
Leite: “Pode ser uma alavanca para o Estado”. Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini
O governador Eduardo Leite foi ao TRF-4 na tarde desta terça-feira encarecer a urgência de uma decisão sobre o contrato de concessão do Cais Mauá.
Foi recebido pelo desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, que, em liminar, suspendeu a rescisão do contrato com o Consórcio Cais Mauá, decidida pelo governador em junho.
Leite foi acompanhado do procurador geral Eduardo Cunha da Costa que, em nome do Estado, recorreu, pedindo a suspensão da liminar no início de setembro.
Leite justificou a pressa:
“Esse projeto pode ser uma grande alavanca, um cartão-postal do nosso Estado, às margens do Guaíba. Mais do que isso, é um projeto simbólico, que tem muita conexão com o que pensamos para o Estado em termos de inovação, cultura e economia criativa, que pode ser inspirador para outras mudanças, mas que precisa ser destravado em outros moldes”, disse.
Salientou ao desembargador que a decisão de rescindir o contrato foi antecedida por um longo processo, que envolveu a criação de um grupo de trabalho e posterior análise da PGE de todo o contrato e dos argumentos apresentados pelos concessionários.
“Foram identificadas seis falhas do ponto de vista jurídico. A maior delas, do meu ponto de vista, é que 10 anos de contrato se passaram e nada de substancial foi feito na área, pior, só vimos a degradação do Cais”, explicou o governador.
Segundo ele, não havia mais razão “para chancelar um contrato com mais 15 anos ou renová-lo, o que pediram as empresas envolvidas, de algo que já não deu certo”, explicou o governador.
O procurador-geral do Estado aproveitou o encontro para reforçar os argumentos jurídicos que embasaram a decisão do governo e para entregar a análise do contrato recentemente divulgada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e que apontou falta de capacidade da empresa contratada em realizar as obras previstas.
Dos R$ 179 milhões captados pelo Fundo de Investimento e Participação Cais Mauá do Brasil, entre 2013 e 2017, menos de 17% foram investidos no negócio.
A maior parte, conforme o TCE, R$ 147 milhões, foi destinada para compra de ações e para a compra de opções de compra de ações.
“Por tudo isso, pedimos ao senhor que reconsidere o efeito suspensivo da rescisão, analisando o processo o mais breve possível, pois é de interesse público que um novo e consistente projeto seja feito para o Cais Mauá”, afirmou Costa.
O procurador Thiago Josué Ben, coordenador das Assessorias Jurídicas da Administração Direta e Indireta, também participou da reunião.
O desembargador disse que, apesar não poder se manifestar neste momento, vai “tratar com a maior brevidade possível e a seriedade que o assunto merece”.
Categorias:Outros assuntos, Projeto de Revitalização do Cais Mauá
outro questionamento: em qual governo, foi assinado a concessao do caius maua?
Dos R$ 179 milhões captados pelo Fundo de Investimento e Participação Cais Mauá do Brasil, entre 2013 e 2017, menos de 17% foram investidos no negócio.
A maior parte, conforme o TCE, R$ 147 milhões, foi destinada para compra de ações e para a compra de opções de compra de ações.
Tem rolo e rolo pesado nesse case!
parece uma reprise dos cases das empresas do eike batista, em que captavam recursos no mercado com projetos pré operacionais e depois não concluíam os projetos. 83% dos recursos captados foram utilizados para compra de ações! qual o objetivo dessa estratégia ao invés do investimento desse recurso no projeto? quem são realmente esses investidores que aportaram esse volume de recursos e nao cobram e nem estranham a politica dessa cais maua de nao investir no projeto, mas sim utilizar os recursos captados para comprar ações e opções de ações!
Isso é caso de policia e merece ser investigado a fundo! com certeza tem conluio entre o meio politico, setor privado, setor publico e judiciário.
vou alem: não ha interesse nenhum em acelerar essas investigações, pois os investigadores podem estar envolvidos nessa sujeirada toda!
qual a posição do blog a respeito?
abraços!