de alto poder aquisitivo, atraídos pela possibilidade de deixar seus barcos em Camboriú foram atraídos para a cidade, viabilizando restaurantes de alto padrão, hotéis, apartamentos, academia… Em Porto Alegre as marinas é algo terrivelmente elitizado. Os porto-alegrenses, mesmo morando numa cidade que tem porto no nome, não conseguem ter uma jangada.
Provavelmente a simples desburocratização de uma marina ao longo dessa área do Jacuí movimentaria economicamente a região, trazendo emprego e embelezamento do 4o distrito. Empresas de manutenção e fabricação de embarcações, empresas de transporte de pessoas e cargas, bares e restaurantes para os usuários da marina, movimentação de pessoas para um parque, restauração dos prédios antigos…
Eu vejo muito potencial para a região, especialmente nesse “gap” entre a Voluntários e a Castelo Branco. Vejo muitas possibilidades de construir prédios ali, e fazer com que eles tenham uma esplanada projetando-se sobre a Castelo Branco; seria meio parecido com aquela ideia que eu falo de cobrir a Av. Mauá com uma esplanada para pedestres.
A Castelo Branco está bem acima da Mauá, acho que uns 5m de desnível. Não sei porque foi feito assim, mas me parece que é como um muro de contenção de alagamentos.
Mas o conceito da ideia é bem interessante. Se houvesse alguns túneis ligando a Voluntários à Mauá, que em caso de alagamento pudessem ser fechados, poderia haver parques, bares, palcos, quadras de esportes, doca… ao longo do Jacuí.
Acho importante estes trabalhos representativos do meio acadêmico.
As pessoas podem até pensar que isto nunca vá sair do papel, mas não é esta a proposta, pois este tipo de estudo tem o objetivo maior de instigar os profissionais e autoridades para as potencialidades locais em consonância com os novos conceitos e paradigmas da arquitetura/urbanismo atrelados às novas tecnologias, leis e técnicas.
A grosso modo, seria como um desfile de modas desses que a gente vê com modelos usando roupas que nunca veríamos de fato nas ruas – o objetivo do desfile não é mostrar vestuários que serão vendidos nas lojas no dia a dia e sim, lançar tendências e sinalizar “caminhos” por onde a “moda em vestuário” pretende seguir no período vindouro. Assim, do desfile podem-se extrair novos materiais ou tendências de cores que serão utilizadas pela grife em suas coleções, por exemplo.
Este tipo de estudo acadêmico de arquitetura, onde não vamos de fato presenciar a edificação construída, se sobressai pelo conceito e pela reflexão abordados – necessitaremos, num futuro não muito distante, de áreas de abastecimento de carros elétricos atreladas à conveniências – e isto sim é algo bastante plausível de ser adotado na prática.
Refletir e questionar primeiro, testar em escala em seguida e, por fim, executar na prática (acompanhando o desenrolar para sempre corrigir). Creio que o estudo acadêmico é válido quando ele cumpre a primeira etapa, nos fazendo refletir e questionar.
Estão de parabéns os acadêmicos e professores envolvidos.
Esses trabalhos sempre animam, mas fato, nunca vemos se materializarem. A meu ver este 4 Distrito deveria ser a replicação de uma área muito parecida que existe em Buenos Aires e que saiu do estado de limbo de um amontoado de ruínas para se tornar um dos lugares mais UP da metrópole platina, e que hoje abriga altas empresas tecnológicas gerando muitos empregos de alto gabarito, trata-se do Distrito Tecnologico de Parque Patricios. Meu, a primeira coisa de forma racional que os caras pensaram para potencializar a transformação de tal área foi criar mobilidade, e então foi estendida uma linha de metrô (subte) para que os profissionais tivessem mais facilidade de deslocamento para o centro e demais pontos de Buenos Aires. E o que vemos em POA, nada de linha de metrô nesta que é uma das cidades que gritantemente mais precisa desse modal e para pior e sem movimentação da sociedade civil cobrando, mas querendo grandes transformações, como!?
O DC navegantes está ao lado da estação Farrapos do Trensurb e mesmo assim está às moscas. Enquanto houver aquele monte de favelas no Humaitá, dificilmente aquela região irá se desenvolver.
Tenho a impressão que há uma diferença gritante entre Buenos Aires e Porto Alegre lá mal ou bem já existe uma rede de metro estabelecida há mais de cem anos e é uma cidade gigantesca que possui demanda para este modal Porto Alegre é uma cidade que não possui dinheiro a mentira vendida faz algum tempo sobre o metro era ridicula e tenho a impressão que arrancou aplausos entre outras coisas que por respeito eu não comento aqui,não há demanda para metro e nem grana para fazer ninguem vai assumir esta rosca,não como comparar.Já existem duas estações do trensurb perto desta região e a unia forma de torná-la viavel como já foi escito aqui seria removendo o povo que mora no entorno.Quando eu nasci o primeiro lugar onde morei rea na sertório perto da farrapos,aquela lugar tinha vida,isto faz mais de 50 anos,hoje…