Porto Alegre terá bituqueiras após três anos

bituca

Com maior capacidade, recipientes serão instalados junto a estabelecimentos como lojas, bares e casas noturnas de Porto Alegre Foto: LISANGELA ANTONINI/DIVULGAÇÃO

Bitucas são consideradas lixo tóxico. Portanto, não deveriam ser depositadas no lixo comum – muito menos no chão. Repaginada, a campanha POA Sem Bituca voltará este mês com a meta de aumentar o descarte correto das pontas de cigarro. O projeto foi lançado em 2015, mas, por falta de apoio, encerrou-se no ano seguinte. A ideia, agora, é que a campanha seja autossuficiente e duradoura.

Antes, as chamadas bituqueiras eram colocadas ao lado das lixeiras públicas, em parceria da idealizadora, a EcoPrática, com a prefeitura. Apesar de ter recolhido cerca de 4 milhões de bitucas em menos de dois anos, o projeto sofreu por não ter fins lucrativos e terminou.

5 milhões
é o número estimado de bitucas
descartadas, diariamente, na
capital gaúcha. De acordo com
pesquisa, 17% dos habitantes
de Porto Alegre são fumantes

Uma das readequações para seu retorno será o novo material utilizado: o recipiente tem maior capacidade de armazenamento e será produzido com material reciclado, o que barateia seu custo. A outra mudança será no formato. Ao invés de ser colocada ao lado de lixeiras públicas, as novas bituqueiras estarão presentes junto a bares, restaurantes e casas noturnas – locais em que o uso do cigarro é mais frequente.

Flávio Leites, dono da empresa, acredita que o novo sistema será mais eficiente. O dono do estabelecimento parceiro será o responsável por cuidar da bituqueira; enquanto o POA Sem Bituca irá realizar um recolhimento mensal do lixo. “Além de diminuirmos os custos, estamos facilitando o serviço para os apoiadores. Vamos espalhar a ideia. As pessoas precisam ter consciência de que certos hábitos têm de ser mudados”, comenta.

Reinício

A partir do final do mês, serão instaladas pouco mais de cem bituqueiras em Porto Alegre. As primeiras serão apresentadas no evento Bituca não é Semente, nos dias 19 e 20 de julho, no largo Glênio Peres. Ao longo dos dois dias, o projeto estará na rua trocando bitucas por mudas de plantas, temperos ou hortaliças.

De acordo com Leites, a partir de agosto, o POA Sem Bituca irá participar de feiras ecológicas, nas quais será possível trocar bitucas por frutas e verduras. Os eventos irão ocorrer uma vez por semana, em diferentes pontos da capital.

Jornal Metro Porto Alegre – 09/07/2019



Categorias:bituqueiras, Meio Ambiente, Outros assuntos

7 respostas

  1. Me impressiona a naturalidade com que se joga bituca em bueiros, meio fio e ruas.

    É impressionante mesmo, que, em qualquer classe social e faixa de renda existem muito mais fumantes porcos que jogam bituca por aí do que os que apagam em um poste ou na lixeira e jogam fora no lixo.

  2. Affff, acho o ideal é que a pessoa que fuma, engolisse a bituca, acesa, obvio. Apoio mais essa ideia!

  3. Bituqueira para fumantes é o mesmo que vaso sanitário para elefantes. Equipamentos absolutamente incompatíveis com a natureza dos usuários.

  4. Parabéns pela iniciativa.
    A bituca vai ser utilizada para alguma coisa? Como o projeto vai se autosustentar? Isto pode ser um exemplo para outras cidades.

  5. vamos instalar air bags nos carros que fazem curvas no limite da rodivia, vamos distribuir remedio pra quem vive pisando no esgoto e lixão.. ação preventiva? NAÃÃÃOO, BORA FAZER MEDIDAS CORRETIVAS

  6. Se fumante fosse higiênico não fumava. Deveriam engolir a bituca após o fumo.

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